RIBEIRA: BAIRRO CANGULEIRO
A gente era menino-homem-bobo
Lá longe, uma igreja proibida
Porque seu deus era a mulher da vida
E a própria vida, Chapeuzim sem globo.
Cada madona seminua, um lobo,
Na verdade, uma ovelha a ser comida,
Só pra gente dizer para a torcida,
A minha foi melhor, a tua um roubo.
Poucas luzes, escadas, maquiagens,
Zona é sério, nobreza é ritual,
Lindas putas, pinturas e paisagens,
Ó Ribeira, inda guardo o teu postal.
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Com ou sem postal,uma instigante vivência poética.