Exposição retrata paisagens, culturas e histórias do modernismo no RN

Foto - Taline Freitas

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Está aberta na Pinacoteca do Estado a exposição: “Do Banco ao Museu:  paisagens, fazeres e histórias”, que conta com uma seleção de obras pertencentes ao antigo Banco do Estado do Rio Grande do Norte.

A exposição reúne obras produzidas por nove artistas potiguares e que, pela primeira vez, estarão reunidas numa mostra específica. “Datado de 1969 a 1985, o conjunto de obras afirma sua importância não só pela qualidade técnica, mas pela relevância do seu contexto histórico.” conta o pesquisador Diego Paiva, que divide a curadoria da exposição com Sanzia Pinheiro e Sofia Bauchwitz.

Entre as décadas de 70 e 80, o Brasil assistia ao projeto de construção de uma “arte nacional”. No Rio Grande do Norte observou-se um fenômeno semelhante, voltado à promoção de uma “arte potiguar”, também associada às vertentes da arte moderna. Neste sentido, o antigo banco passou a comprar obras de artistas potiguares para decorar os seus espaços que após a sua liquidação, foram doadas ao acervo da Pinacoteca do Estado.

Hoje, 32 anos depois, em contato com essas obras podemos refletir: “Até que ponto ela ainda nos é representativa e quais seriam as nossas demandas de pertencimentos na contemporaneidade?”, questiona Diego Paiva.

Identidade cultural

A coleção Bandern apresenta obras que ao registrarem no tempo cenas do cotidiano, nos proporcionam uma reflexão sobre a nossa identidade.

“As obras ajudam a compor os contornos de uma “identidade espacial”, observada nas paisagens urbanas e naturais, como nos casarios e nas Marinhas de Dorian Gray ou nos cajus de Vatenor, por exemplo. E abordam também uma noção ampla de “identidade cultural”, que se expressa tanto em manifestações folclóricas, como na composição do que seriam “tipos regionais”, observados nos trabalhos de Newton Navarro e Manxa ”, comenta o pesquisador.

Pensando o acervo

Pensar o acervo é compreender a história da arte no Estado, com esta finalidade a Pinacoteca realizará ainda, dois encontros com especialistas para abordar o assunto. O primeiro encontro acontecerá dia 14/05, às 10h, e será uma palestra com o historiador e curador, Diego Paiva. O segundo acontecerá dia 20/05, às 10h, no formato de uma roda de conversa com os professores e pesquisadores, Arilene Lucena e Henrique Medeiros. As ações serão gratuitas e abertas ao público.

Para os curadores da exposição, voltar a nossa atenção para o acervo não diz respeito apenas ao passado, mas ao presente e, sobretudo, à possibilidade de um futuro. “Um acervo artístico-cultural é um patrimônio coletivo, que se constitui um universo de bens culturais cuja conservação e exibição é de interesse público, e que por sua vinculação à história das artes visuais e a fatos históricos do Rio Grande do Norte se mostra de valor imensurável. A valoração de um acervo deve se realizar por meio de ações de conservação, acondicionamento, pesquisa e exibição.”, enfatiza Sanzia Pinheiro.

Programação Mensal

A programação da Pinacoteca prevê ainda para o mês de maio, outras duas exposições: “Pilares Vivos”, de Jéssica Bittencourt e “Sertão Virou Mar”, de Azol. Uma Mostra coletiva de lambes coordenada pela artista Jéssica Bittencourt, seguidas de palestras. Uma homenagem ao poeta e artista visual, Pedro Grilo, será promovida pela Sociedade dos Poetas Vivos e Afins. Além da publicação da Consulta Pública do Edital de Ocupação da Pinacoteca do Estado.

Serviço

Exposição:  “Do Banco ao Museu:  paisagens, fazeres e histórias”
Abertura dia 08 de maio, às 10h na Pinacoteca do Estado
Acesso aberto e gratuito

Redação

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