‘O baú de Filomena’ é o mais novo livro da escritora Tereza Custódio. O lançamento será às 20h desta segunda-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, em parceria com a CJA Editora, a UBE/RN e o Mulherio das Letras Zila Mamede.
A obra com protagonismo feminino e escrita por uma mulher narra o retorno de Filomena Vieira às suas raízes na Fazenda Riacho Claro, no sertão nordestino. No casarão, o velho baú de couro, que pertenceu à sua avó portuguesa, desvela segredos sombrios e histórias de vivências de mulheres oprimidas e de vozes silenciadas nesse contexto familiar patriarcal.
As personagens, miscigenadas das etnias formadoras do povo brasileiro, levam-nos a uma reflexão sobre relações sociais discriminatórias e nossa ancestralidade plural.
Para o lançamento foi preparada uma live especial mediada pela produtora cultural Carla Alves e com as participações especiais de Ana Cláudia Trigueiro, Andreia Braz e José de Castro. A transmissão será no canal no Facebook e pelos canais do Mulherio das Letras Zila Mamede e UBE/RN, no Youtube.
O Baú de Filomena conta a história de três gerações de mulheres marcadas por questões que afligem até os dias atuais, dentre elas o patriarcalismo e a violência de gênero.
A obra, vencedora de um concurso literário da Editora CJA, traz ao público uma narrativa densa e muito bem construída, urdida com os fios da memória.
A saga da família Vieira tem início em Portugal, na década de 1920, numa época em que a voz da mulher era silenciada e seu papel era gerar filhos e servir à família.
Depois de perder seus pais e de casar as irmãs mais novas, Maria da Conceição Vieira deixa as terras lusitanas para viver no Sertão Central do Ceará, passando a escrever um novo capítulo de sua história, que agora é lembrada por sua neta Filomena, através de cartas que revelam questões profundas de mulheres que protagonizam a obra.
Mas a trama vai além disso, mergulha na tradição e faz refletir sobre temas inquietantes ligados à ancestralidade, dentre eles a religiosidade de matriz africana, o sincretismo religioso, a influência da cultura indígena e o valor da terra.
Tereza Custódio, assim como a escritora norte-americana Joan Don Chittister, sabe que, “[…] quando uma mulher está consciente de como se tece o mundo ao seu redor, obriga-se a dizer sua parte de verdade em benefício de toda mulher que nasça no futuro”.
Tereza Custódio é cearense, mas mora em Natal desde 1976. Professora aposentada do IFRN.
Em 2016, lançou seu primeiro livro, “O bálsamo”, pela editora Chiado/Portugal, romance premiado pela Diretoria da União Brasileira de Escritores (UBE/RJ) como também ganhador do Troféu Literatura – 2018 pela ZL Editora.
Em 2017, ganhou o primeiro lugar como trovadora em concurso pela UBT/Juiz de Fora.
Em 2018, publicou os livros infantis bilíngue “A vida colorida de Vitória” e “Vitória vai à feira”.
Publicou cordéis e recentemente foi aprovada em concurso nacional para compor a Coletânea sobre os 210 anos de Nísia Floresta.
Seu segundo romance “O baú de Filomena”, recebeu o 1º Lugar no I Edital de Premiação e Seleção de Obras Literárias/2019 na editora CJA Categoria Novela e 2º Lugar no Prêmio Maria Eugênia Montenegro de Romance, pela Fundação José Augusto/2020.
Tereza Custódio participou com poemas, crônicas e contos de algumas antologias nacionais e internacionais. Membro de entidades literárias e presidente da União Brasileira de Escritores (UBE/RN). Colabora com os blogs Substantivo Plural e Papo Cultura.
Esta obra foi selecionada pela Lei Aldir Blanc RN, Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Este texto integra uma ampla matéria jornalística sobre a história da praia e bairro da Redinha Velha, que será dividida em 10 partes. A reportagem foi premiada no edital Auxílio à Publicação de Livros, Revistas e Reportagens Culturais, na categoria Reportagens Culturais. Tem recursos da Lei Aldir Blanc, e patrocínio do Governo do Estado do Rio Grande do Norte através da Fundação José Augusto, e Governo Federal através da Secretaria Especial da Cultura e do Ministério do Turismo.
“A verdade fica mais verdadeira quando exposta com uma razoável dose de fantasia”. A frase foi usada pelo diretor de redação da extinta revista O Cruzeiro, Accioly Neto, para resumir a preocupação com a veracidade do que era retratado em suas matérias. E serve também ao enfoque dado a esta reportagem. Não para desmerecer a veracidade da pesquisa, mas de dar ao texto um floreio poético. É que a Redinha é mistura de uma dura realidade com a poesia de sua gente e de suas paisagens.
Os segredos que revestem os chãos seculares da Redinha e pintam de um azul cinzento seu mar – palco de memoráveis embates navais no Brasil Colônia – parecem se resumir no cotidiano de seus pescadores artesãos ou na áurea pacata da praia, como se uma população ribeirinha fosse. Os olhares cansados de seus nativos denunciam o provincianismo característico da praia. Os veranistas, embora sazonais, fazem parte de uma tradição quase secular, quando nos idos de 1920 algumas famílias aportaram na praia e iniciaram novo ciclo na história do lugar.
Os documentos oficiais e não-oficiais procuram explicar, à luz da história, os fatos que aconteceram naquela praia: registros em jornais antigos, crônicas, documentos traslados, fotografias, livros… Mas, salvo os olhares poéticos do jornalista e cronista Vicente Serejo e do escritor e artista plástico Newton Navarro em suas crônicas sobre a Redinha, e de documentos coletados por João Alfredo, pouco se encontra, em insistente trabalho de pesquisa, que retratasse as belezas da Redinha lírica de outrora.
Muito dessa história foi baseada na sabedoria e conhecimento do historiador Luís da Câmara Cascudo. Porém, uma das características do bairro da velha Redinha, assim como nos sertões de Cascudo, são as histórias de seus moradores. Lá, a oficialidade dos registros documentais cede espaço à existência de outras vozes e lados. O não-documentado, o contido no contado, o encontro entre o cotidiano e a história não permite que os caminhos do passado sejam talhados pelo que os documentos oficiais registram. A memória coletiva dos nativos da Redinha é demasiado rica. E, mesmo que seus relatos distribuam ao universo histórias desencontradas, prejudicadas pelo tempo manso daquelas vielas ou pela memória defasada pelos anos, elas possuem muito do folclore do lugar.
A maioria dos registros escritos encontrados sobre a Redinha antiga são parágrafos curtos, espremidos dentro de uma contextualização outra, mais abrangente, como a história de Natal. Para montar o quebra-cabeça dos acontecimentos que fizeram da Redinha o que ela se mostra hoje, foi preciso um mergulho na história dos primeiros capitães-mores da Capitania do nosso Rio Grande.
À dificuldade de coleta de registros completos sobre a praia se somou outro obstáculo: os primeiros veranistas aportam na Redinha no início da década de 1920. As fontes testemunhais estavam, portanto, descartadas, uma vez que seriam pelo menos centenários e, se vivos, provavelmente estariam com memória ou condições de saúde precárias para desenterrar detalhes sobre aquele início de progresso no então porto de pescaria.
