Devo ter pilhas de quadrinhos engavetadas, mas só postei alguns no blog meio jogados entre desenhos. Mesmo assim circularam um pouco no pré-histórico mundo analógico.
Faço os tais rabiscos narrativos desde pirralho, e aliás resgatei alguns da época esses dias. Uma portuguesa rica, figura querida da minha infância, os tinha guardado, e quando faleceu a filha os desencavou em meio à memorabilia.
Vejo quadrinho como uma forma ancestral de arte pictórica, essencialmente iconográfica. Não muito diferente do que um babilônico gravaria num pilar – eram, no fim, cartunistas mal-humorados -, mas comporta sutileza também.
Embora o ramo ande confundindo sutileza artística com lamúrias anedóticas autobiográficas sobre câncer retal (te juro), então prefiro a despretensão anterior a esse recente senso de auto-importância dos, como dizem, “comics adultos”.
Na verdade, sempre que ouço o termo imagino alguma fotonovela pornô. Mas é isso. Esse aí um primeiro experimento detido com cores. Em breve mais quadrinhos curtos. Bons estudos, e até o próximo telecurso 2000.