Exposição traz obras inspiradas na modernidade líquida de Zygmunt Bauman

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Vem aí uma exposição de temática contemporânea, com um pé nas teorias líquidas de Zygmunt Bauman e outro nos sentimentos e discussões pós-modernos, como a solidão e a sexualidade. Será aberta no início de dezembro no Bardallos Comida e Arte (Cidade Alta). ‘Natureza Íntima’ será a segunda exposição solo da jovem artista Raquel Lima.

Raquel é natural da cidade de Brejinho, no Agreste potiguar. Formada em Artes Visuais pela UFRN, iniciou sua vida artística em 2009, participando desde então de algumas exposições coletivas, boa parte dessas com o Grupo Universitário de Aquarela e Pastel (GUAP), da própria UFRN.

As obras de Raquel Lima partem de questionamentos acerca da vida moderna: insegurança, solidão, vaidade, preconceito, sexualidade e uma abrangência que engloba dos vícios à religião. Aquarela e nanquim acabam dando suporte à imaginação dessa artista, que busca uma analogia entre o indivíduo líquido pós-moderno e as técnicas líquidas sobre superfícies variadas.

SENTIDOS LÍQUIDOS

Em 2014, teve sua primeira exposição individual na Galeria Conv’vart da UFRN, com a exposição intitulada ‘Sentidos: o corpo líquido’, uma pesquisa em artes que se constitui em uma serie de 26 trabalhos realizados por meios aquosos, como aquarela e nanquim, sobre papel e tela.

Essas pinturas foram construídas através de uma investigação poética entre as obras da artista e com as teorias do sociólogo Zygmunt Bauman, em ‘Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos’.

O trabalho se desdobra a partir do indivíduo pós-moderno e suas relações com o corpo e a construção de sua identidade social e individual. Tendo como pano de fundo a nossa modernidade líquida e suas mazelas, que são elas a insegurança, a solidão, a futilidade, o consumismo desenfreado, o mercado de trabalho violentador, o amor como mercadoria televisiva à venda e o preconceito ao amor alheio.

Essa nova condição pós-moderna acaba sendo para a artista um solo fértil para suas produções artísticas. E é essa fertilidade imagética traduzida em arte que o público irá ver a partir de 7 e dezembro, a partir das 19h.

Sérgio Vilar

Sérgio Vilar

Jornalista com alma de boteco ao som de Belchior

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