Sobre a escuta pública da PNAB em São Gonçalo

teatro poti cavalcanti

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Pela primeira vez, a secretaria de Cultura conseguiu atrair um bom público para um evento.

Os grupos e artistas foram motivados pelos futuros editais do Programa Nacional Aldir Blanc (PNAB). Em 2025, o governo federal deve repassar mais de 800 mil reais para o município de São Gonçalo.

Até o momento, a gestão do atual secretário não apresentou ações concretas para o setor, apenas apontou ainda críticas à administração anterior, esquecendo-se que a campanha eleitoral foi encerrada pelo TSE e, que este é um momento de escuta pública para implantação deste importante fomento. Em nenhum momento foi mencionado o valor do recurso recebido pelo município, garantido em 2025, graças à execução e prestação de contas do programa em 2024.

O ex-diretor do teatro Poti Cavalcanti, atual secretário municipal de Cultura, deixou o teatro em estado deplorável, permitindo que os cupins destruíssem figurinos e adereços, que estavam bem conservados em cabides e araras. Assim, deveria ser mais responsável em suas declarações públicas.

As reuniões de Escuta Pública para a PNAB convocadas para a construção conjunta com os setores culturais, na minha opinião, foram insatisfatórias, especialmente pelo tempo limitado destinado a esse debate.

O ideal teria sido realizar um seminário durante o final de semana, com palestras, grupos de discussão e uma plenária final onde as propostas fossem consolidadas em um documento a ser entregue à secretaria.

Infelizmente, os representantes setoriais acabaram defendendo apenas suas necessidades individuais, o que não contribui para a construção de uma proposta coletiva.

O encontro foi até razoável, pois reunir um número significativo de representantes da nossa cultura não é algo rotineiro.

No entanto, o secretário de Cultura em um momento de descontrole total, acusou a gestão anterior de ter sumido com as placas de inauguração do teatro. Nas palavras, afirmou que “a gestão anterior jogou as placas no rio”. Em minha opinião, isso é um crime — se realmente houve esse ato, o secretário de Cultura deve identificar quem cometeu essa infração para que responda legalmente. Quem foi da gestão anterior que jogou as placas no Rio, secretário? Precisamos de dados e fatos.

Como alguém envolvido na cultura, não aceito participar de um evento para ouvir desabafos descontrolados. O município receberá mais de 800 mil reais. Precisamos de alguém equilibrado para gerenciar esse montante. E nós, fazedores de arte e cultura, estaremos atentos.

Lenilton Lima

Lenilton Lima

Fotógrafo potiguar, pesquisador e produtor cultural, com acervo de mais de 100 mil fotografias, que documentam a cultura popular e contemporânea do RN desde os anos 90.

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