Cantor nascido em Natal lança disco de indie pop em São Paulo

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Expondo suas feridas e inseguranças em forma de música pop e poesia, o cantor e compositor Victor Cronos acaba de lançar seu disco de estreia, “OZ”, em todas as plataformas de música digital e se prepara para começar a turnê com o projeto. Com nove faixas, “OZ” é um projeto de indie pop com tons de R&B e sons alternativos para tratar de amores, obsessões, tristezas com muita sinceridade e com um olhar millennial.

Ouça “OZ”: AQUI

Nascido e criado em Natal e radicado em São Paulo, Victor começou a se enxergar como artista por acaso. Ele ainda era criança quando se inscreveu em um concurso de poesia da escola. “Peguei um papel e caneta, apenas escrevi todas as coisas que flutuavam em minha cabeça e ganhei o segundo lugar. Não muito contente, me inscrevi no ano seguinte, e ganhei em primeiro”, conta ele, com orgulho.

Essa premissa marca o trabalho de Cronos, que inclui em sua arte tudo de si, seja nas canções ou nos trabalhos visuais inspirados pela alta moda. A aposta nessa visão o fez sair de Natal e rumar para São Paulo e começar a criar, em forma de canções, um lugar mágico e de conforto que virou um álbum baseado em sinceridade, que o artista vê como acaso.

“Acredito que somos predestinados ao acaso do destino. Apenas tampei meus ouvidos para o mundo e escutei o meu coração! Então não me restavam dúvidas”, reflete ele.

Foram 3 anos de trabalho até chegar ao álbum “OZ”. As letras foram todas compostas pelo próprio Victor durante sua trajetória. Os arranjos e a produção foram feitos em parceria com Hélio Castelhano.

“Há muito sentimento nessas canções. Elas expressam coisas que eu estava sentindo, algumas delas muito pessoais, que eu tentei traduzir nas letras e nas melodias. Esse lance de refletir essas sensações na minha arte está explícito no título de algumas canções. Quero provocar algo nas pessoas, transportá-las para o seu próprio mundo sensorial, um lugar mágico, como OZ”, conclui Cronos.

Faixa-a-Faixa:

Bang Bang – Eu a compus no piano, depois de escutar algumas músicas da Marília Mendonça. Usei apenas 4 notas e daí levei para o meu produtor, Hélio Castelhano. Ele amou e, na mesma hora, começamos a produzi-la.

Mini-Saia – Sexo! Sem dúvida, essa é uma composição do Cronos. É a minha faixa favorita do álbum. Sempre que eu escuto essa música, me dá um tesão. Ela excita a imaginação. Foi a música mais rápida do álbum: letra, melodia e toda a produção foram feitas em apenas uma tarde, em algumas horas.

Voodoo – Amor, paixão, devoção, voodoo fala sobre amar alguém acima de si mesmo. É a clássica história do amor platônico: João amava Teresa, que amava Raimundo, que amava Maria, que amava Joaquim, que amava Lili, que não amava ninguém. Eu era o João quando escrevi Voodoo.

Naufragamos – Ha! Sem dúvidas, uma das minhas músicas favoritas. É aquele tipo de canção para se ouvir no fim da tarde, olhando o mar, acompanhado ou não. Sempre irá trazer uma boa energia. Acho que esse era o sentimento quando escrevi “Naufragamos”, uma das primeiras composições finalizadas para esse álbum.

Coca-Cola – “Coca-Cola” fala sobre superação, sobre não abaixar a cabeça, sobre amor próprio. Com referências de blues, de country e de rock’n’roll, é a música mais dançante do álbum.

Torpedo – Eu estava em estúdio com o Victor Deamo. Havíamos acabado de gravar a voz e o sax para a faixa da música “Amor”, e daí meu produtor acabou gravando a nossa conversa, que foi incluída no trecho que antecede essa faixa no álbum. Em seguida, gravei a voz para “Torpedo” e super fluiu. Torpedo fala sobre um momento em minha vida em que ia para muitas raves e não tinha muitas responsabilidades. Eu faltava a muitas aula para sair pra curtir em raves e festivais.

Underground – Escrevi Underground após conhecer um grupo de amigos hippies pelas ruas de São Paulo. Conversamos sobre política, sobre a cara da nova juventude que estava a frente dos movimentos políticos, culturais e artísticos. Foi um encontro bastante inspirador. Underground fala sobre preconceito e sobre como podemos encará-lo de frente, sem medo.

Medo – Talvez a canção mais sincera do álbum. Eu estava apaixonado e não queria admitir. Havia um certo receio das duas partes e isso me fazia imaginar milhares de coisas. Acabou não dando certo, mais deixou essa canção linda de presente.

Amor – A canção mais antiga do álbum. Escrevi “Amor” aos 14 anos. Foi a primeira vez que mostrei uma composição minha para a minha família. Apresentei a música no aniversário de 25 anos de casamento dos meus pais, quando eles renovaram os votos, em uma grande celebração para amigo e familiares. Lembro que estava tremendo e suando frio, mas também me recordo dos gritos e dos aplausos, após a última nota. Sabia que, sem dúvida, essa música precisava integrar o meu primeiro álbum.

Redação

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