É raro se comemorar vitórias para a cultura do Estado. Isso é fato, é notório e histórico. Hoje há motivos para tal. A Comissão de pomposo nome – Constituição, Justiça e Redação – da Assembleia Legislativa deste Estado de Poti aprovou a matéria de iniciativa do Governo do Estado para criação, em definitivo, da Secretaria de Estado da Cultura. E assim o patinho feito das gestões governamentais se desmembra da Secretaria de Educação, do Esporte e Lazer.
Que a Secult RN, antes a única pasta extraordinária, continue, mas no sentido mais real da palavra e que respeite os preceitos aurelianos do dicionário: uma secretaria que “fuja do usual ou do previsto”, embora saibamos as dificuldades financeiras inerentes não só ao Estado, mas principalmente a um setor sempre visto como não primordial. Por isso mesmo a urgência em fugir do previsto e usar a criatividade para driblar os percalços. Cultura é é a arte de criar!
A titular da pasta, Mary Land Brito, comentou: “A cultura é um direito humano que deve ser garantido. Assim, a nova pasta será um instrumento do Governo do Estado para garantir a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura, apoiar e incentivar a valorização e a difusão das manifestações culturais”.
É fundamental lembrar a aprovação, também hoje, da matéria que organiza o Sistema Estadual de Cultura do RN. Ambas as aprovações, de certo, colocam o Estado potiguar não só no patamar dos outros Estados, mas também no ceio dos recursos federais e, consequentemente, das diretrizes e bases da política cultural nacional.
Que este dia é um marco para a cultura potiguar, não resta dúvida, pelo fato consumado após luta histórica. Mas que este marco seja revertido em reais benefícios. O dinheiro não cai do nada. É preciso elaborar projetos e procurar convênios; é preciso trabalho para fazer valer essa conquista de toda a classe cultural. O pior já passou e foi vencido. Agora é aproveitar esse combustível e fazer a máquina correr.
