Tendência mundial na comunicação, as revistas digitais são uma realidade. E agora também será em Natal, através do retorno da revista Brouhaha após 10 anos de sua criação. A publicação da Secretaria de Cultura (Secult/Funcarte) estará disponível para leitura no Blog da Funcarte já a partir desta sexta-feira (10). O retorno da Brouhaha faz parte da programação do Festival Literário de Natal, organizado pela Prefeitura do Natal.
Em formato digital, gratuita, de fácil acesso, a publicação foi produzida com total conteúdo voltado para a cultura potiguar, suas ações, curiosidades e projetos culturais de destaque. A nova #Brouhaha será trimestral e digital, com reportagens produzidas por jornalistas e redatores convidados.
“A experiência de ler, por si só, já é bastante enriquecedora. Mas nos tempos atuais, o exercício de ler não é somente um movimento íntimo e silencioso. Ele pode ser e ter algo mais. As publicações digitais estão aí para atestar os novos conceitos que vêm se consolidando no terceiro milênio”, comentam as editores Cinthia Lopes e Sheyla Azevedo.
10 ANOS DEPOIS
A revista #Brouhaha ressurge com o mesmo espírito inovador com que nasceu, seguindo uma tendência mundial e irreversível: deixa de ser um veículo impresso para se tornar um veículo de convergência de mídias, adaptando sua leitura ao leitor e não o contrário.
Para ler o conteúdo basta clicar na imagem da capa da 1ª edição, do www.blogdafuncarte.com.br onde ela está disponível, ler e compartilhar nas Redes Sociais. A revista também será repassada pelo sistema WhatsApp para milhares de pessoas através das redes da Prefeitura do Natal.
A #Brouhaha está mais interativa. Vídeos, áudios e galerias de imagens podem ser visualizados via celular, no seu computador ou no tablete. É a #Brouhaha se adequando às novas plataformas digitais, sem perder em conceito e conteúdo, sem deixar de dar voz e vez aos nossos artistas e realizadores da cultura da capital.
OPINIÃO DO EDITOR
Achei massa o visual novo da revista, a cargo do sempre competente Brum, embora o traço de Afonso Martins tenha marcado uma época com as primeiras edições da Brouhaha; algo meio revolucionário e depois continuado com maestria pelo talento de Breno Xavier.
Tenho meu lado saudosista e sentirei falta de engordar minha coleção impressa da revista, mas o formato digital representa o novo e assim deve ser, embora a novidade, na minha opinião, não tenha voltado com o impacto inicial e com foco na contracultura deixado pela revista impressa.
São 93 páginas digitais de conteúdo claramente mais institucional do que as edições impressas. As 33 primeiras páginas são todas dedicadas ao Flin e a uma matéria bacana sobre Henfil – um dos pilares da atual edição do Festival.
Matérias com jovens ilustradores potiguares já adentra mais o que, pelo menos eu, gostaria de ler. Sem retrospectivas, sem histórias passadas, sem foco institucional, mas algo moderno, contemporâneo e que pense o futuro das artes e da cultura potiguar, e numa excelente edição de imagem e conteúdo.
Também com um pé na divulgação dos apoios municipais, mas de visibilidade necessária, um recorte do atual momento do conjunto Passo da Pátria a partir do filme produzido por Paulo Dumaresq, Alex Régis e companhia.
Com esse mesmo viés, tem matéria sobre o trabalho de Miguel Carcará na Comunidade da África, na Redinha. Gostaria de ter visto melhores fotos dessa matéria ou vídeos, já que o formato permite.
E com a cara das antigas edições, uma matéria sobre o rap potiguar. Voz à periferia! Assim também com o texto sobre as rendeiras de Ponta Negra. E fim. Como se dizia nazantiga, com a Preá, “vida longa à Brouhaha”!