20 comentários de Anderson Foca sobre o Lollapalooza 2017

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Sobre o primeiro dia do Lollapalooza

1. Entrar e curtir

Tranquilo de chegar, entrar e carregar a pulseira.

2. Filas para o choop

Não sei quem foi o gênio que retirou a venda ambulante de choop, resultado prático: ninguém conseguiu beber nas enormes filas pro bar. Eu fui ver show, mas amo uma cervinha no calor e não foi possível. Inadmissível um festival patrocinado por uma cervejaria deixar isso acontecer. A comida sempre foi cara e sempre vai ser, não deu trabalho pra comer.

3. Jaloo

Jaloo muito carismático. Bem massa!

4. BaianaSystem

BaianaSystem foi épico, que banda poderosa, que letras, que loops. Melhor banda brasileira da atualidade.

5. Cage the Elefant

Cage the Elefant, sócios do Lolla. Me pareceu mais pastel e menos banda, mas divertiu.

6. 1975

1975, que banda horrorosa. Tudo 100% fake, sem alma nenhuma, muita careta, pouco som. Pastiche do que pior foi feito nos anos 80. Muito ruim.

7. Rancid

Rancid. Quem curte sabe, quem tava lá sabe. Fui basicamente pra vê-los e fiquei no moshpit. Impecável mesmo com o som aquém do que poderia. Nota mil.

8. XX

XX, maior surpresa pra mim. Que show esse, que bandaaaaaaaaaa. Virei fã automático. Quero conhecer melhor. Muito bom.

9. Metallica

Metallica é sempre foda. Já vi algumas vezes e o set do Lolla foi bem bom. Impressionante como o Metallica conseguiu se reinventar desde que resolveram voltar a afinar em Mi. Showzão.

10. Resultado

Pra hoje é pegar umas águas na mochila, ver shows e devolver 70% do dinheiro que carreguei na minha pulseira.

11. Top 3 do primeiro dia

BaianaSystem, Xx, Rancid

Sobre o segundo dia do Lollapalooza

12. Filas do bar

As filas de bar diminuíram um pouco, mas ficou muito longe do aceitável. Alguém com certeza vai perder o emprego depois desse Lolla. Com menos gente que o sábado, mesmo assim um público imenso.

13. Daniel Groove

Cheguei para ver ainda um pedaço do brother Daniel Groove, meu contemporâneo, artista lindo, num show bonito, ele muito bonito inclusive. Orgulho do amigo, e fiquei lembrando de quando eu e ele tínhamos bandas de som pesado/metal nos anos 90. Demais.

14. Céu

Céu, junto com BaianaSystem a grande artista brasileira do momento. Que show que é o Tropix, e de dia, solzão na cara, fez ainda mais sentido. Lindo!

15. Catfish and the Bottlemen

Fui ver o Catfish and the Bottlemen, uma banda horrorosa. Próxima.

16. Jimmy eat World

Jimmy eat World é o seguinte: se você ouve e entende é bandão. Eu gosto muito. Mas foi uma atração desnecessária e fora de contexto no Lollapalooza. Preferia ter visto em outra ocasião.

17. Duran Duran

Duran Duran é nostalgia, memória afetiva. Músicas que você conhece porque fazem parte do cotidiano de todo mundo. Claro que o show diverte e sim, foi muito divertido e eu amei. Mas… eu tenho birra de banda que volta sem coisas novas, que emula a volta com as mesmas roupas que usavam nos anos 80, como se ainda estivéssemos nos 80. Eles poderiam ser o Duran Duran, baita bandão que você respeita, sem precisar daqueles figurinos e afins. Seria mais digno inclusive para eles. Vi, gostei, dancei, cantei, “nostalgiei” e pronto, não topo de novo não…

18. The Weeknd

Olha, eu tava curioso para ver o The Weeknd. Maluco tem uma história no rap.trip.acid mais underground, foi coptado, bomba entre a gurizada. Tem coisas suas produzidas pelos caras mais fodas do mundo, tá em todo canto, headliner da porra toda. Vamos lá. Que coisa brutal, que sistema de som e luz fodas, que mixagem, que voz (tinha uns playbacks apoio, mas feito do jeito chique). Foi em muito tempo o show mais impactante que vi. ADOREI. Ai, meus amigos mais velhos, eu preciso dizer algo para vocês, a gurizada mais nova não gosta só porque é modinha não, eles também gostam por que é BOM. Aceita que dói menos. Eu queria ter 20 anos no show do Weeknd ontem, mas foi excelente ver isso aos 42 e entender.

19. The Strokes

Os Strokes, ah os Strokes. Vamos colocá-los no lugar que merecem. São a primeira classic band nascida no anos 2.000, de novo, aceita que dói menos. Inventaram o “eu não me importo music” na roupa, na música, no jeito de falar e geral comprou a ideia. Eles chegam tipo 15 anos depois e tocam o foda-se por 1h30 esquema “wannabe quer ir embora, vá”, eu amei, o som tava ótimo, a banda tá em ótima forma e continua compondo músicas legais até hoje. 80% do público saiu reclamando do show, o que é muito bom e reforça o jeitão largado da banda. Demais.

20. Saldo

Saldo do Lollapalooza: foi a edição mais fraca (do ponto de vista organizacional) da história e ao mesmo tempo a que possivelmente deu mais público. Divertiu, ofereceu ótimos shows e no fim das contas sai satisfeito com o preço que paguei e o que me foi oferecido. Tem gente que acha que não vale, alraite, tudo bem. Mas eu como fã de música fiquei satisfeito com o que vi.

Foi massa.


Foto: Marcelo Brandt
Anderson Foca

Anderson Foca

Músico, produtor cultural, promotor do Festival Dosol e pronto para contar as vivências intensas da música de Natal e do mundo, porque viver é uma trilha sonora ininterrupta.

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