ALÉM DA FRONTEIRA
A teimosia da poética
Atenta
Busca espaço
Nas ranhuras do papel
Onde tenta dizer
O indizível
Enlatado na garganta
De mulheres invisíveis
Cerceadas,emudecidas
Mordiscando a dor.
Versos desobedientes
Transgridem
Com rimas nuas
Exorcizando o medo
Exigem o estancar
Do sangue
Não o menstrual
O arterial que pulsa
Pela liberdade
Dos anseios retalhados.
Fingindo silêncio
A poesia não dorme
Acorda corpos
Ainda acesos
Para ultrapassar cercas
Resistir aos tropeços
Ir além da fronteira
2 Comments
Viva a poesia,querida Jania
Souza!
Muito grata.
Excelente poema da alma e luta feminina. Meus aplausos sempre grande poeta Diulinda Garcia!!!!@