Dos registros de Cascudo e das pesquisas em jornais emergiu o relato do procurador carioca radicado em Natal, Gil Soares, sobre os primeiros veranistas que atravessaram o Rio Doce e chegaram, sob a luz de candeeiros, na Redinha. O desenrolar dessa história foram os descendentes dos primeiros veranistas quem contaram. Causos, personagens folclóricos, manias e tradições apareceram de súbito na história da praia. Tudo guardado na memória coletiva dos moradores e veranistas, sem que nada fosse registrado em papel e caneta. Acontecências que retratam muito da magia do lugar; costumes simples, mas não simplórios; valores perpetrados entre décadas, valiosos sob qualquer égide moral ou jurídica; “manias” do povo da Redinha.
Dos pescadores da Redinha – personagens principais e tão anônimos – emanou a aura do lugar. Os depoimentos relatados foram espontâneos, ditos em meio ao trabalho, com certa pressa. Pela quantidade das reclamações e desesperanças contadas, pôde-se estabelecer um perfil da atividade pesqueira e de seu artesão. E não foi baseado apenas no contado por estes conquistadores de peixe o retrato dos pescadores da Redinha. Suas esposas, filhos, veranistas, comerciantes e pescadores aposentados ou em fins de atividade, como Santino e Chiquinho, ajudaram a emoldurar a principal atividade da praia e a retratar a própria Redinha.
Descobrir o enigma da praia da Redinha é voltar no tempo e viver o presente; é renegar o futuro. É ser um pouco antropólogo e perceber o significado do tempo e do homem. Para entender a Redinha, é preciso ter algum tino de pescador; entender a relação homem e peixe; é gostar de mar e detestar modismos, mesmo sendo chamado de careta. Para ser um “redinheiro” precisa ser “boa praça” e ter respeito para com os mais simples. É gostar de futebol e, de preferência, de uma cerveja com paçoca ou ginga-com-tapioca. Para quem já conhece a Redinha, em seus mistérios de funduras abissais, sabe reconhecer o limite tênue que existe entre o mar e a poesia.
Intervenção artística online no Forte está programa para este sábado na programação do Festival MAR e ficará de forma permanente em seu instagram @festival.mar.
Com projeto contemplado na FJA através da lei Aldir Blanc, os Artistas Erre Rodrigo e Lucas MDS junto ao Coletivo MAR (Movimento Arte de Rua) coordenam a publicação de imagens da intervenção artística na Fortaleza dos Reis Magos, além de bate-papo com artistas da cena do Graffiti, Breakdance e RAP Potiguar.
São mais de 60 artistas do Estado, mostrando sua arte individual e de suas Crews. Contando também com a participação de 37 artistas de outros estados que mostraram interesse em fazer parte da edição online do evento.
O Festival Mar promoveu durante os finais de semana de fevereiro projeções de graffiti nas paredes externas do Forte, ocupando e transformando por instantes a paisagem de um dos nossos principais pontos turísticos. As datas da projeção não foram divulgadas para não atrair público ao local.
As intervenções chamaram a atenção de banhistas da praia da Redinha. Já no final da primeira noite de projeção um casal que atravessou a ponte Newton Navarro contou que estava assistindo do quebra mar da outra margem e foram até o Forte para saber mais do evento.
Representatividade, no bate-papo com as bgirls Dallianny e Vanny nos contam um pouco de suas trajetórias na cultura Hip-hop falam da importância da participação feminina nos eventos atuais e também sobre projetos feitos e voltados para a mulher como o II Festival Piscadela que acontece também em março de 2021.
A arte urbana e seus significados, dentre tantos estilos e expressões livres que a arte traz de forma a proporcionar um diálogo direto com o público, o graffiti envolve as pessoas numa imensa galeria a céu aberto, faz com que pessoas que nunca tiveram acesso a uma galeria de artes experimentem a beleza de traços e cores que dão novos ares a lugares muitas vezes antes abandonados.
A coordenação do festival ficou ainda responsável por criar em diferentes pontos painéis de graffiti tendo como principal intervenção um mural na comunidade do Pantanal, no Bairro de Nossa Senhora da Apresentação, fortalecendo a ação dos moradores que transformaram em uma quadra para atividades culturais o que antes era um estacionamento de uma rede de supermercados que não existe mais no local.
A quadra atende agora ao lazer das crianças e com o graffiti apoiando novos projetos, como o Pantanal Hip-Hop do arte educador BBoy BBBala que leva a comunidade oficinas de break. Devolvendo o conhecimento ao local onde aprendeu sua arte há 15 anos.
Desde que me entendo por beatlemaníaco, sempre fui regueiro. Forcei a barra no heavy metal quando adolescente, aprecio ainda hoje um pop oitentista, um rock puro, um blues, mas o reggae é o que borbulha meu sangue. Então seria impossível perder o show do The Original Wailers em Natal, no distante 22 de janeiro de 2010. À época escrevi esse texto abaixo, que graças à publicação de Anderson Foca em seu portal Dosol, pude recuperar. A republicação se dá pela morte de Bunny Wailer, última espécie da lendária The Wailers. Fica a singela homenagem. Segue o texto e ótimas memórias!
Reggae combina com praia, espaço aberto, liberdade. Colocaram o show de ontem do The Original Wailers no Ginásio Machadinho. Para quem desconhece, a banda formada por Bob Marley, Peter Tosh e Bunny Wailer ensinou reggae ao mundo há exatos 30 anos. Dois legendários “wailers” que participaram dos mais expressivos álbuns da banda decidiram retomar as atividades, pediram licença à viúva de Bob e desde setembro de 2008 excursionam pelo mundo. São eles Al Anderson e Junior Marvin, que acompanharam Marley até sua morte, em 1981.
A acústica do ginásio prejudicou muito o som da banda. Ainda assim, o que eu parecia ver ali tão próximo era a encarnação das origens do reggae jamaicano. Percebi com mais clareza que o reggae é dos poucos gêneros musicais em que nossa turma potiguar ainda precisa amadurecer para alcançar tal estágio. O som era sofisticadíssimo, completo, realçado ainda por duas negonas de vozes simplesmente fantásticas. A performance solo de uma delas mostrou que o jazz, o blues é herança negra indiscutível.
Al Anderson é um monstro na guitarra. Pena a acústica confundir a sonoridade limpa das guitarras Gibson Les Paul, que usou durante todo o show. Impossível alguém injetar guitarras distorcidas tão bem ao balanço rítmico do reggae quanto esse cara. Ao Junior Marvin falta muito feijão com arroz para igualar a presença de palco, o frontman do mito Bob Marley, mas fez lá suas graças e dançou reggae com alguns bichos grilos que subiram ao palco, pra delírio de um ginásio com público bem aquém do esperado.
