Confira duas novas canções do álbum Otobiografia, de Mariano Tavares

Mariano Tavares - by Nora Aires

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O cantor e compositor Mariano Tavares divulgou dois singles do próximo álbum Otobiografia, com previsão de lançamento ainda este ano.

Duas canções sofisticadas que atestam a qualidade do músico e acendem a expectativa pelas outras faixas deste terceiro álbum, repletas de referências da Assu de sua infância e de um olhar interior que replete muito da contemporaneidade.

Os músicos que acompanham a voz e o violão de Mariano no disco, são: Ricardo Baya (guitarra), Airton Guimarães (contrabaixo acústico) e Artur Porpino (bateria).

Mais abaixo, uma introdução sobre cada música pelo próprio Mariano, que podem ser ouvidas nas plataformas digitais também aí disponibilizadas. Um aperitivo para o que vem por aí.

CADA UM (single)

Primeiro single do próximo álbum, “Cada Um” é um folk-rock inspirado na atual (e turbulenta) conjuntura política, social e cultural do Brasil e do mundo, dentro da qual princípios humanitários e democráticos básicos têm sido repetidamente violados e preteridos, muitas vezes até o limite do surreal, da abstração e da obscuridade.

O impulso inicial para escrever a canção surgiu de uma crise pessoal intensa, num momento em que eu, no meio do caos, precisei ser forte e parecia poder contar apenas comigo mesmo para elaborar meus próprios mecanismos de enfrentamento, minha paz e meu desejo de seguir em frente.

Depois eu acabei relacionando o espírito da canção ao todo, ao momento confuso que estamos atravessando, e acabei escrevendo o que eu chamo de um canção de protesto “às avessas”, pelo viés da ironia, que sugere que as liberdades individuais, o afeto livre, a música, a poesia, a empatia, a paz interior, a coragem e a conexão com a natureza são as únicas possibilidades de fazer do mundo um lugar melhor para se amar e viver.

Na verdade, eu continuo acreditando no que sempre acreditei: que a minha paz é a paz do outro; e que a imaginação, a música e a criação são as únicas formas possíveis de resistência, de liberdade, de saúde e de luz.

Spotify: http://open.spotify.com/album/5a2riu9HjvN7UvTTOiXNrF
Deezer: http://www.deezer.com/album/104428382

FRANKENSTEIN (single)

Escrita em parceira com o cantor e compositor Luiz Gadelha, “Frankenstein” é o segundo single a ser divulgado antes do lançamento oficial do álbum. É uma canção que fala de amor, do medo que muitas vezes projetamos nas relações, da ausência de leveza quando o amor se instala, e dos riscos que evitamos correr em nome da sensação de autopreservação que termina por nos impedir de viver mais, de ir mais longe nos afetos. Muitas vezes, fazemos isso sem nos darmos conta de que esses “monstros” são apenas parte natural do caminho, do próprio voo.

Para além disto, quando já estávamos no estúdio, durante as gravações eu me daria conta de que Frankenstein (o romance de Mary Shelley, não a canção) se revelaria como uma espécie de mote para o álbum como um todo, pois diversos fragmentos do mito acabaram emergindo involuntariamente em vários outros momentos do disco, em outras canções, na forma de uma série de citações mais ou menos explícitas: a condição do outcast, o enfrentamento entre o grotesco e o sublime, certas visões do embate entre o masculino e o feminino, o amor como força destruidora, a natureza como perspectiva de cura e salvação, e até mesmo uma citação direta do próprio texto de Shelley na canção que dá título ao disco, OTOBIOGRAFIA.

Spotify: https://open.spotify.com/album/2aDIAe6gh7HHlYCOUxr3q9
Deezer: https://www.deezer.com/album/109253442?utm_source=deezer&utm_content=album-109253442&utm_term=429945657_1568345879&utm_medium=web


FOTO: Nora Aires
Sérgio Vilar

Sérgio Vilar

Jornalista com alma de boteco ao som de Belchior

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