Amanhã (13) ocorrerá a quarta edição do Café Cultural, projeto da Fundação José Augusto, com a presença da banda Orquestra Seca, um evento que se adiciona ao corredor cultural do centro histórico de Natal. A Orquestra Boca Seca faz delicioso combo de black music e promete agitar os presentes com muito samba-rock, soul e reggae.
O evento também abre espaço para as artes visuais e, nesta edição, as paredes do alpendre do Café Filho abrigarão a exposição “Telas Do Psique” de autoria de Ângelo Girotto com curadoria de Claudio Wagner.
O evento é gratuito e terá início às 16 horas no Museu Café Filho, rua da Conceição ao lado da Pinacoteca.
A Banda Orquestra Boca Seca apareceu no cenário musical potiguar, como a grande maioria das bandas mundiais: fazendo versões de músicas. No caso do Boca Seca o caminho seguiu uma procura incessante pela original black music brasileira, visível influência de nomes como Jorge Ben, Tim Maia, Chico Science e Nação Zumbi.
Há mais de dez anos na estrada, o quinteto formado por Fábio Rocha, Clara Pinheiro, Max Soul, Jordan Santiago e Pablo Jorge abusa (no melhor sentido da palavra) das texturas vocais, dos riffs experimentais e da presença de um naipe de metais (trombone, trompete e saxofone) que oferece colorido especial às dez faixas inéditas e autorais registradas. A mistura de samba, rock, soul e reggae, mais a malemolência potiguar, alicerça o som da Orquestra Boca Seca.
O Museu Café Filho, equipamento da Fundação José Augusto, terá programação alusiva à Semana Nacional dos Museus, neste sábado (18) à tarde. O projeto Café Cultural contará com abertura de exposição do artista plástico Leopoldo Nelson e, a partir das 14h, apresentação dos grupos Batuque de um Povo, e às 16h, Fuxico de Feira. O Museu Café Filho fica na Rua da Conceição, ao lateral da Pinacoteca do Estado.
De acordo com o coordenador de Promoções Culturais da FJA, Max Medeiros, o Café Cultural é um projeto concebido para dar início à ocupação sistemática dos museus e outros equipamentos da Fundação José Augusto: “Não só com exposições, mas também com outras linguagens artísticas que enalteçam o novo momento que o Centro Histórico de Natal está vivendo”, disse.
O Grupo Batuque de um Povo nasceu em 2016 com a proposta de resgatar as raízes do samba e a cultura afro-brasileira. Formado por músicos conhecidos das rodas de samba potiguares, o Batuque De Um Povo mostra composições autorais de artistas potiguares e se inspira em sambistas como: Candeia, Paulo César Pinheiro, Mauro Duarte, Jorge Aragão, Almir Guineto, Beth Carvalho, Jovelina Pérola Negra, entre outros.
Ao trabalho cuidadoso na escolha e execução do repertório, o grupo tem agregado a participação de artistas de danças tradicionais da cultura afrobrasileira em suas apresentações. De acordo com divulgação, o nome Batuque De Um Povo reflete o esforço em regatar o espírito das rodas de samba tradicionais, trazendo à tona as raízes afrodescendentes e desmistificando o samba.
Já o grupo Fuxico de Feira é mais jovem, nasceu em 2018 e tem como padrinho o músico e compositor Carlos Zens. Composto por Fernandinho Regis (voz, viola e rabeca), Felipe Erick (sanfona e vocal), Abner Moabe (flauta, percussão e vocal) e Valério Felipe (percussão e vocal), o Fuxico de Feira trabalha com um repertório que passeia pela música brasileira de raiz, em especial a nordestina, mas que também passeia pelo cancioneiro popular do universo da viola, além de trazer ao grande público, músicas oriundas da tradição oral, reflexo da ligação dos quatro jovens com o universo da cultura popular, como o Auto do Boi de Reis e o Pastoril.
Leopoldo Nelson foi um médico, pesquisador e professor universitário que além de tudo foi um dos pintores mais profundos do Estado. Sua obra é um legado para os potiguares. Calcada nos estudos da fisiologia a obra de Leopoldo Nelson tem um tom expressionista, mas feita de forma espontânea.
Projeto Café Cultural
Dia: 18
Hora: 14h
Local: Museu Café Filho – Centro Histórico de Natal
Entrada Gratuita
E-mail: Sergiovilarjor@gmail.com
Celular / Zap: (84) 9 9929.6595 Fale Conosco Assessoria Papo Cultura