Por Edy Justino *
Aos 24 dias do mês de junho, a EP PRODUÇÕES realizará uma “laive”, enfatizando as peculiaridades da poética negro-feminina potiguar do Rio Grande do Norte, que marcará o lançamento da obra poética O Canto dos Bem – Te – Vis, da escritora Helena Monteiro.
A transmissão será online no Canal “Helena Monteiro” do YouTube, às 15:30 e, disponibilizada nas demais redes sociais: Facebook e Instagram da autora.
Estão confirmadas as participações de três convidados especiais e que também participaram da organização da obra: o ator e escritor norte-rio-grandense Antenor Mario (Jundiá/RN – Capista); o poeta potiguar e artista plástico norte-rio-grandense Amalri Nascimento (Revisor); a professora e escritora paraibana Edy Justino (Prefaciadora); a artista plástica e ilustradora da capa, Rosa Maria da Costa; e a escritora com poética de caráter feminista indígena e ambientalista, produtora cultural e mediadora Eva Potiguar.
Embora na “laive” também se fale das produções literárias locais e regionais do estado do Rio Grande do Norte, e da literatura nacional, o intuito é promover, especialmente, o diálogo acerca da mais recente produção literária (poética), O Canto dos Bem – Te – Vis, da santo-antoniense potiguar, escritora, poetisa, psicóloga, e pesquisadora da cultura popular, Helena Monteiro.
Embora a autora transite, com facilidade, das narrativas às poéticas, e que também conste da organização de três obras coletivas enquanto fruto do Coletivo Mulheres Tecendo Artes, do qual é idealizadora e presidente, a obra O Canto dos Bem – Te – Vis é sua 8ª obra, e a 5ª obra poética, gentilmente, ofertada ao público leitor, visto que a 1ª foi Fecundação (1997), uma jorrada de intimismo poético.
O Canto dos Bem – Te – Vis – “tudo é canto”
E assim, para que imaginem aquilo que lhes aguarda nos 36 poemas que compõem a obra em questão, desde já, ratifico-lhes de que, em O Canto dos Bem – Te – Vis, tudo é canto. Canto de Liberdade. O canto que é fio que ata as duas pontas do fio da vida onde o de dentro e o de fora coabitam.
Tudo isso construído a partir da criação de imagens onde tudo remete ao desejo de liberdade, de expressão de si. Aqui tem-se mergulho nas águas das emoções, no mar do amor, em você mesmo. Aqui o cantar é libertar-se pela boca bico. É inventar um novo modo de recriar a libertação da alma, confirmados na “canção ao vento” em que o eu lírico afirma “ofereço-te sussurros ditos ao pé do ouvido”.
A conversa revelará peculiaridades contidas nesta e nas demais produções literárias de Helena Monteiro e promoverá discussões acerca dos sobressaltos, e das possibilidades de acesso às mídias, divulgação, comercialização de suas obras, visto que a mesma não está no foco das produções da capital do estado.
Trazendo à luz a importância de se discutir, para conhecer, as formas e os processos de produção e financiamentos das mesmas, como fonte motivacional para se saber da existência dos incentivos às produções e publicações individuais e ou coletivas, realizadas em conjunto.
O lançamento da obra O Canto dos Bem-Te-Vis tem o patrocínio da lei Aldir Blanc, Fundação José Augusto, Governo do RN, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Desde já contamos com a participação de todos aqueles que apreciam a boa literatura potiguar, sejam artistas, escritores, leitores, e/ou público em geral para nos brindar com sua companhia, nesta “laive” que, na realidade, culmina em um momento de enriquecimento cultural, poético, que acena para a descoberta de caminhos e possibilidades para a visibilidade da produção literária, solo e coletiva, de autoria da escritora negra santo-antoniense potiguar.
*Edy Justino é mestranda em Estudos Culturais e de Gênero PPGL/UFPB. Pesquisadora de Poéticas Afro/Negro Feminina. Membro da Academia Internacional Mulheres das Letras e da Academia Internacional de Literatura Brasileira (Focus Brasil).