O clássico “Como Vai Você”, de Antônio Marcos, ganhou sotaque potiguar e som carregado de sintetizadores em regravação do cantor Pedro Rhuas.
Lançada nas plataformas digitais, a faixa faz parte de um projeto de covers do artista poticearense em parceria com o produtor pernambucano DogMan.
Feito inteiramente em casa, o material traz uma abordagem moderna, mas ainda interpretativamente dramática à canção eternizada por Roberto Carlos.
“Essa é uma música que marcou minha infância. No isolamento, enquanto ouvia uma seleção do meu pai, ela tocou. Pensei: ‘preciso descobrir como isso soaria na minha voz’. Enviei a ideia para o meu produtor, DogMan. Um dia depois, ele trouxe uma proposta de instrumental. Conseguimos evocar algo de muito único em ‘Como Vai Você’ sem tirar a essência de dor da música”, conta Pedro.
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Projeto de covers
O projeto de covers de Pedro Rhuas e DogMan iniciou na quarentena com uma versão de “Canção de Esperança”, da cantora paraibana Flávia Wenceslau, disponibilizada em setembro.
O próximo lançamento, que encerrará a trilogia, é “Você Se Lembra”, de Geraldo Azevedo, previsto para novembro.
Tudo feito de maneira independente numa conexão entre Apodi, cidade do Oeste Potiguar, e Cabo de Santo Agostinho, na região metropolitana do Recife.
Pedro Rhuas
Desde que se apresentou na música em 2019 com a autoral “Cilada (Mssida)”, uma colaboração com três rappers marroquinos, Pedro Rhuas tem focado em suas composições.
Neste ano, o artista lançou dois singles: “Enquanto eu não te encontro”, em março, uma trilha sonora para seu primeiro livro a ser publicado em 2021 pela Editora Seguinte; e “Máquina do Tempo”, em junho, que ganha clipe com apoio do Sesc em 23 de Outubro.
Foi compreender melhor a voz para além das próprias criações que o levou a experimentar os covers. “Existe algo de muito mágico em pegar algo que já é ouro e temperá-lo ao seu sabor. É como me sinto com essas regravações: trazendo minha identidade para músicas já repletas de vida e vendo o que acontece ao propor o desafio.
E completou: “Esse projeto com DogMan me colocou numa posição de me entender para além da minha própria escrita. Na quarentena, com tanto caos em mente, foi um respiro”, ressalta Rhuas.
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