POESIA E VACINA
Quando o virus literário
Invade seu coração
A mente pouco se importa
E não faz mediação
A coisa flui de tal forma
Que não existe nem norma
Que seja um diapasão
Mestre Fernando Pessoa
Já dizia sabiamente
Que o poeta é fingidor
E na verdade não mente
Mas consegue disfarçar
O que de mau sempre há
No que normalmente sente
A cultura popular
Nos permite concessão
Pra escrever algo simples
De fácil compreensão
E por isso quero usar
Este Cordel pra falar
Sobre a imunização
Leigo que sou em Saúde
Mas que se curva à Ciência
Imploro que todo mundo
Tenha plena consciência
Pra quando chegar a hora
Mais lá pra frente ou agora
Que aja com sapiência
A vacina está aí
E veio pra nos salvar
Não é de grife ou de marca
Qualquer uma é pra tomar
Mostre o braço, viva o SUS
Até clame por Jesus
Mas tem que se vacinar
Não queira ser a pessoa
Que sempre errada termina
Procure se imunizar
Não sabote sua sina
Evite transparecer
Que você parece ser
Sommelier de vacina
Portanto, meu povo amado
Findo meu singelo verso
Deixo aqui o meu recado
Neste momento adverso
Só tenho que acrescentar
Não posso deixar passar
Que o presidente é perverso
E por ser miliciano
Potencialmente homicida
Quem ocupa o palácio
Dessa pátria mãe querida
É idiota e vil
Um completo imbecil
Bolsonaro genocida!