Você aí pode se perguntar: como se deu a aproximação entre um produtor cultural de Mossoró e uma das maiores cantoras do Brasil, a reservada Maria Bethânia? Um show da cantora no país do Alto Oeste potiguar? Não. Algum contato profissional recomendado? Também não. Foi por intermédio de um galo.

O produtor e também ex-diretor do Teatro Lauro Monte Filho, Wildson Medeiros esteve recentemente nas comemorações do aniversário do irmão mais velho do clã de dona Canô, Rodrigo Veloso, na casa de Bethânia e na companhia de Caetano, Regina Casé e outros famosos.
Tudo se iniciou quando a Globo filmava a novela Velho Chico, três anos atrás e, nas gravações em Mossoró, Wildson foi quem conseguiu o famoso galo, mascote do personagem de Rodrigo Santoro na novela.
Quando a produção se transferiu para a cidade de Santo Amaro, na Bahia, o diretor até procurou outro galo parecido, bonito, mas não encontrou. E exigiu a mesma ave. E lá vai Wildson e seu prestigiado galináceo até a Bahia de todos os santos e um só galo.

Em Santo Amaro, conheceu Rodrigo, secretário de cultura da cidade. O primogênito dos Veloso convidou o produtor mossoroense para almoçar em sua casa e lá conheceu Bethânia. Empatia imediata entre ambos e a amizade surgiu daí.
Semana passada, dia de Santo Amaro da Purificação, Wildson foi convidado para o aniversário de Rodrigo, na casa de Bethânia. A festa teve direito a canjas de Caetano e Bethânia em um palco improvisado no quintal da casa, filmados por Wildson. Pena eu não conseguir reproduzir aqui.
Em cada encontro entre os dois, Wildson leva presentes a Bethânia. Desta feita foi um livro de fotografias de Mossoró (não descobri o autor) e um oratório com a imagem de Santa Bárbara, do artesão paraibano Ítalo Garcia, que a cantora baiana recebeu com encantamento.
Próximo ano Wildson já está convidado a produzir o aniversário de Bethânia.