Ator com nanismo pode representar o Brasil no Oscar 2024 por filme de professor da UFRN

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O Brasil pode chegar ao Oscar novamente. Desta vez, quem está na corrida pela cobiçada estatueta dourada é Big Bang, curta-metragem que retrata as camadas da vivência de Chico, protagonista exposto às condições sociais do nanismo.

A obra, que levou o ator Giovanni Venturini aos principais festivais nacionais e internacionais de cinema, estreou em 2022 no prestigiado Festival de Locarno, na Suíça, onde levou o Prêmio Pardino D’Oro de Melhor Curta-Metragem Autoral.

Desde então, Big Bang acumulou 43 prêmios, sendo exibido em mais de 90 festivais no Brasil e no exterior, além de ter sido eleito o Melhor Curta do 22° Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Agora, é um dos filmes que representam o cinema brasileiro na corrida pelo Oscar 2024 na categoria de Melhor Curta-Metragem de Ficção.

“Apesar de mais de 15 anos como ator, é meu primeiro protagonista no cinema, e de uma forma tão bonita e potente. Um personagem denso, que foge aos estereótipos que estão acostumados a enxergar pessoas com nanismo”, analisa Giovanni Venturini, que esteve em Paris na última semana para divulgar o filme em sua campanha para o prêmio César.

“E isso logo de cara nos traz uma possibilidade de indicação no maior prêmio de cinema do mundo… Nem nos melhores sonhos poderia prever isso! 
Como o próprio nome sugere, Big Bang veio para explodir com pequenas revoluções e, assim, expandir o universo do cinema brasileiro”, completa o ator.

BIG BANG NO OSCAR

Presente entre os 150 selecionados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas na lista dos filmes elegíveis para uma vaga na disputa ao Oscar 2024, Big Bang pode concorrer à categoria de Live Action Short Film (Curta-Metragem de Ficção). A obra foi rodada em Uberlândia, cidade mineira que sedia a produtora O Sopro do Tempo, tem co-produção francesa da Les Valseurs e distribuição latino-americana da potiguar Casa da Praia Filmes.

Big Bang tem direção de Carlos Segundo, cineasta que passa pela segunda vez na peneira do Oscar. No início de 2023, o curta-metragem Sideral chegou à shortlist da mesma categoria. No final de 2022 e início de 2023, o destaque como um dos quinze semifinalistas da premiação repercutiu em âmbito nacional e internacional.

Conhecido pelo modo disruptivo de explorar linguagens e também por encontrar apoio em equipes audiovisuais independentes que constroem cinema fora do eixo metropolitano, Carlos Segundo faz de Big Bang mais um destaque em sua cinematografia. O filme mobiliza o espectador e o convida, por meio da história de Chico, um homem com nanismo que trabalha consertando fornos, a construir um olhar singular sobre o mundo.

Sinopse

Big Bang narra a história de Chico, um homem com nanismo que trabalha consertando fornos. Solitário, ele vive um conflito interno contínuo, resultado do sentimento do abandono familiar – principalmente o paterno – e da exclusão social que normalmente o persegue. Mas Chico irá pouco a pouco descobrir uma forma de resistência e, por que não, de vingança.

Disponível para streaming no Globoplay e na MUBI.

Conheça o diretor Carlos Segundo

Doutor em cinema pela Unicamp, Carlos Segundo é atualmente docente do curso de Comunicação Social Audiovisual da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Diretor, fotógrafo, roteirista e montador, realizou mais de 15 obras que circularam em mais de 250 festivais nacionais e internacionais. É também coordenador e curador de festivais, mostras e oficinas de formação. Além de sócio diretor da produtora O Sopro do Tempo.

Ficha técnica

Direção: Carlos Segundo.

Produção: Cristiano Barbosa, Damien Megherbi e Justin Pechberty.

Roteiro: Carlos Segundo.

Fotografia: Roberto Chacur.

Direção de arte: Nara Sbreebow.

Montagem: Carlos Segundo e Jérôme Bréau.

Música original: Jérôme Bréau.

Som direto: Nemer Castro.

Finalização de som: Antoine Bertucci e Vincent Arnardi.

Elenco: Giovanni Venturini e Aryadne Amancio.

Empresas produtoras: O sopro do tempo e Les Valseurs.

Distribuição – América Latina: Casa da Praia Filmes / Pedro Fiuza e Mariana Hardi.

Redação

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