Balalaika recebe exposição ‘Cores de Santeiro’ com dois shows neste sábado

vicente santeiro

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A exposição ‘Cores de Santeiro’ retratará e celebrará a partir deste sábado, os 20 anos de carreira do artista Vicente Santeiro. A vernissage será no tradicional Sebo Balalaika, ponto de encontro de artistas e boêmios nas adjacências do Beco da Lama, na Cidade Alta.

Na abertura do evento, a partir das 10h, terá apresentação musical de Chico Bethoven e Choro do Elefante e, às 15h, show de bossa e jazz com Joca Costa e Heliana Pinheiro. Acesso livre à exposição e aos shows. Já no encerramento da exposição, dia 18, show às 15h com a pianista Maria Clara Gonzaga.

Vicente Santeiro

Vicente Santeiro, nascido no bairro do Alecrim em Natal, passou a infância e a adolescência fazendo desenhos experimentais. Muito cedo se percebeu admirando a arte estatuária dos jazigos do arborizado cemitério do seu bairro, onde as flores e os passarinhos ressignificam as perdas e o luto, e em suas perambulações pelo Brasil tornou-se um assíduo analista das dicotomias e polaridades e de suas sublimações e superações.

Artista de convicções nacionalistas e tropicalistas, se considera influenciado pela literatura de Jorge Amado, especialmente pela colorida ilustração das riquezas da cultura brasileira, mesmo nos rincões mais pobres.

Fundamentalmente autodidata, depois de muitos ensaios nos bastidores da arte aprimorou-se através do convívio com o desenhista e pintor Assis Marinho e iniciou-se como artista profissional aos 20 anos, obtendo prontamente o acolhimento pelo mercado.

Até meados de 2019, quando preferia retratar cenas da “marginalidade” urbana e suburbana e dos jogos de Eros e Thanatos desde os recônditos do subconsciente, assinava suas obras – mais abundantes em giz de cera e óleo sobre tela – como Tiago Vicente, mas resolveu adotar seu nome artístico atual por razões mercadológicas e de identidade espiritual – não como fazedor de santos, mas como devoto e mensageiro do Mais Santo, entendendo a arte como janela do Divino e para o Divino.

Executou trabalhos em Recife, Salvador, Brasília e São Paulo, retornando a Natal, onde se fixou. Realizou várias exposições nos principais espaços de arte de Natal.

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Em reconhecimento às suas aptidões artísticas e à sua inconteste identidade pictórica recebeu a indicação para representar o Rio Grande do Norte na exposição “Artistas Brasileiros 2010 – Novos Talentos”, no Senado Federal (16/11 a 06/12/2010), com uma de suas obras, “Marinha Natalense”, integrando o catálogo da mostra.

Produz arte figurativa onde elementos míticos, arquetípicos e iniciáticos aparecem frequentemente, com uma “pegada” surrealista e mágica que articula-se com um bem-executado cubismo rico em complementaridades, simetrias, contrastes e mosaicos, numa profusão de cores alegres em celebração da alegria (muitas vezes com cenas circenses) ou com tons serenos propícios à reflexão.

Sérgio Vilar

Sérgio Vilar

Jornalista com alma de boteco ao som de Belchior

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