Novo projeto Mostra de Música Sete e Meia estreia com Mirabô

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Romildo Soares é cantor, compositor, participou de mais de 40 festivais Brasil afora, tem décadas de vivência na música e histórias para contar com Belchior e outros bambas. Não é produtor cultural ou musical. É mesmo daqueles tantos batalhadores da música papa jerimum.

Mirabô

É com esse status de músico experiente e cansado de tantas trincheiras e sem muita cancha para produção de eventos que ele correu atrás e conseguiu o mínimo para tirar do papel o projeto Mostra de Música Sete e Meia, com formato voltado à valorização da música autoral potiguar.

Serão edições mensais, na terceira terça-feira do mês, sempre às 19h30 na Pinacoteca do Estado. Serão duas atrações, sendo a primeira um cantor/compositor com menos estrada e uma atração principal para encerrar. A estreia acontece neste 23 de maio, com Mirabô já confirmado.

Quase desnecessário informar a dificuldade dos apoios, das cessões, da burocracia e da insegurança em promover um projeto sem dinheiro, sem apoio de edital ou leis de incentivo. Mas Romildo correu atrás, conseguiu alguns voluntários e alguns poucos apoiadores.

Dessa forma, os músicos receberão cachês simbólicos e herdarão porcentagem na bilheteria. Ou seja: é um projeto para o músico autoral potiguar abraçar, divulgar e colher junto. Quanto mais público, melhor para todos. E a chance de novos patrocínios chegarem para continuidade desta janela.

COMO PARTICIPAR?

Se a produção do evento definirá a atração principal, o show de abertura será escolhido por uma comissão de três curadores mediante envio de material dos interessados. Não há um critério demasiado específico, mas prevalecerão os talentos mais novos, surgidos em 2010 pra cá, para abrir novas possibilidades com o projeto.

E como participar? Basta enviar três canções em formato mp3, release e foto em boa resolução para o email mdmmostrademusica@gmail.com até o dia 13 de maio. Importante informar que o show terá duração máxima de 50 minutos e que pelo menos 80% do repertório do autor/intérprete seja de música autoral potiguar.

Algumas parcerias ainda estão pendentes para confirmar qual equipamento de som será disponibilizado para cada atração musical. Mas já podem enviar o material que o formato do show será adequado conforme essa disponibilidade. Ou seja: vamos dançar conforme a música rs

CACHÊ SIMBÓLICO E BILHETERIA

Como já se disse, não há subsídio para muito. Então, os cachês foram definidos da seguinte maneira: para o show de abertura será pago o cachê de R$ 100 mais 20% da bilheteria arrecadada. Para a atração principal, R$ 100 mais 40% da bilheteria arrecadada.

Em um exercício hipotético, para 100 pagantes de um ingresso que custará também um valor simbólico de R$ 5 (preço único), o talento mais novo receberá R$ 200 e o artista mais veterano, R$ 300. Os 40% restantes da bilheteria custearão a logística do evento.

Também será lançado uma lojinha virtual para vendas de produtos com a logomarca do projeto e também camisas e adereços com a marca da música e do artista potiguar. Espaços para montar sua banquinha nos jardins da Pinacoteca para venda de qualquer artigo serão comercializados ao valor de R$ 10.

Como forma de colaborar com mais uma contrapartida para o artista, será gravado um videoclipe de uma das canções apresentadas durante o projeto. Esse clipe será disponibilizado depois ao artista e divulgado tanto neste Papo Cultura quanto nas redes sociais do Sete e Meia.

APOIADORES

O MDM Sete e Meia conta com o apoio da Fundação José Augusto, que cedeu a Pinacoteca; do ICAP (Instituto Cultural Audiovisual Potiguar), IFRN (tendas), e Bardallos Comida e Arte (o bar do evento).

E uma equipe de voluntários se juntaram à causa, a exemplo deste Papo Cultura, do “Borracha” (responsável pelo audiovisual), da produtora Raquel Lucena, do DJ Russo, que fará a discotecagem antes do início de cada show, só com música potiguar, e Pedro Abech.

O nome do projeto não é à toa. Tem sim um propósito de preencher a lacuna deixada pelo decano projeto Seis e Meia, que abria espaço importante ao artista local, mesmo como coadjuvante da atração nacional.

E este será um dos diferenciais do Sete e Meia. Serão dois artistas locais, embora o projeto não esteja travado a isso. Há possibilidades de intercâmbio com músicos de outros Estados.

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FOTO: John Nascimento
Sérgio Vilar

Sérgio Vilar

Jornalista com alma de boteco ao som de Belchior

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