Tributo a Chico Science acontece neste sábado no Beco da Lama

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Às vésperas do carnaval de 1997, o malungho sangue-bom Chico Science deixou o Brasil órfão de um artista que reinventou a maneira como as gerações seguintes olhariam para o mundo e para si mesmas. Nos fez enxergar que bonito é nós! E conseguiu desfazer todas as mentiras que se contava para vender um modelo de ostentação tecnológica e sinteticamente fake. Ele sempre citava a estética LO-FI (sugerindo um som mais orgânico), como faziam os Jamaicanos dos Sound Systems, usando o que era tecnologicamente descartável para os grandes mercados, produzindo seus mixers em fundos de quintal, agregando novos elementos à composição da canção pop, para levar essa cultura às ruas de New York e transformá-la em hip-hop. Recontava como ninguém lendas urbanas. Inventava moda. Criava expressões, outras anotava do cotidiano…

E para homenagear o Chico “Ciência”, o DJ Russo Camarão Nativo, Orquestra du Mangue (composta por músicos do Ponta de Lança Potiguar, Viramundo Potiguar, Dega, Maxsoul e Diego Ventura), além dos convidados maGodaSilva, Max Oliveira, Catumbi, Rapha Inverse, Miguel Carcará, Kafu, Elzo, Alani Viramundo, Chicobomba, Low e uma galera de gente vão se encontrar no Beco da Lama neste sábado para a 10ª edição do Tributo a Chico Science, que já entrou pro calendário cultural de Natal, sempre um pouco antes do carnaval.

A programação começa às 13h, com oficinas e exibição de vídeos no Canguleiros Arte Café. Às 15h tem uma seleta especial do DJ Russo, o cortejo do grupo de côco potiguar CATUMBI, etc. E, a partir das 20h, sobe ao palco toda aquela gigue de artistas e
batuqueiros que interpretam, com verdadeiro espírito poético da periferia, faixas dos discos ‘Da Lama ao Caos’ e ‘Afrociberdelia’, com a produção executiva de Bira Soares e sob a direção musical de Jonathan Igapó.

Da lama à revolução

Francisco França se tornou, desde seu surgimento na cena pernambucana dos anos 90, em expansão, um dos mestres de cultura popular mais antenados que já pisou o planeta: “Um passo a frente e você não está mais no mesmo lugar”. E ele foi longe, apresentando nossa alegria e diversidade para o mundo numa versão ainda a frente da compreensão daquele momento histórico, criando novos desenhos de melodia, batidas, arranjos e uma linguagem exuberante que nos apresentou uma dimensão mítica do universo-mangue, trazendo consigo uma poesia inovadora, um carisma incontestável, autoestima, a paz em seu diálogo, além de ter conseguido a atenção do mundo inteiro para os problemas e riquezas de sua cidade, Recife.

Orquestra du Mangue:

Jonathan Igapó – Guitarra
João Felipe – Guitarra
Rob Rodrigues – Baixo Elétrico
Maxsoul – Bateria
Ademar Albuquerque – Congas
Juliana Gomes – Percussão
Diego Ventura – Alfaia
Adler Barros – Alfaia
Alessandro Risada – Alfaia
Marconi França – Assistente de Palco
João Felipe – Direção de Palco
Jonathan Igapó – Direção Musical
Bira Soares – Produção Executiva

Sérgio Vilar

Sérgio Vilar

Jornalista com alma de boteco ao som de Belchior

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1 Comment

  • Jonathan igapó

    ótima
    Matéria sobre o décimo tributo a Chico Science 👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾🦀🥁🦀🥁🦀🥁🦀

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