Show de quase duas horas. Fumaças por todos os lados. Alguns “charas” pareciam vela de sete dias. Outros mais fininhos também exalavam o cheiro da kaya por todos os lados. Quando as luzes desligavam, se viam as chamas acesas. Marvin, de cócora no palco, apertou a mão de alguns ali da beirada e tragou um “fino” oferecido de bobeira. No bis, Redempcion Songs e final de show com Rasta Man. Show memrável para eu incluir no currículo. Mas fosse na praia…
O jovem senhor Marcelino William de Farias, conhecido no Beco da Lama e em 15 países europeus como Marcelus Bob, um artista plástico contemporâneo de vanguarda, completou este ano nada menos que quatro décadas de paz, amor, rock e artes visuais.
E para celebrar 40 anos de arte, o velho Bobs precisava ser diferente, como sempre e, de forma pioneira, arquitetou 300 telas suas em uma exposição virtual em três dimensões, montada pelo programador e designer Edson Ayres e produzido por Raquel Sales.
E não são apenas três dimensões. Seria muito pouco para o universo possibilista do artista. O visitante-internauta viajará pelas inspirações de Marcelus Bob e todo um esboço responsável pela construção não só de sua arte, mas de sua persona.
Mãe Luíza, Beco da Lama, Praia do Forte, Praia do Pinto, o Farol de Mãe Luíza… locais de morada, locais de inspiração, locais de passagem e deslumbramentos. Está tudo lá à distância de um clique e ao som da música autoral do rocker Bobs, de sua banda Grupo Escolar.
As telas foram montadas em uma espécie de deck construído sob o Rio Potengi, com a ponte Newton Navarro ao fundo. O tour pela vida de Marcelus conta ainda com uma breve biografia escrita por Eduardo Alexandre Garcia.
E para quem acionar o áudio para curtir a “viagem” de 40 anos de Marcelus Bob, adianto a sequência das canções do Grupo Escolar, todas de nome bem enxutinhos, ao contrário do pomposo artista: “DPS”, “Conflito”, “América”, “Bomba”, “Táxi”, “Cris”, “Alcool”, e “Aborto”.
O Papo Cultural traz o segundo episódio de sua 2ª temporada nesta terça (2) às 20h. O bate-papo sobre cultura, raízes e resistência é transmitido ao vivo pelo facebook do Movimento Goto Seco (@GotoSeco).
Desta vez a convidada é Ana Paula Campos, africana em diáspora, mulher negra, cis, LGBT+, mãe, educadora especialista em leitura e literatura, contadora de histórias pretas, escritora, pesquisadora, militante no Movimento Negro Quilombo da Ciência e colunista no Jornal Potiguar.
Além de Ana Paula Campos, o bate-papo também terá como convidado o professor Dedé Simião, bacharel em Música pela UFRN, Educador Musical e doutorando em Música pela UNICAMP.
Ah! e o primeiro episódio já está disponível na integra na plataforma YouTube do coletivo GotoSeco.
O Papo Cultural foi recebido com carinho em 2020, como espaço de diálogo, construção e disseminação de saberes culturais.
O projeto conta com mediação e produção de Carlos Henrique Araújo (PaCHa) e do Coletivo Cultural GOTO SECO – Movimento Alternativo, que completa 17 anos em 2021.
O projeto mantém o entusiasmo em face do apoio de todos que estiveram em sua primeira edição interagindo nas mais de 20h de muita cultura.
Portanto, encontro marcado nesta terça, às 20h. Lembrando que durante a transmissão haverá sorteio de brindes aos conectados!
O que? Programa Papo Cultural segundo episódio da 2ª temporada
Quando? terça dia 02 de março às 20h
Onde? plataforma Facebook @GotoSeco
Informações: (84)99936-8584 ou gotoseco@yahoo.com.br
A Casa de Produção abriu inscrições para a Oficina de Produção de Mostras e Festivais de Cinema, que vai acontecer de 2 a 5 de março no formato digital.
A oficina será ministrada pela produtora cultural e audiovisual Keila Sena e tem o intuito de capacitar agentes culturais, produtores e realizadores, principalmente do interior do estado.
O conteúdo programático da oficina trata desde a idealização de um projeto de mostra/festival até a sua execução, abordando assuntos importantes como o perfil do evento, curadoria, programação, exibição, viabilidade, equipe, etc.
O público-alvo da Oficina são estudantes de audiovisual, publicidade, comunicação – rádio e TV – , produtores culturais, jornalistas e realizadores. As vagas são limitadas.
Keila Sena é produtora cultural e audiovisual com uma trajetória profissional de mais de 20 anos. Além de produzir filmes, comerciais publicitários, conteúdo para TV, campanhas políticas, documentários e realização de eventos diversos, atua na idealização, realização e coordenação de mostras e festivais de cinema.
É uma das idealizadoras e diretora do Festival Goiamum Audiovisual (há 14 anos). Coordenou mostras como a Curta Natal no MADA, DIA – Dia Internacional da Animação (incluindo exibições para os públicos cegos e surdos), Cinema de Guerrilha/Fronteira (realização em parceria com Torquato Joel da PB), Mostra de Cinema do Circuito Banco do Brasil, Festival do Minuto – itinerante, etc.
Participou de mostras e festivais como membro de comissão julgadora, curadora, em debates e ministrante de oficinas. Atualmente encontra-se em fase de preparação da décima edição do Festival Goiamum Audiovisual.
Ministrante: Keila Sena
Data: 02 a 05 de março de 2021
Hora: 15h às 18h
Inscrições acesse: https://abre.ai/verao-da-producao
As inscrições estão abertas, são gratuitas e com vagas limitadas Atividade remota via Google Meet.
Insta: @casadeproducao_org
Contato: 99832-1382
FOTO: Alex Régis
A musa maior da música potiguar se foi aos bravos 95 anos de idade. Maria da Glória Mendes Oliveira, nossa Glorinha deixou legado, simpatia e uma voz inconfundível de rouxinol que percorreu rádios, vinis, palcos e o coração do natalense.
Glorinha estava internada no Hospital Rio Grande para tratar de enfisema pulmonar. Há muito dores de artrite, sobretudo nos joelhos, já lhe castigavam mais que a falta de prestígio do potiguar com sua história.
Tive alguns divertidos encontros com Glorinha, seja na casa da rua João Carlos de Sousa, em Santos Reis, seja na casa por trás do colégio Marista, na Cidade Alta, ou nos palcos, com o da Assembleia Cultural.
Infelizmente consegui resgatar apenas esta curta entrevista realizada em 2009 para o Diário de Natal, que segue abaixo.
Meu último papo com ela foi no camarim da edição do Troféu Cultura, em 2019, ela acompanhada de admiradora e também cantora Valéria Oliveira, do inseparável filho Aécio e também de Eliete Regina, que também se apresentaria logo mais. Talvez tenha sido seu último show. E se foi, que bom que um suntuoso palco a recebeu.
Gravei nosso papo, mas ainda estou à procura do áudio. Foi algo breve, mas bacana. Ela falava de sonhos e memórias.
Mas quem quiser conhecer sua história não faltam documentos. Há, inclusive, a biografia “A Estrela Conta”, livro escritor pelo também saudoso Nelson Patriota, além de documentários e registros em vídeo. Também uma entrevista muito boa na edição nº 12 da Revista Brouhaha.
