Pedalada de domingo

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Hoje eu acordei pensando em dar aquela pedalada tão boa até o açude Mendubim e volta, com direito a um belo banho refrescante, quando chegar lá. Pouco mais de 20 km, percurso todo off-road, estrada de terra, areia fofa, pedras e lajedos.

Saí pedalando cedo do Sítio Araras, mas quando cheguei no trevo perto do paredão da barragem, seguindo um chamado interior virei pra direita e não para esquerda, atravessei quase toda a cidade de Itajá pela rua principal e peguei a estrada de terra que vai pro Acauã-de-baixo. Segui pedalando por caminhos pouco frequentados até a beirada do rio Assu, num local a cerca 300 m da ponte da BR 304. Lá cruzei o rio, pouco profundo, com a bicicleta no ombro. Quando eu era um rapaz, lá na Itália dos anos 70, chamava essas aventuras de “ciclo-cross”.

Na mesopotâmia de braços de rio e canais no pé da barragem, pedalei no duro e empurrei a bicicleta na areia fofa das croas até chegar na terra firme, digamos, perto da vila de Cumbe (mun. de Assu), que inclusive reparei cresceu muito nos últimos anos. Lanchei na sombra e aceitei o cafezinho que me ofereceu seu Pedro, pescador e agricultor local, que me reconheceu de longe.

Nos conhecemos em 2017, quando com o finado Pierrôt e Cabeça exploramos em canoa canadense toda aquela região. Engraçado foi que hoje eu estava de bicicleta e ele em canoa. Seu Pedro me ensinou um caminho diferente e assim eu passei só pela periferia de Cumbe; seguiu longa pedalada na estrada de terra e poeira até um açude pequeno, que poucos conhecem, já perto do trevo com a estrada que volta pro paredão. Aí, parei e tomei outro banho refrescante, em companhia – aparentemente – só de umas vacas pastando e muitas aves.

Pedalada de volta já com o calor do Sol queimando o chão. Por hoje, estou satisfeito. Agora, rede por baixo da arvore, livro, fruta, passarinhos cantando…

* * * obs. Estava me lembrando agora que justamente julho e agosto são os melhores meses para dar esse rolê. Talvez por isso, meu inconsciente de manhã me levou a mudar os planos, sei lá.


Trilha sonora sugerida:

Jack D'Emilia

Jack D'Emilia

Italiano enraizado no Brasil há mais de 30 anos, gosta de fazer coisas, ler, escrever, fotografar, jogar xadrez, andar em bicicleta e canoa. Morou por mais de 20 anos na Praia da Pipa e, há algum tempo, mudou-se pro Vale do Assu, sertão do RN.

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