Poemeto da Burakera #5
este é o poema da zorra louca!
este é o canto do poeta safado!
nesta noite humana
ora, direis – olhar estrelas!
ora, eu vos digo – beber a vida!
nesta noite imensa
ora, direis – cantar a lua!
ora, eu vos digo – linguar vaginas!
nesta noite troncha
picas e buçanhas se esfregam pelos cantos da cidade
estrelas e luas pinicam meu olho urbanóide
bocas riem comigo neste bar inquieto
nesta noite troncha eu arrazo outro uísque
noite! louca noite!
de longas doses!
de largos papos!
de lentos gestos!
um passo! um passo só!
e já estou fora do planeta
cutucando o cú zodiacal!
enquanto o desgovernado governador
governa esta cidade de xavascas carentes
noite! longa noite!
de largas doses!
de lentos papos!
de loucos gestos!
para viver! para viver! para viver!
por isso estou aqui – eu sei!
mas um dia
numa certa noite por aí
vai tocar a última zorra
e eu vou dar a última trepada
então vou partir na espuma do tempo
e do amor
deixando pra vocês
amigos meus! amantes minhas!
meu sorriso cachorro
e esta porra de poema!