Em resumo, Glorinha foi mais do que essa cidade reconhece. Uma pessoa simples nascida nas Rocas, mas uma estrela maior cujo sonho era ter uma casa própria. Na entrevista a seguir ou nesses outros meios que sugeri, o leitor pode e deve saber mais da nossa rouxinol potiguar.
Diário de Natal (2009)
A relação de Glorinha Oliveira com os palcos merecia crônica de Nelson Rodrigues. É quase um caso de obsessão. O palco, o amante insaciável. Glorinha, a moça carente de amores. Uma paixão de mais de 70 anos. Em dezembro de 2007, o palco amante ouviu a despedida da voz de Rouxinol. Na noite de hoje, ela retorna aos braços daquele que sempre lhe acolheu. Será no Mercado de Petrópolis, dentro da última edição anual do projeto Quarta Cultural do Mercado de Petrópolis.
A voz jovial e potente de Glorinha jorrou romantismo pelos quatro cantos do Norte e Nordeste durante décadas. Aos 84 anos, Maria da Glória Mendes Oliveira diz pela primeira vez que sente a sua voz “fugir” e já perdeu a disposição para shows. Prefere, então, “parar no auge”, sem desafinar ou sair do tom. Na despedida há dois anos, Glorinha cantou ao palco amado: “Eu sei que vou te amar. Por toda minha vida, eu vou te amar. Em cada despedida eu vou te amar…”. E eis a volta.
O palco já não é mais aquele de outrora – o velho amante da mocidade. Glorinha gosta mesmo é de chegar e cantar, sem formalidades, parafernalhas eletrônicas e querelas burocráticas na montagem do… palco. Se vale mesmo é do “gogó”. Mesmo nas rádios de outrora, como a pioneira Rádio Educadora de Natal havia espaço para grandes orquestras, como a de Waldemar Ernesto, e tudo ao vivo, na “bucha”. E foi em consideração ao maestro Waldemar a volta de Glorinha aos braços do público. Ela explica o porquê.
Porque é uma coisa mais informal. Palco mesmo eu não tenho mais disposição. Esse ano eu penduro as chuteiras. A barra ta pesando, já. Quero deixar o palco no auge, sem desafinar. Cantar mesmo só em casa, numa brincadeira entre amigos, sem ser como profissional. É o jeito. Já são 84 anos nas costas, meu filho.
Graças a Deus caí no gosto do povo e sempre pedem para eu voltar. Mas cada qual sabe das suas possibilidades. Minha voz está fugindo. Em casa eu testo e tenho auto-crítica suficiente para perceber isso. É de fazer pena ver Ângela Maria desafinar, sair do tom. Nem sei se ela é mais velha do que eu, nem quero saber. Ademilde Fonseca, por exemplo, disse textualmente para mim que desistiu de cantar pelo mesmo motivo.
Tocarei com Paulo Tito (violonista e compositor), um grande nome da nossa música. O Paulo me falou que não abre a boca ou leva seu material para tocar de graça em canto nenhum porque não é besta. Ele está certo. Mas preferi dizer sim a quem teve consideração comigo. Então, o cachê que seria me dado, de R$ 50 para cobrir custos, dei pra ele. Vou cantar de graça, mesmo sendo uma pessoa humilde, sem nem casa própria para morar.
A Bruninha (Bruna Hetzel, produtora do evento) é neta do maestro Waldemar Ernesto. E tenho grande consideração por Waldermar desde muito tempo. Se ele me pedisse para cantar de graça no meio da feira eu ainda iria.
Enquanto ainda tiver dinheiro para pagar… Infelizmente não deu para fazer um “pé-de-meia” enquanto cantei. O artista era mal visto naquela época. Quando chegava para cantar parecia que estava contaminado. Hoje em dia é diferente e todo mundo sabe cantar depois da tecnologia que ajeita a voz. Na minha época era no gogó. Veja que hoje recebo um salário mínimo mais uma pensão dada por Garibaldi (Filho). Só o aluguel da casa (no bairro de Santos Reis) é 300 reais.
Se aparecesse um louco e dissesse: ‘Você fará um show e depois vai para sua casa’ eu faria das tripas, coração, subiria no palco para meu último show porque depois iria para uma casa que eu pudesse chamar de minha. Meu segundo sonho é gravar um DVD. Mas isso, antes de eu pegar minha passagem só de ida eu ainda faço; é segredo profissional. Sairá pela UFRN. Enfim, apesar dos pesares sou feliz. Só reclamo das dores da artrose. Mas vejo tanta gente em situação pior. Ora, estou viva, inteira. Não estou velha, estou usada; estrada é que fica velha. Gostaria que muitos tivessem a alegria que tenho hoje.
O projeto DiverCidade Potiguar promove uma ação virtual que visa contribuir com os debates e políticas voltadas às pessoas com deficiência no Rio Grande do Norte pela arte-cultura. Será nesta quinta-feira (25), às 10h, através da plataforma digital de acesso gratuito Youtube, no canal Diversidade Potiguar.
O “DiverCidade Potiguar: A inclusão pela arte-cultura” pretende fortalecer os debates e as políticas voltadas às pessoas com deficiência no estado potiguar e contribuir pra o combate ao preconceito, ampliando a noção de acessibilidade, protagonismo e cidadania para estas pessoas.
O projeto começa com a exibição da gravação em vídeo do espetáculo teatral Auto Um Cordel de Natal, seguida por uma roda de conversa com os seus produtores e participantes.
O Auto foi produzido por artistas potiguares do teatro e da literatura de cordel junto às pessoas com deficiência e sofrimento mental que frequentam o Centro de Convivência e Cultura de Natal – um serviço da rede de atenção psicossocial da capital. A apresentação contou com sessão única que aconteceu no palco da Casa da Ribeira em dezembro de 2018.
A sessão-debate tem duração de 60 minutos e, além do vídeo, traz a participação do diretor teatral Francesco Rodrix e do cordelista Helio Gomes, responsáveis pelo roteiro; e da psicóloga Patrizia Selfes, e da conviva Antônia, do Centro de Convivência, atrizes da peça. A conversa será mediada pela produtora cultural e psicóloga Marcelle, que também participou ativamente da produção do espetáculo.
O quê: Sessão-debate online do projeto DiverCidade Potiguar
Quando: 25 de Fevereiro (quinta-feira)
Horário: 10h00
Onde: Youtube – Canal DiverCidade Potiguar
Contato: Para entrar em contato, ligue (84) 99918-5787 Marcelle ou mande e-mail para divercidadepotiguar@gmail.com
FOTO do espetáculo: Ana B. Cortez Gomes e Daniel da Silva Souza.
O Papo Cultural estreia ao vivo sua 2ª temporada e o primeiro episódio será nesta terça (23), às 20h, com convidados especiais. A transmissão será pelo facebook @GotoSeco.
Thiago Gato Preto
Nesta primeira edição, o Papo sobre cultura, raízes e resistência é com Milla Mirian, coordenadora do GAMA/RN (Grupo de Articulação de Matrizes Afro-ameríndias) em Ceará-Mirim. Milla é baharel em Direito, Umbandista, Juremeira do C.E.U e Cacique Tupinambá.
