Dois lançamentos musicais para você conferir

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FELIPE WANDER

Felipe Wander é cantor, compositor e instrumentista nascido no sertão da Bahia, na cidade de Senhor do Bonfim. O artista chegou em Natal há três anos e desde então vem lançando uma série de músicas, sempre gravadas em seu estúdio/laboratório, o Tapete de Pavão, que fica no bairro do Satélite. A cada lançamento Wander apresenta novas parcerias que moldam coletivamente o seu som, baseado na mistura entre artistas potiguares e de outras cidades da região Nordeste. Dessa vez a conexão RN/BA deu a tônica do projeto.

Nesta sexta-feira (25) chega nas plataformas o compacto digital A Terra Dos Mistérios, que reúne as músicas ”Cigarro Barato” e ”Todo mundo tem tem alguma coisa a dizer”. As duas faixas são resultado da parceria de Wander com os músicos Rafael Jackson, Xandinho Bass e Iago Guimarães, que colaboram na construção dos arranjos e na produção musical deste novo trabalho. O encontro  resulta numa viagem musical bem elaborada e ao mesmo tempo fluida, com timbres marcantes e muita sensibilidade do início ao fim de cada canção.

O compacto inicia com ”Cigarro Barato”, composição de Wander e Tony Lopes, um agitado e soturno funk-rock que lembra o universo musical de Frank Zappa, numa letra que divaga sobre a vida com ironia e sarcasmo. Guitarras e violões, sintetizadores, contrabaixo e bateria dão a cara do som, em meio a versos cantados e falados com pitadas de humor auto-depreciativo. O guitarrista Carlos Tupy (Luísa e os Alquimistas) também participa da música.

A segunda faixa, intitulada ”Todo mundo tem alguma coisa a dizer”, é um belo exemplar de um brega rock, progressivo e com jeitinho potiguar, daqueles que só o cancioneiro regional é capaz de produzir. Com beats eletrônicos ao invés de bateria, a canção navega em clima confessional, com solos de guitarra e camadas de sintetizadores.

A característica sonora de ”A Terra dos Mistérios” é fruto de um processo que Wander, Rafael e Xandinho deram vazão no estúdio Tapete de Pavão, com calma e sem muito aperreio, enviando as gravações para Iago, que lá da Bahia adicionou sintetizadores, mixou e masterizou as músicas. A brincadeira começou com encontros no estúdio de Wander para experimentar arranjos, conversar, ter ideias, buscar timbres e formas de gravar. O estúdio vem sendo montado aos poucos, com uma diversidade de equipamentos novos e antigos, dando um tempero especial ao som, que mistura processos digitais e analógicos. Outros artistas da cidade também costumam gravar por lá, como Aiyra, Jennify C., Tiquinha Rodrigues, NUNIS e o próprio Rafael Jackson, que no ano passado lançou o álbum Ensaio dos Vendavais.

A Terra dos Mistérios é mais um passo rumo ao primeiro álbum de Felipe Wander, que vai se chamar  ”Vila Nova da Rainha”, com lançamento previsto para o final de 2023. De 2020 para cá o artista lançou videoclipes para as canções Imbu, Bode Dudé e Arrocha para Lacan, além das músicas São João do Bonfim, e Cidade Queimada de Sol. Em 2022 gravou um episódio do programa Dosol TV Session, mostrando em registro ao vivo a força poética e musical de seu repertório. Com essa trajetória Wander reforça as melhores expectativas para o seu primeiro álbum, que sairá pelos selos Rizomarte Records e Trinca de Selos.

CRÉDITO DA FOTO: Rita Machado

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PAULA LAURENTINO

O ano de 2023 marca a estreia da carreira solo da cantora Paula Laurentino.  Com elementos do pop, trap e R&B, Paula explora suas vulnerabilidades e fantasias, com músicas que falam sobre desejo, impulsos e a angústia do fim de um relacionamento.  “Mente”, primeiro single do EP de 4 músicas, narra a química entre duas mulheres que se desejam e se provocam. O single estará disponível no próximo dia 31, em todas as plataformas digitais, e também na versão clipe no canal da cantora.

