Multiartista cubano expõe obras tanto “relevantes quanto insignificantes” no Bardallos

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O artista plástico, ator e escritor cubano Angel Alfaro é o protagonista da exposição individual ‘Tudo tão relevante quanto insignificante’, com vernissagem nesta quinta-feira (16) no Bardallos Comida e Arte (Rua Gonçalves Ledo, 678, Cidade Alta) e aberta à visitação até 31 de janeiro.

Sua arte tem influências do drama, da poesia, da cultura underground, do pop e do surrealismo. A palavra que se converte em imagem.

Angel Alfaro é formado como Instrutor de Arte com especialidade em Teatro em 2010 e hoje atua de maneira multidisciplinar em sua trajetória como emigrante no Brasil, desde 2020 em São Paulo/SP e, a partir de 2023, em Mossoró/RN.

As oito telas expostas são resultado de um estudo pictórico que o artista tem realizado desde que emigrou de Cuba para o Brasil, em 2020. Um processo orgânico que se alimenta da intenção de brincar de criar símbolos que possam filtrar com a linguagem e seus códigos, deixando pouco espaço para discernir entre o que pode ser entendido como político ou não de emigração, entre “falsos amigos” e “falsos cognatos”, ligações ilha-continente.

“Procuro proporcionar uma espécie de gesto social que confronte a imagem e o indivíduo, marcando um novo ponto de partida, a reação. Temas como religiosidade, negritude, migração e política se misturam na obra como um grande ajiaco (um tipo de sopa). Tenho poucas preferências por ferramentas, suportes ou materiais específicos, o que se revela na livre utilização de materiais como giz, pastel oleoso, tinta spray, caneta e tinta acrílica”, ressalta.

E complementa: “Comecei a me entender como artista nas artes cênicas. Em 2012, através do Teatro da Improvisação conheci as metodologias do Teatro do Oprimido do diretor, dramaturgo e ensaísta brasileiro Augusto Boal, especificamente do Teatro Imagem, que aposta nas linguagens não-verbais para comunicar. Procurar compreender os factos representados, uma realidade existente e/ou vivida; imagens discutindo um problema sem usar palavras; ou pelo menos a palavra não pode transgredir a ação. Daí a minha intenção e inclinação para as artes visuais. Na minha cabeça, parece esse tipo de teatro pictórico.

Quando emigramos, o que sabemos e lembramos vira bagagem, o que somos uma casa/concha; Conseqüentemente, é-me impossível escapar da minha idiossincrasia, ou daquilo que em outros lugares dela se afasta ou está associado a ela, gatilho que continua sendo acionado.”

Redação

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