Na sequência, o papo também rolará solto com Thiago Gato Preto, presidente do Centro Cultural QG dos Guerreiros.
O Papo Cultural foi recebido com carinho em 2020, como espaço de diálogo, construção e disseminação de saberes culturais.
O projeto conta com mediação e produção de Carlos Henrique Araújo (PaCHa) e do Coletivo Cultural GOTO SECO – Movimento Alternativo, que completa 17 anos em 2021.
O projeto mantém o entusiasmo em face do apoio de todos que estiveram em sua primeira edição interagindo nas mais de 20h de muita cultura.
Portanto, encontro marcado nesta terça, às 20h. Lembrando que durante a transmissão haverá sorteio de brindes aos conectados!
O que? Estreia do Papo Cultural 2ª temporada
Quando? terça dia 23 de fevereiro às 20h
Onde? plataforma Facebook @GotoSeco
Informações: (84)99936-8584 ou gotoseco@yahoo.com.br
Divulgação: Jornal O Litoral e blog Papo Cultura.
Está aberta seleção pública para ajudantes de mosaicistas, pela Fundação Capitania das Artes (Funcarte). Os contratados realizarão ações de apoio à produção de painéis artísticos em mosaico que estejam sendo ou venham a ser realizados pela Prefeitura de Natal durante este ano.
O conteúdo da Seleção Pública foi publicado nesta sexta-feira (19) no Diário Oficial do Município e reforça a valorização da Funcarte pelas áreas públicas da capital nos últimos anos, no fomento à arte nos espaços urbanos.
O valor ofertado pelo órgão é fixo, de R$ 180 por metro quadrado trabalhado. Todo o material necessário para execução do mosaico será disponibilizado pela Prefeitura.
As inscrições são gratuitas e feitas exclusivamente pelo blog da Funcarte (www.blogdafuncarte.com.br) através de formulário online
específico.
O período de inscrições vai até 7 de março. A divulgação dos credenciados será feita 10 dias depois, com publicação do resultado dia 26 de março no DOM.
Link para inscrição de pessoa física, clique AQUI.
Link para inscrição de pessoa jurídica, clique AQUI.
Após escolher a Seleção que deseja se inscrever e clicar no link do formulário de inscrição, basta preencher as informações solicitadas no formulário e inserir os arquivos que deseja/necessita anexar.
Após concluir o preenchimento e inserir os arquivos da documentação, clicar em “Confirmar”. Após a confirmação não será mais possível excluir ou modificar a inscrição. Depois imprime ou salva o comprovante de entrega como garantia de que a inscrição foi concluída.
No ato da inscrição, os projetos serão enviados em formato digital PDF, juntamente com a documentação exigida.
Os artistas credenciados serão convocados de acordo com a ordem de classificação e com a demanda da Prefeitura.
O livro Alcateia de Letras – Proseando com a Literatura Potiguar reúne várias entrevistas comandadas pelo jornalista e fotógrafo Alex Gurgel com poetas e romancistas que ajudaram a construir a literatura do Rio Grande do Norte.
As conversas foram realizadas no período entre os anos 1995 à 2015, retratando o pensamento dos entrevistados, como um fragmento da literatura potiguar no início do novo milênio dado o período de realização das entrevistas.
Entre as personalidades literárias presentes no livro estão Anna Maria Cascudo, Anchieta Fernandes, professor Chico Ivan, Diógenes da Cunha Lima, Falves Silva, Moacy Cirne, Nei Leandro de Castro, Vicente Serejo, Vingt-um Rosado, entre outros.
Para adquirir o livro, entre em contato com o autor pelo telefone (WhatsApp) 84 98895-5436 ou envie e-mail para: alexgurgrel@msn.com
O livro custa R$ 45 + despesas postais (caso queira receber em casa). São R$ 7 (Postagem Simples) ou R$ 12,50 (Postagem Registrada).
O livro vai devidamente autografado. Muito em breve será organizado o lançamento presencial.
O livro “Alcateia de Letras” foi contemplado no edital da Lei Aldir Blanc, através da Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
FOTO: Verônica Torres
A Banda Lenda Brasileira é uma banda de rock independente com forte influências do Rock Brasil dos anos 80. E são eles os protagonistas da Live Rock in Natal, nesta sexta-feira (19), às 20h, nos canais do instagram e facebook da banda.
Formada em 2017 por moradores do Bairro do Bom Pastor, Edmilson, Jair, Jorge e Leandro, a Lenda Brasileira, realiza shows do estilo Rock em espaços culturais alternativos da cidade de Natal há quatro anos, sempre com repertório eclético mesclado entre músicas autorais e covers.
Com a adversidade gerada pela pandemia que afetou seriamente a classe artística, a banda se reinventou e promoverá uma live fruto de diversas gravações em vídeo da banda que será lançada nas principais plataformas digitais.
Com o Título ROCK IN NATAL, a live da banda colabora com a promoção e a divulgação da música como expressão de arte e com a valorização da diversidade de ritmos e estilos.
Confiram o teaser:
Este projeto conta com recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte e patrocínio da Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Informações e acesso gratuito em:
Instagram:@lendabrasileira
Facebook: https://www.facebook.com/pages/category/Musician-Band/Banda-lenda-brasileira-1923662824338310/
João, Moisés, Mariozinho, José.
Quantos nomes. Quem são?
Desconhecidos em meio à multidão.
Invisíveis? É claro que não.
São crianças.
Todas têm nome, sangue, cores e coração.
Na escola, quase não vão.
Sentem fome.
Apenas de pão? Lógico que não.
Casa, eles têm? Moram com quem?
Alguns preferem a rua, outros a Lua que os faz sonhar.
Lá na Lua, não tem fome, nem frio, nem chuva, nem vento.
Só o pensamento.
Da Lua prá cá, a fome vai passar.
Basta fechar os olhos e sonhar.
Em tempos de pandemia e restrições sociais o artista pode ganhar o cachê de casa e ainda concorrer ao Prêmio Mato Grande de Música.
As inscrições estão abertas de 09 a 28 de fevereiro e podem ser realizadas pela internet com o artista individual ou em grupo enviando sua música instrumental em um vídeo de 1 a 5 minutos. O Festival acontece de 03 a 06 de março.
Os vídeos podem ser gravados até mesmo de celular e em qualquer lugar, desde que garanta um bom áudio, pois o objeto de avaliação é a música. Para a inscrição, o vídeo deve ser postado no YouTube e o link enviado por email.
Para concorrer, os participantes devem ser residentes em um dos municípios do Território do Mato Grande.
Compõe os municípios da região: Bento Fernandes, Jandaíra, João Câmara, Maxaranguape, Parazinho, Pedra Grande, Pureza, Poço Branco, Rio do Fogo, São Miguel do Gostoso, Taipu e Touros.
Um mesmo artista pode participar em até três inscrições. A música deve ser autoral e instrumental, e o concurso não tem nenhum direito sobre a obra inscrita, exceto o direito de exibição dos videoclipes musicais no perfil do Festival conforme a programação.
