O músico, poeta, compositor, jornalista e servidor público Manassés Campos, morreu na madrugada desta segunda-feira (27) aos 61 anos, completados no último 31 de janeiro.
Manassés havia realizado um procedimento cirúrgico no coração há cerca de uma semana, e embora tenha obtido sucesso no pós-operatório, passou mal ontem e veio a falecer nesta madrugada, em sua residência.
Manassés é natalense e formado em jornalismo pela UFRN e servidor do Tribunal Regional do Trabalho do RN desde 1992, no departamento de comunicação social.
Mas foi nas artes onde estampou seu nome em matérias, entrevistas e festivais de música do Estado e Brasil afora. Entre os discos lançados,, destaque para “Nós” e “Varal do Tempo”, que condensou a diversidade de sua poesia e melodias sofisticadas.
De acordo com a nota de pesar emitido pelo TRT, Manassés se preparava para lançar um novo trabalho em 2023.
De formação evangélica, tem o pai também músico, que tocava saxofone na Igreja. Quando as irmãs atingiram a adolescência, o pai comprou um acordeon para elas, e pouco depois, um violão, que foi disputado entre o pai e o irmão Miguel.
Já aos 12 anos se encantou com a MPB e iniciou uma razoável coleção de discos do gênero, muito influenciado por Milton Nascimento e o Clube da Esquina.
Após o ensino fundamental cursado em São José de Mipibu, ingressou na ETFRN, no curso de Mineração. E foi lá onde encontrou colegas que compartilhavam do gosto pela música. Entre eles, Sueldo Soaress, Ricardo Menezes, Santa Rosa e Zanoni.
Pouco depois chegou a servir no Exército. Depois passou dois anos apenas dedicado ao estudo do violão. Com 23 anos, foi aprovado no curso de Letras, da UFRN e aprofundou seu gosto e pesquisa pela estética da literatura.
A primeira composição foi construída para um festival interno da ETFRN, em 1979. Mas o sucesso em festivais veio apenas em 1987, no Festival da UFRN, com a canção Upstairs, em parceria com Edinho Queiroz, vencedora do festival.
Manaessés sempre foi um defensor do espaço para a música autoral potiguar.