“Lançar um projeto autoral e solo já era um plano de longa data. Tenho vivido uma fase de criatividade e experimentação, e sinto que é o momento de explorar outras referências que também fazem parte de quem eu sou. A arte é um refúgio e um recurso que uso para transformar e ressignificar muitas coisas. ‘Mente’ é meu primeiro single solo e tem muito de mim nessa música. É uma composição sobre angústia, desejo, e expectativa, numa narrativa meio agridoce sobre o que machuca e o que excita. Ter Nandrill e Cris Botarelli na produção musical comigo tornou tudo ainda mais especial, são duas artistas que admiro bastante e que trazem uma bagagem incrível pra somar. Também é a primeira vez que assino com um selo, então ter a Pólen como aceleradora e poder viver todos esses processos que envolvem um lançamento tem sido muito importante pra mim!”, destaca Paula.

“Na minha primeira reunião on-line com a Paula descobrimos que nossa história tinha muito mais em comum do que imaginávamos e foi emocionante. A música cura de diversas formas e pra nós da Pólen Aceleradora  uma alegria contribuir com esse lançamento e com a carreira dessa artista talentosa, espontânea e irreverente. Paula juntou um time certeiro e sabe o que quer com esse trabalho. ‘Mente’ é o primeiro passo de uma carreira promissora que ela tem pela frente.” – Camila Pedrassoli, Pólen Aceleradora

“Nos últimos meses tive a oportunidade de colaborar com Paula em diversos projetos e conhecer de perto seu trabalho e dedicação. Poder trazê-la para perto da Pólen e contribuir com o lançamento de “Mente” tem sido uma experiência incrível. Além de testemunhar de perto o seu crescimento como artista, é bonito ver alguém se entregar e trazer para o mundo um trabalho com tanta verdade.” – Vitória de Santi, Pólen Aceleradora

Em shows, Paula se apresenta com a banda formada por Nandrill (Bateria e DJ); Maria Fontes (Guitarra); e Vitória De Santi (Teclado/Baixo).

Sobre Paula Laurentino

Paula Laurentino é uma artista de 32 anos, natural de João Pessoa, mas potiguar de coração desde que se entende por gente. Se descobriu cantora ainda criança, nas típicas festas com “videokê” nos anos 90; e começou a compor na adolescência, quando estava aprendendo a tocar violão. Aos 17 anos participou do seu primeiro Festival da Canção, com uma música autoral, e a partir daí, com a sensação de subir ao palco pela primeira vez, desejou fazer isso mais vezes. Entre os anos de 2009 e 2017, foi vocalista de duas bandas de pop rock: MarihZé (2009) e Radi’Oh (2017).

Ainda em 2017 recebeu o convite para integrar uma banda LGBTQIAPN+ de pagode. A Banda SPGD, carinhosamente conhecida pelo público como “Sapagode”,  foi onde Paula pôde de fato se expressar através da arte, falando sobre as vivências de ser mulher (e amar outras mulheres). Pode parecer um ponto fora da curva para quem começou nos palcos fazendo um som mais pesado, cheio de guitarras e baterias, mas foi no pagode que Paula encontrou a sua essência, trabalhou sua voz e presença de palco, e teve a oportunidade de ser reconhecida pela música. Neste mesmo ano, a banda foi indicada ao Prêmio Hangar de Música como Revelação. O ano de 2018 marcou o lançamento do primeiro single da banda, “Deus Me Livre (Mas Quem Me Dera)”, de sua composição, que conta com mais de 50 mil reproduções no Spotify.

Além do EP gravado “ao vivo” com a Banda SPGD em 2019, Paula lançou ainda um single em parceria com Ártemis, artista da cena do Trap e R&B potiguar. A faixa “Nossa Ligação, gravada com a Kaolha Music em 2021,  também possui um clipe disponível no YouTube.

Siga: @paulalaurentino

Redação

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