A programação do Festival de Música Instrumental do Mato Grande será totalmente online e terá o perfil @festmatogrande no Instagram como plataforma central, onde ocorrerá toda a programação.
O Festival de Música Instrumental do Mato Grande é uma realização da Juriti Produções, parceria da AMJUS, com prêmio da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte. Fundação José Augusto, Governo do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.
O Sarau Quinta das Artes promove durante todas as quintas-feiras do mês de fevereiro, no canal do projeto no YouTube uma temporada de entrevistas ao vivo, com figuras das áreas de Música, Literatura, Cinema, Educação e Teatro.
No segundo episódio, nesta quinta-feira (11), às 20h, o projeto recebe o jovem cineasta Adrianderson Barbosa falando sobre seu filme ‘O Grande Amor de Um Lobo”, que já ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais.
O Sarau – que tem como tradição o debate sobre arte, cultura e educação em suas mais diversas linguagens – é comandado pela professora Carla Alves.
A temporada 2021 do Sarau Quinta das Artes tem o patrocínio da Cosern, Instituto Neoenergia e do Governo do Rio Grande do Norte através da Fundação José Augusto , via Lei Câmara Cascudo. Conta também com o apoio da ASSEFIT RN (Associação dos Ex-Alunos das Escolas Federais, Industriais e Técnicas do RN) e IFRN.
SERVIÇO:
SARAU QUINTA DAS ARTES – ENTREVISTAS
Segundo episódio – 11 de fevereiro, às 20h
Convidado – Adrianderson Barbosa
Exibição: Canal Sarau Quinta das Artes no YouTube
Realização: Carla Alves Produção Cultural
A alegria é bicho
de estimação.
Esqueci quase
tudo de ti. Caras
desejos
sabor. Tua risada
entretanto, as
vezes pula no
meu colo e me
enreda com seus
novelos de luz
Nesta quarta (10) estreia no blog Natal das Antigas mais uma série sobre a História do Rio Grande do Norte, intitulada ‘Alecrim: História & Amor’.
Em meio as comemorações dos 110 anos do bairro do Alecrim, o blog prepara 24 postagens sobre sua História que vão caminhar por dois eixos: Cultura e Arte, que falaremos sobre as igrejas e escolas do bairro, além da famosa feira e o precioso cemitério.
Também será discutida a Expansão Urbana e Modernidade, os projetos de modernização da cidade que foram implantados no Alecrim que deixaram suas marcas na vida dos moradores.
Será uma série quinzenal promovida pelo Natal das Antigas, que vai trazer fotos, discutir com os grandes clássicos de nossa História e dar voz às pesquisas mais recentes sobre o Rio Grande do Norte.
Tudo produzido por gente que ama a nossa terra. Convidados de peso também estarão presentes como Luciano Capistrano, Juliana Rocha e Bartholomeu Carneiro, além da equipe premiada que já trabalha no blog.
Rosy Nascimento é mais uma artiste multifacetada escolhida para figurar no ‘Um Poeta Em Cada Esquina’. Um quinto episódio do projeto para falar de zines, literatura, a necessidade de preencher papéis em branco com inúmeros rabiscos e as dificuldades em trabalhar com audiovisual em um momento de tanta censura e muito mais.
Poeta, produtore, pesquisadore, cineasta, Rosy passeou pelas palavras com a desenvoltura de quem ultrapassou alguns limites impostos pela sociedade ainda racista para falar de racialidade neste podcast abaixo e também nos projetos cinematográficos que participou, a exemplo da Mostra Macambira.
Desenvoltura de quem é não apenas resistência, mas resiliência, é poesia pouco romanceada, é coragem, é densidade forjada pela sensibilidade e pelo preconceito, pelo “Desvio“, pelo desejo de falar, expressar, gritar. Mas antes do bate-papo, curtam um tiragosto de apenas 1’28” para sentirem a força e a fragilidade de Rosy Nascimento.
“Um poeta em cada esquina” é um projeto de Gessyka Santos e Gonzaga Neto, realizado com recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte. Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
FOTO: Edinho Alves
Neste sábado (6), a partir das 19h, acontecerá o Festival Ribuliço On-line, sendo transmitido através da plataforma do YouTube. Você pode realizar o pré-save neste link AQUI.
O Festival Ribuliço é um festival de música que tem como objetivo unir bandas da cena potiguar numa prévia de carnaval, sem sair de casa, com muita música dançante e a cara do Nordeste.
“O line-up do festival é composto totalmente com bandas potiguares como forma de fomentar a cena musical potiguar para todo o Brasil e incentivar cada vez mais a formação de público para essas bandas”, destaca Mykaell Bandeira, coordenador do evento.
O comando da festa fica por conta das bandas: Ragganorte, Luísa e Os Alquimistas, Orquestra Greiosa, DuSouto e Potyguara Bardo.
O evento conta com estrutura de palco, iluminação e uma produção audiovisual planejada para apresentar um festival inesquecível!
Serão mais de 5h de live com energia do começo ao fim. A apresentação será comandada pelos queridos Igor Fortunato e Penélope Dias.
O Festival Ribuliço tem patrocínio da Lei Aldir Blanc do RN, por meio do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, através da Fundação José Augusto, e do Governo Federal, através da Secretaria Especial da Cultura e do Ministério do Turismo.
Para mais informações: @festivalribulico
Realização: PARÊA Produções.
O QUE? Festival Ribuliço – Online
QUANDO? Dia 06/02 (sábado)
ONDE? Canal do YouTube do Festival Ribuliço (https://youtu.be/0zcxwGAqvcM).
HORA? 19h.
FOTO: Ian Rassari
O ano está prolífico à vida literária potiguar. Diversos lançamentos de bons livros e autores já anunciados, muito decorrente do empurrão dado pelo Sr. Aldir Blanc. E o que é raro por estas plagas começa a dar as caras: o romance. Sim, temos um novo na praça. “Por uma taça de vinho” lhe convida a sentar à mesa para para umas doses ficcionais.
O livro sai pela Editora Z, comandada pelo jornalista Osair Vasconcelos. O autor é Tião Carneiro, que logo abaixo apresenta a obra com sua forma particular. Antes informo ainda que o livro pode ser adquirido com o autor por R$ 60 (zap 9 8800-1610 e email: tcarneirosilva@gmail.com).
Outra maneira é pelo site da Amazon. No e-book Amazon custa R$ 22. Pode ser lido no computador, celular ou no kindle. O caminho é curto. Basta entrar no site e digitar “por uma taça de vinho”.
Esta é uma ficção sobre obviedades. Em especial as de educação, sexo e consciência.
Esta ficção acha óbvio o indivíduo se indignar com o pouco-caso de certos governantes a respeito da educação. Quantos milhões de analfabetos no mundo? E no Brasil?
Esta ficção acha óbvio meninas e meninos saírem da puberdade conscientes – conscientes, disse – do descomunal poder que vão transportar entre as pernas. Poder que só perde para o poder presente entre as orelhas.
Esta ficção acha óbvio a polícia de trânsito rebocar o veículo cujo motorista o estacionou na frente da garagem alheia. Até porque o motorista deve ter ido encher a cara num dos botecos da redondeza.
