Exposição inspirada no Rastafári abre nesta quarta no Centro Histórico

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A religião rastafari é mais que músicas de Bob Marley, cores da Jamaica ou os cabelos dreadlocks. E toda a abrangência dos preceitos rastafari aliada aos valores do graffiti e da identidade do gueto e do negro expressam a arte do artista plástico Mário Cruz, mais conhecido como Warka.

Suas obras estarão expostas no Bardallos Comida e Arte a partir desta quarta-feira (25), a partir das 19h, como atração integrante do Sarau Insurgências Poéticas.

A arte deste artista emana o olhar no ser arte/negro e do graffiti/arte, símbolos combinados em contrastes de beleza. Daí vem o terreno fértil e as raízes frutíferas nesse trabalho: negro essência multiespacial em telas graffitadas.

E de onde vem esse nome? Warka é uma figueira existente na parte interiorana da Etiópia que alimenta as comunidades com água catalisada das chuvas e orvalhos. É também um sombreiro coletivo utilizado para resolver, decidir e ensinar (griôtagem) os membros do grupo. Ou seja: é também a puulsação da arte – Graffiti, Pinturas, Desenhos – negra contemporânea: essência de revolução.

WARKA

Mário Cruz (Warka) é paraibano. Desenhista, ilustrador e graffiteiro autodidata. Desde 2012 deu início às exposições públicas dos seus trabalhos.

Warka é um rastafári que tomou por caminho e base de vida a arte de pesquisar e desenvolver trabalhos voltados para disseminação das raízes negras socioculturais múltiplas no mundo. Nesse caso, os valores visuais da iconografia negra.

A arte de Warka também está conectada aos culturais e cotidianos existentes nos hieróglifos egípcios, relacionados à linguagem Adinkra – símbolos desenvolvidos na região da atual Gana pelos antigos povos Akan – que abraçam os valores do Candomblé brasileiro.

Tudo alinhado aos princípios essenciais da cultura/vida Rastafári, que fundidas formam seu trabalho, seja no graffiti, ilustração ou pintura em tela.

SERVIÇO

Exposição – Warka
Quando: Quarta-feira (25)
Hora: 19h
Onde: Bardallos Comida e Arte (rua Gonçalves Lêdo, Centro Histórico de Natal)
* A exposição permanece uma semana em cartaz

Sérgio Vilar

Sérgio Vilar

Jornalista com alma de boteco ao som de Belchior

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