A programação cultural semanal do Bardallos começa nesta quinta com show da dupla Antoanete Madureira e Marcelo Seixas, pela primeira vez no palco da casa. Repertório de música brasileira para animar a noite do Centro Histórico de Natal, a partir das 20h e acesso gratuito.
Na sexta, dia de lembranças da luta de Zumbi dos Palmares e da celebração do Dia da Consciência Negra, o Bardallos, em parceria com a Livre Beach, apresenta uma programação voltada ao tema.
A partir das 18h abertura da exposição “Negros”, com os fotógrafos Clarice Nascimento, João Paulo e Narhuna Melo. Às 19h tem início a Oficina de “colocação de turbantes”, com Tânia Alves.
A programação musical começa às 20h30 com show de Pretta Soul e participação de Analuh Soares. Às 21h30 sobe ao palco a banda Dega.
Nos intervalos o microfone estará aberto para intervenções. Para a programação da sexta, o ingresso custará R$ 10, como contribuição para os artistas.
Lembrando que o Bardallos tem seguido todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde e terá ocupação máxima de 40 pessoas, para manter a distância social.
O lançamento do CD Virou Flor da cantora natalense Antoanete Madureira finalmente tem local e data para acontecer. Será nesta terça-feira (26), às 19h30, no Teatro de Cultura Popular Chico Daniel (TCP), anexo da Fundação José Augusto. Como não poderia deixar de ocorrer, o lançamento tem por brinde o show homônimo que a artista vem preparando há meses.
Apoiada por uma banda que conta com os músicos Jubileu Filho (guitarra), Erick Firmino (contrabaixo), Dudu Taufic (teclados), Ramon Gabriel (percussão) e Larry Mateus (bateria), Antoanete desfiará o repertório de Virou Flor e outras canções do projeto Suave Potengi, que a cantora leva a efeito em sua pesquisa do cancioneiro norte-rio-grandense. O show terá, ainda, as participações da cantora Silvia Sol e do violonista Ricardo Menezes.
Antoanete Madureira explica que o CD Virou Flor é resultado de cinco anos de pesquisa da canção potiguar e homenageia grandes compositores do Rio Grande do Norte.
“Virou Flor traz os arranjos fantásticos de Eduardo Taufic, que também assina a direção musical do show, e é executado por uma banda fabulosa”, conta a artista que obteve o primeiro lugar no 1º Festival de Música da Cidade do Natal, em novembro de 2018, com a canção “A Cidade em Movimento”, de Franklin Mario, que abre o CD a homenagear o bairro da Cidade da Esperança.
“É um disco que fala de nascimento e da criança em cada um de nós, como atestam as músicas “Imperador do Mundo”, de Franklin Mario; “O Menino em Pessoa”, de Samir Almeida, e “Virou Flor”, de Antonio Ronaldo. O registro tem um forte vínculo com a nossa cidade, que também remete à nascimento e natalício”, ilustra a cantora.
Para além das canções citadas do registro fonográfico, Antoanete apresenta, ainda, as pérolas “Suave Potengi” (Antonio Ronaldo), “Doce” (Franklin Mario), “Flor da Pele” (Antonio Ronaldo e Franklin Mario), “Levitação” (Nagério e Lupe Albano), “Caravela Portuguesa” (Roberto Homem), “Remanso Manso” (Nivaldete Ferreira), “Hocuspocus!” (Franklin Mario e Romildo Soares), “Cadafalso” (William Guedes e Franklin Mario) e “All Over” (Babal e Franklin Mario).
O cenário do show leva a assinatura do artista plástico Carlos Sérgio Borges, que também assina a capa do disco, e o registro audiovisual ficará a cargo da Casu Filmes. Virou Flor encerra a primeira etapa de pesquisa do Projeto Suave Potengi.
O quê? Lançamento do CD Virou Flor, de Antoanete Madureira.
Onde? Teatro de Cultura Popular Chico Daniel (TCP). Rua Jundiaí, 641, Tirol. Anexo da Fundação José Augusto.
Quando? Dia 26 de novembro, às 19h30.
Quanto? R$ 15,00 (meia entrada para todos) e R$ 30,00 (ingresso + o disco).