Esta ficção fala de educação porque fica puta da vida com a covardia de diversos presidentes e afins. Covardes, sim, já que vivem testando o poder na demência mental impingida por eles aos analfabetos.
Esta ficção fala de sexo como se estivesse falando de saúde, educação, segurança. E não tem papa na língua quando fala de assédio, asma, assalto. Assim como não a tem para transar, tratar, trancafiar.
Esta ficção fala de consciência, porquanto entender que a falta dela faz uma falta danada: faz o velhaco governante querer ser o dono da crítica alheia, faz o desprezível amante querer ser o dono do corpo alheio, faz o boçal motorista querer ser o dono da garagem alheia. E faz o estúpido trio querer roubar a paz coletiva.
Esta ficção flagra o olhar afetuoso da consciência ao ver o sexo e a educação trocando civilizados cafunés.
Mas esta criatura está a léguas de ser libertina. E a metros de ser genuína.
A palavra gostosa desta criatura é sexo. A palavra carinhosa desta criatura é educação. A palavra poderosa desta criatura é consciência.
E a presunçosa é Tião.
A primeira palavra desta criatura é “acontece”. A última palavra desta criatura é “consciência”. No miolo abraçam-se interesse, costume e contexto. Porque as coisas só acontecem por algum interesse – não raras costumeiramente – e em dado contexto. E serão show de bola se a consciência estiver mediando.
Esta criatura privilegia o quá-quá-quá em detrimento do quê-quê-quê.
Como usa em abundância os termos “coisa, pra e aí”, esta criatura não é recomendada para os eruditos.
Como agasalha em abundância entrelinhas de consciência, esta criatura é recomendada para os carentes de empatia.
Como narra em abundância historinhas de sexo, esta criatura é proibida para os falsos moralistas.
Mas não posso evitar que fiquem lendo por detrás das portas.
Tim-tim!
O artista plástico Rasmussem Sá Ximenes, nascido em Currais Novos e depois conhecido pelo apelido Mocó, originário do algodão mocó, abundante na região, foi destaque me revista da Califórnia, Estados Unidos.
A matéria “Mocotopia” traz ainda o trabalho da esposa de Mocó, a designer Karla Ximenes. Na verdade, a abordagem trata da atividade conjunta do casal, motivada pela celebração do Dia dos Namorados no país norte-americano.
Mocotopia, título da matéria, é o espaço instalado por Mocó em um grande armazém antes propriedade das Forças Armadas norte-americanas, em São Francisco. Mocotopia seria o mundo ideal a partir da sua arte, sua utopia.
O texto foi escritor por Karla e conta suas origens nordestinas no Semi-Árido. O casal está há quase 15 anos na Califórnia. O parco inglês deste editor não permite muitas traduções da ampla matéria de 16 páginas. Mas vamos extrair alguma coisa.
Após falar das suas origens familiares, dos estudos em Londres e da decisão em morar nos EUA com Mocó e o filho, o encantamento com a arquitetura da cidade de Sonoma, já na Califórnia. E da inspiração veio a criação do casal. Ela, com cenários. Ele, com pinturas.
Tentaram viver por dois anos em Miami, também deslumbrados pelo estilo de vida da megalópole. Mas foi a histórica cidade de Benicia, no nordeste de São Francisco, que os puxou para a nova morada e onde está localizado o escritório e o estúdio de criação.
Na sequência, Karla fala da Mocotopia, a junção do Mocó com a Topia, de utopia. O pequeno universo do casal conectado diretamente com suas inspirações e, consequentemente, com suas produções artísticas. E ressalta que a Mocotopia não é apenas utopia, mas algo possível.
Os proponentes com dificuldades em cumprir o cronograma de execução de projetos dos Editais Diversidade Sócio-Humana, Projetos Culturais Integrados, Saberes, Sabores e Fazeres e Cultura Popular de Tradição, em razão da exiguidade de prazos, podem direcionar ofício ao Diretor Geral da Fundação José Augusto (FJA), Joaquim Crispiniano Neto, solicitando prorrogação dos prazos.
No ofício deve constar justificativa da solicitação e indicativo do novo cronograma de execução, tendo como base o prazo final de 15 de março de 2021 para a prestação de contas.
O e-mail de solicitação de prorrogação de prazo deve ser endereçado aos respectivos endereços que constam em cada edital.
De acordo com o wikipédia, nosso Aurélio moderno, “super-herói é um personagem modelo fictício sem precedentes das proezas físicas dedicadas aos atos em prol do interesse público”.
Goste ou não de Dácio Galvão, o que ele realizou pela cultura natalense é sem precedentes. Até pelo tempo à frente do principal órgão de fomento da arte na capital potiguar.
Mas a vestimenta do super-herói tem se encaixado cada vez mais em Dácio. Claro, nada com cuecas por cima do uniforme coladinho, mas o acúmulo de funções desmedidas.
Se Dácio Quixote já comanda a titularidade da Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Cultural Capitania das Artes, agora lutará contra os moinhos de vento sem ao menos um Sancho Pança.
É que a Funcarte perdeu, no último sábado, um cargo relevante, que até então respondia pelo órgão na ausência do presidente: a vice-presidência, antes tocada por Lenilton Teixeira.
O cargo, com status de diretoria executiva, foi remanejado à Secretaria Municipal de Planejamento como mais uma secretaria adjunta, para acomodar Karla Veruska, esposa do vereador Raniere Barbosa.
Lenilton Teixeira, um homem com vasta história no segmento teatral, assume a chefia do Núcleo de Música. Com isso, o experiente maestro Neemias Lopes dá adeus ao posto.
Dessa forma, o super Dácio precisa não só comandar dois dos principais órgãos da cultura de Natal, mas também estar onipresente, sem substitutos que respondam em sua ausência ou trabalhe de forma conjunta com o presidente.
E assim, na Liga da Justiça da Funcarte, restarão o Super-Homem e mais uns poucos heróis para salvar a humanidade da visão torpe de que a cultura não precisa de super poderes para aguentar tanta politicagem.
FOTO: Magnus Nascimento
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O Poti-Poti Festival está agendado para começar neste sábado (30). Serão dois dias de apresentações com muita música autoral potiguar, palhaçadas e danças!
Esse festival é uma realização do Abayomi Natal junto com a Toca Produções e foi contemplado na Chamada Pública de Emergência – Da Gestão, do Fomento e do Financiamento da Prefeitura de Natal pela Lei Aldir Blanc.
Sábado
16H Abertura do Festival com o Idyane França e Abner Moabe.
1º Luaz – 16h
2º Apresentação circense com Diego e Pedro
3º Letto
4º Dega
5º Ponta d’Lança Potiguar
Domingo
16H Abertura com o Idyane França e Abner Moabe.
1º Choro com Prosa
2º Pedro Mendes
3º Carlos Brito
4º Fuxico de Feira
Intervenções artísticas nos intervalos das bandas, com dança do ventre, dança do orixá e samba (Espaço Cultural Al Hanna).
O Minicurso UQ Potiguar, projeto em parceria com a Universidade das Quebradas (UQ) da UFRJ, chega ao Rio Grande do Norte em formato digital e gratuito com professores da UFRN e da UFRJ.
