Ninguém consegue me convencer de que Lula é inocente. Ninguém consegue me convencer de que Bolsonaro é honesto.
Não vai nisso qualquer ranço pessoal, pois ambos estão em patamares tão distantes de mim que não cabe, na minha pequenez, qualquer relação pessoal. São deuses fanatizados e postos em altares. Cujas imagens merecem, para mim, iconoclasta, apenas um olhar irônico. Mais de pena dos adoradores do que de escárnio aos adorados.
Repito: Um não é inocente nem o outro é honesto. Fica o dito no campo da presunção, pois não disponho de provas para acusá-los. E sem provas ou acusação específica, resguardo-me da imputação de calúnia. Posto que na tipificação criminal, do nosso Direito Penal, não exite o tipo calúnia presumida. Apenas passo no patamar dessa igreja, sem nela adentrar, observando de longe a liturgia dos idiotas. A idiotice também não é crime. Nem contravenção. É apenas um pastoril de cores sem quermesse, que deixa a cada lado o exercício de apedrejar a Diana.