Nesta quinta-feira ocorre mais uma edição do projeto Quinta Cultural. Desta vez com a presença da cantora e compositora Antoanete Madureira e do poeta e compositor Antônio Ronaldo. O show tem início às 19h na sede do Sindicato dos Bancários, na avenida Deodoro da Fonseca, 419, Petrópolis. O acesso é gratuito.
Antoanete Madureira é mezzo-soprano com formação em canto popular. Realiza um trabalho musical caracterizado pela preocupação em recolher e evidenciar repertórios originais e que fujam de padrões comerciais e midiáticos.
No ano de 2018, sob a direção musical do maestro Eduardo Taufic, lançou o seu primeiro álbum, intitulado Virou Flor. Através deste, a cantora buscou oferecer ao público o primeiro registro fonográfico deste trabalho de pesquisa em torno da canção potiguar, seu atual objeto de estudo e atuação artística.
Compositor e poeta, presente na cena cultural de Natal desde os anos 1970, com destaque no movimento de Poesia Marginal, em festivais de música e poesia (anos 1980), no coletivo de Música Popular TRAMPPO – Trabalho de Música Popular Potiguar (anos 1990), Antônio Ronaldo atuou no TONUS Teatro Novo Universitário, tem músicas gravadas por dezenas de intérpretes potiguares, livros de poesia editados e cds de música gravados.
Imagino como deva ser complicado ao músico e sobretudo ao compositor ter sua canção executada para um público alheio, barulhento, pouco atento à apresentação.
Quando falo “imagino” é porque por vezes escrevo alguns textos por aqui e lamento quando é pouco lido. Sensação de tempo perdido e, mais ainda, da mensagem não repassada ou reconhecida.
Nesta última sexta-feira cheguei já pelo final da festa de celebração dos 10 anos do Substantivo Plural. Casa cheia no Bardallos e o palco assumido por Antoanete Madureira e Samir Almeida.
Talvez pela lotação, talvez pelo acesso gratuito, talvez pela razão comemorativa do evento havia muito barulho no Bardallos. Difícil culpar o público que também quer conversar, celebrar entre amigos.
Já conhecia as duas atrações. A Antoanete era descoberta mais nova, quando ouvi três de suas músicas para curadoria do projeto Sete e Meia. Adorei. Foram duas das melhores descobertas entre os inscritos, ao lado da Rousi Florcaeté, mas ao vivo parecia outra artista, muito mais intensa. E que voz!
O Samir Almeida me é um velho conhecido. Escrevi sobre ele desde o tempo do lançamento de 40 CDs de artistas locais pelo Prêmio Núbia Lafayette, acho que em 2010. Samir e uma penca de artistas que nunca mais lançaram mais nada foram contemplados.
Samir havia entrado por uma repescagem, ainda com o nome Samir Bilro, mas o achava entre os cinco melhores álbuns lançados pelo Prêmio. Compositor refinado, com letras e melodias bem trabalhadas, uma voz grave bem encaixada, um violão versátil.
Mesmo depois do CD lançado, da oportunidade, Samir não decolou. E sexta estava lá, como violonista de Antoanete. Lá pras tantas teve espaço para apresentar suas músicas. Cantou ‘Um sonho de criança’, a minha preferida, para poucos ouvirem, entre as conversas. Mas bastou suas versões dos Beatles para chamar mais atenção.
O compositor até tentava comentar sobre a canção que iria cantar, mas o jeito tímido, contido, que contrasta com a potência vocal, também não ajudava.
Veja no vídeo abaixo que essa timidez me parece bem latente, como também seu talento. Um cover do clássico do Queen. Mais abaixo, uma de suas canções, ‘Sinestesia’. E por último, ‘O menino em pessoa’, também composição sua interpretada pela limpidez vocal de Antoanete, com Samir ao violão. Até sugeriria um dueto vocal; seria uma mistura interessante de timbres.
No mais, uma noite bela para prestigiar 10 anos de um trabalho abnegado de Tácito Costa com o Substantivo e que sempre torcemos pela longevidade. Mereceu a presença dos amigos, simpatizantes e desses dois artistas maravilhosos. Vida longa ao Substantivo e reconhecimento a curto prazo para Antoanete e Samir.
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