Bailarino potiguar se apresenta em um dos mais prestigiados espaços de dança do mundo

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Entre hoje (12) e quinta, o bailarino potiguar Alexandre Américo conduz a “Oficina Dramaturgias da Carne” e nos dias 15 e 16 participa da abertura da “Mostra Solar” com o espetáculo “Bípede sem Pelo”. A programação formativa e cultural acontece na Casa Hoffmann, umas das casas de dança mais importantes do Brasil, localizada na cidade de Curitiba (PR).

Alexandre conta que está realizado com essa apresentação: “o Bípede sem Pelo é meu mais novo trabalho. É continuidade do Cinzas ao Solo e faz parte de meu projeto poético-político-estetico acerca da reinvenção da morte nas sociedades ocidentalizadas. Soma-se a isso o fato de ser o primeiro potiguar a se apresentar na Casa Hofmann. É uma realização imensa para mim, como bailarino, que vive exclusivamente da arte, me apresentar num local tão representativo para a dança nacional,e uma referência mundial.”

Indagado de como foi essa trajetória, Alexandre fala que não foi fácil. “Foram momentos muito duros. Primeiro o de escolher viver financeiramente integralmente da dança numa cidade como Natal é uma odisseia. Eu não tinha muitos parâmetros. Comecei a dançar um pouco tarde e entrei na universidade buscando ampliar conhecimento e repertório. Criei meu primeiro trabalho autoral em 2015. Estudei, mergulhei na arte. Estou diretor da Cia Giradança, o que me possibilitou visitar quase todos os estados do Brasil e países como Argentina, Paraguai, Rússia e Alemanha. Tudo isso graças à dança. Sinto que com esse convite para participar da Mostra Solar da Casa Hoffmann fui realmente notado como profissional e inserido no contexto contemporâneo da dança nacional”, disse.

CASA HOFFMANN

Construída em junho de 1890, considerada marco arquitetônico da transformação urbana no final do século XIX, abrigou uma loja de tecidos e foi moradia de uma família de imigrantes alemães.

Inaugurada em 2003, como Centro de Estudos do Movimento, surgiu com o propósito de fomentar estudos e explorações de novas estéticas do movimento, tornando-se local de referência para artistas e profissionais das áreas de dança, teatro, circo, artes visuais e educação.

Com programação intensa na oferta de workshops principalmente ligados à pesquisa da dança contemporânea e da performance-art dos Estados Unidos, Europa e Brasil, os cursos ministrados por artistas e pensadores renomados, abordavam temas variados, entre eles a exploração do movimento, crítica da dança, estética, filosofia e design cênico.

BÍPEDE SEM PELO

“O Bípede perdeu os pelos, o cérebro, a razão. Ele gira e na gira faz do mundo a carne de seu corpo”.

Esta peça torce a ideia do animal humano, o Bípede Sem Pelo, e revela, assim, feito um corpo-que-dança-em-transe-que-dança-corpo, um evento estético que nos põe em continuidade com as coisas mundanas, em giros, saltos cruzamentos e amarrações, devolvendo-nos um saber próprio das manifestações culturais da terra.

Esse processo de criação foi realizado através da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte, Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

FICHA TÉCNICA

Dança, Direção e Coreografia: Alexandre Américo

Co-direção e Desenho de Luz: Laura Figueiredo

Interlocução Coreográfica: Elisabete Finger

Cenografia e Assistência de Direção: Jô Bonfim

Figurino, Maquiagem e Assistência de Direção: Ana Vieira

Veste: Andaluz

Trilha Sonora e Sonoplastia: Toni Gregório

Voz: Ionara Marques

Textos off: Alexandre Américo

Concepção de Design Cênico: Vinicius Dantas

Visagismo: Marcone Soares

Cabelo: Cid Gutyerrez

Fotografia processual: Brunno Martins

Fotografia divulgação: Jan

Design Gráfico: Yan Soares

Produção: Celso Filho (Listo Produções)

Assessoria de Imprensa: Rosa Moura

 

Apoio: Museu Câmara Cascudo (UFRN), Casa Verde Espaço

Artístico Cultural (RN) e Prefeitura de Nísia Floresta (RN).

ALEXANDRE AMÉRICO

Alexandre Américo é artista, pesquisador e bailarino. Tem Licenciatura e Mestrado em Dança pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Em Natal/RN, atuou nas principais Companhias de Dança da cidade: Parafolclórico, Gaya Dança Contemporânea, Cia de Dança do Teatro Alberto Maranhão, Cruor Arte Contemporânea,Balé da Cidade de Natal e Cia Gira Dança desde o ano de 2013, onde se encontra atualmente e é diretor artístico.

Em 2017 circulou através do Palco Giratório do SESC, com os espetáculos “Cinzas ao Solo” e “Myo_Clonus”, pelos estados de AM, MT, RJ, RS, MG, DF, RO, SP, SC, MS, AL, PB, AC, PI, RN e AP. Também atuou, enquanto Professor Convidado, no Programa de Especialização em Dança 2017 da UFRN e integra o Corpo Docente do Curso de Educação Física da Facel/RN.

Além disso, desenvolve ações de formação em modelo de Residência Artística. Estas ações, dentre outros lugares, já foram realizadas nas cidades de Maceió/AL (2019), Teresina/PI (2019), Petrolina/PE (2020) e Natal/RN (2020), Petrolina/PE (2020), Natal/RN (2019, 2020, 2021 e 2022), Uberlândia/MG (2021), Campina Grande/PB (2021), Santos/SP (2022) e Curitiba/PR (2022).

Também coordena os Encontros Coreopolíticos para a Ativação de Danças Contemporâneas em na Casa Verde Espaço Artístico-Cultural (Natal/RN), a fim de fomentar a arte contemporânea experimental e a formação de plateia no território potiguar em diálogo arejado e contínuo com pesquisadores e artistas convidados.

Site: alexandreamerico.com


CRÉDITO DA FOTO: Jan

Redação

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