Para amanhecer poesia de Luiz Carlos Guimarães

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O PÊSSEGO

Por si só, como fruto,
não sugere seu sabor.
Para mim que desfruto
de sua forma, sua cor,
e com mão aliciante
sinto a polpa veludosa,
não penso no gosto diante
da penugem de tons rosa.
De repente, perplexo,
vejo um ventre de mulher:
sua vulva, o morno sexo
que está a se oferecer.
O pêlo da pele beijo,
mordo a carne sumarenta,
se me acende um desejo
que não se dessedenta.
A fome da minha língua
agora está saciada,
a do desejo não míngua,
tem que ser adiada.

(Luiz Carlos Guimarães)

Redação

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