A obra musical do norte-americano JJ Cale passou ao largo no Brasil e hoje ainda é aqui desconhecida. A emblemática e crítica “Cocaine”,catapultada, pelo amigo Éric Clapton, foi sucesso mundial, mas ele não.
Seus discos jamais foram lançados em território brasileiro.
Vindo do meio oeste americano, natural de Tulsa, OKlahoma, John Cale se tornou um ícone junto aos pares de sua geração ao mesclar Rock, Country, Blues e Rockabilly num estilo soft ao qual batizou de Tulsa Rock.
Chamou atenção da crítica e do próprio Clapton com o disco “Naturally” (1971) em que apresenta belas canções como “After Midnight”, “Dont go to Strangers”, “Call me the Breeze” e “Crazy Mama”.
De estilo excêntrico e jeitão cool caipira, recusou convites de empresários para gerenciar a carreira e aparições em programas de TV nas quais tivesse que se dublar apoiado em playbacks.
Conduzia a banda em uma velha pick-up, carregando músicos e instrumentos na carroçaria. Ele próprio era o motorista.
Por muitos anos foi subestimado como guitarrista, mas uma audição apurada revela um instrumentista intuitivo e bastante melódico. A voz ficou marcada por interpretações sussurradas em letras que tratavam do universo rural e do amor.
Os últimos anos lhe renderam certo reconhecimento e maior popularidade, graças principalmente ao álbum “Road To Escondido” (2006), em parceria com Éric Clapton.
Cale morreu em 2013, vítima de um infarto fulminante. Emocionados os amigos músicos lhe renderam o belo tributo “Call me the Breeze – An Appreciation of JJ Cale”, disco que traz participações de Mark Knopler, John Mayer, Tom Patty, entre outros conduzidos pelo idealizador Clapton.
Escute o som de Tulsa!
Eric Clapton & JJ Cale – “After Midnight & Call me the Breeze”
https://www.youtube.com/watch?v=-wJDd_uu1JI