Poemeto da Burakera #7
neste bar de fim de século
te colocarei
intensamente
sob meu olhar
e mesmo que não queiras
vou te penetrar
olho-nas-coxas
olho-entre-coxas
farejando
focinhando
direto e conforme
neste bar de fim de século
te olho e desolho
entre lances e relances
olho-entre-coxas
olho-entre-pernas
vou penetrar tua carne
feita de sombras e detalhes
neste bar de fim de século
cervejando
copo espumando
entre ângulos e triângulos
te olho e desolho
desejando te beber
e linguar
dos pés à cabeça
do ânus à vagina
neste bar de fim de século
te olho e desolho
olho-duro
olho-na-coisa
desejando invadir
desde o ponto g
ao ponto oco
e me deixar sugar
em teus olhos
em teu som rouco
em teus mistérios absolutos
em tuas questões relativas
e te imaginar
vento e tempestade
porto e praia
abismo e vôo
neste bar de fim de século
meu olho safado de pasión
olharvasculha
lambe-e-chupa-além
tua calcinha cor-de-rosa!