O foco recai nos Direitos Humanos, abordando mais especificamente o Direito à Educação, os Direitos Civis, o Direito à Cidade e os Direitos Culturais, através de um minicurso online com 60 vagas para receber certificados das UQ-UFRJ/PACC de artistas, arte educadores, produtores culturais, ativistas das periferias dos estados RN e de outras localidades.
No Minicurso UQ Potiguar serão realizados 8 encontros virtuais no período de 09/02/2021 a 13/04/2021, às terças-feiras no horário de 14h às 16h, com a presença do professor responsável que, a partir de sua videoaula, promoverá um processo de interação com a turma sobre a temática abordada no vídeo.
Serão abordados temas como “Presença indígena nos sertões”, Direito à Cidade: Mutirão em Habitats de Assentamentos Rurais”, “A importância do ensino da arte na formação cidadã”, “Direito à Cultura com Tema para Dança”, “Visão Antropologica dos direitos humanos e como acontece na sociedade contemporânea”, entre outros.
O projetoé apoiado com recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte, Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Tema: DIREITOS HUMANOS ( Direito à Educação, os Direitos Civis, o Direito à Cidade e os Direitos Culturais)
Antes de ilustrador, de professor e Letras ou mesmo de poeta preto de terreiro, Canniggia Carvalho é um ser de expressão. Não importa o meio, mas a busca pelo dizer da forma mais perfeita possível, seja pelo desenho, pela poesia ou pelo falar. E incentivado por Clarice Lispector ou por uma barata, por macabéias nas esquinas.
Este poeta. este professor que leva sua cor, sua história ancestral e sua vontade de educar, de falar às salas de aula, foi o convidado do projeto ‘Um Poeta em Cada Esquina’, conduzido pela também poeta Gessyka Santos. Todo o papo está disponível em formato de podcast e com o bônus de um vídeo-poema como sobremesa.
“Um poeta em cada esquina” é um projeto de Gessyka Santos e Gonzaga Neto, realizado com recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte. Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Estão abertas, a partir de 25 de janeiro, as inscrições para o Prêmio Sesc de Literatura 2021, um dos mais importantes do país e consagrado na distinção de escritores inéditos, cujos trabalhos possuam qualidade literária para edição e circulação nacional.
Obras ainda não publicadas podem ser inscritas nas categorias Romance e Conto. Os interessados têm até 19 de fevereiro para concluir o processo de inscrição, que é gratuito e online.
Ao oferecer oportunidades aos novos escritores, o Prêmio Sesc de Literatura impulsiona a renovação no panorama literário brasileiro e enriquece a cultura nacional.
Os vencedores têm suas obras publicadas e distribuídas pela Editora Record, com tiragem inicial de 2 mil exemplares.
Desde a sua criação em 2003, mais de 16 mil livros foram inscritos e 31 novos autores foram revelados.
O Prêmio Sesc de Literatura 2020 obteve 1358 inscritos, sendo 692 romances e 666 livros de contos.
Para conferir o edital do Prêmio Sesc de Literatura 2021, clique AQUI.
Para se inscrever, clique AQUI.
Amém Ore. Nome estranho, mesmo para poetas. E Amém como Deus do Egito, embora o poeta desacredite em tudo. Portanto, há uma crença na descrença. O Ore é uma sigla: orgulho, raiva e ego. Uma autocrítica. E Amém Ore não só fala, declama e vence por duas vezes o slam de poesia potiguar, mas também ouve, se ouve para declamar, protestar e se reconhecer.
Poeta que domina o ritmo da poesia, marginal ou não, da música, de protesto ou não, Amém Ore foi o convidado do terceiro episódio de ‘Um Poeta em Cada Esquina’, projeto conduzido pela poeta Géssyka Santos, disponível em podcast no youtube e com o bônus de vídeos-poemas belíssimos, que vocês conferem ambos logo abaixo.
As expressões da poética na voz, na escrita ou na música. O poder da poesia nessa tríada, seja para alívio da alma ou provocar o espírito, além de um EP intitulado IRA, com quatro faixas e indicado a quatro categorias do Prêmio Hangar, entre outros assuntos correlatos, foram temas dessa conversa descontraída com Géssyka. Oremos pela poesia!
“Um poeta em cada esquina” é um projeto de Gessyka Santos e Gonzaga Neto, realizado com recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte. Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Natal padece de esquecimento. A cidade construída de costas para o Rio dá as costas também para seus valores culturais. Este 2021 marca o centenário do escritor mais lido do Rio Grande do Norte: Homero Homem, o “nosso Homero”, como cita o imortal escritor e crítico Manoel Onofre Jr. Para não passar em branco a data, nosso blog posta três poemas e uma carta de Homero enviada ao próprio Onofre, com alguns dizeres do nosso colunista. Segue abaixo:
Durante alguns anos tive a satisfação de manter correspondência epistolar com o mestre Homero, que costumava, de vez em quando, enviar-me também folhetos e recortes de jornais, com matérias de interesse literário.
Meses antes de morrer, já padecendo do câncer que o levou, mandou-me uma espécie de pôster estampando dois poemas de sua autoria, publicados no jornal “O Estado de São Paulo”, e um outro, que ele datilografou, juntamente com o seguinte bilhete manuscrito:
Leblon – Dez. – 89
“Querido amigo Manoel Onofre Junior, não veja neste pôster (ilegível) nenhuma notícia fúnebre. Pelo contrário, retorno ao trabalho com a mesma disposição de antes. Rezo para que nosso livro saia em março e fique pronto um pouco antes. Diga ao pessoal da Clima que nunca (ilegível) editor de meus livros, pelo contrário. Quanto ao Woden, sei que tem palavra firme. Com a amizade de sempre, seu amigo Homero Homem lhe deseja um Ano Novo cheio de paz e progresso pessoal e familiar – falo, naturalmente, em nome de todos aqui em casa. O poema “Casa” foi pensado na Serra da Bocaína- SP e escrito às vésperas de me internar no Hospital.
Os outros dois foram ditados à minha mulher, já hospitalizado. Seu velho companheiro de letras e constante leitor – Homero.”
Vejamos os poemas a que se refere:
Cristo meu e Senhor,
cura a minha carne,
salva-me pela dor.
Cristo, nosso Senhor,
penetra-me corpo e alma,
salva-me pelo amor.
Aqui é a Casa.
Seja bem-vindo.
Descanse os pés.
Recolha as asas.
Verde tesouro
de água silente,
a mão em concha
é bebedouro.
Menino lindo,
ragazza de ouro,
pegue seu corpo
e ligue à alma
De terra e ar
é feita a Casa.
Use seus pés.
Conserve as asas.
Pós/ operado no Hospital do INAMPS
em Ipanema
tomo meu primeiro banho de chuveiro.
Nu como Job, rico de cicatrizes
lavo a colostômica flor de tripa rubra
recem-aberta,
lado par,
à altura do meu flanco.
E-mail: Sergiovilarjor@gmail.com
Celular / Zap: (84) 9 9929.6595 Fale Conosco Assessoria Papo Cultura