Bailarino potiguar é selecionado em mostra de dança com mais de 300 artistas de 7 países

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Até 10 de outubro de 2021 está sendo realizada a 12º Bienal SESC de Dança (Campinas/SP). No formato online e gratuito, o evento conta com 22 espetáculos e mais de 300 artistas de 07 países, envolvidos em transmissões de espetáculos ao vivo e gravados, programações formativas e mostras especiais. E este ano, o bailarino potiguar Alexandre Américo foi um dos selecionados para a mostra.

O espetáculo GOLDFISH será apresentado na Casa da Ribeira às 19h desta sexta e transmitida ao vivo para todo Brasil nas redes sociais da Bienal. A apresentação não contará com plateia presencial, pois toda programação do evento é online.

Com muita empolgação o bailarino nos conta da emoção de ser o primeiro representante em apresentação solo do Rio Grande do Norte na Bienal.

“Essa será a primeira vez que um artista independente do nosso estado se apresenta na Bienal SESC de Dança. Fiquei muito feliz, pois a curadoria não só aprovou meu vídeo, como me deu a oportunidade de fazer uma apresentação aqui em Natal, que será transmitida ao vivo. Ser escolhido entre tantos dançarinos brasileiros e internacionais me mostrou que estou no caminho certo dessa conexão com a dança brasileira contemporânea, feita no aqui e agora. Escolhi a Casa da Ribeira para a apresentação, pois lá é um lugar de muita resistência e representatividade entre nós artistas. Movimentar a cadeia produtiva local com essa performance me deixa ainda mais feliz por poder participar dessa Bienal”.

Alexandre conta ainda que o GOLDFISH é uma peça de dança que primeiramente foi transformada em filme e lançada no Youtube. Começou a nascer durante uma Residência Artística em Natal, realizada com o grupo “Artistas Infamables” que, por sua vez, é formado por bailarinos da Argentina, Cuba e Espanha, no ano de 2018. Mas foi apenas em 2020, devido à pandemia de Covid-19 que o filme tomou forma.

“É neste momento pandêmico que a obra ganhou seu real sentido, pois parece tocar uma esfera da realidade humana, uma questão fundamental e urgente de ser pensada: a falta de empatia para com o outro e o senso de individualismo. GOLDFISH é uma obra que está em constante mutação e adaptação. Durante a Bienal será apresentada no teatro e transmitida ao vivo pela internet, em um formato inédito de apresentação para o bailarino.

SERVIÇO

GOLDFISH: 08 de outubro | sexta | 21h

ASSISTA EM: youtube.com/sescsp ou instagram: @sescaovivo

DURAÇÃO: 38 minutos

 

ALEXANDRE AMÉRICO

Alexandre Américo é artista, pesquisador e bailarino. Tem Licenciatura e Mestrado em Dança pela UFRN.

Em Natal, atuou nas principais Companhias de Dança da cidade: Parafolclórico, Gaya Dança Contemporânea, Cia de Dança do Teatro Alberto Maranhão, Cruor Arte Contemporânea,Balé da Cidade de Natal e Cia Gira Dança desde o ano de 2013, onde se encontra atualmente e é diretor artístico.

Em 2017 circulou através do Palco Giratório do SESC, com os espetáculos “Cinzas ao Solo” e “Myo_Clonus”, pelos estados de AM, MT, RJ, RS, MG, DF, RO, SP, SC, MS, AL, PB, AC, PI, RN e AP. Também atuou, enquanto Professor Convidado, no Programa de Especialização em Dança 2017 da UFRN e integra o Corpo Docente do Curso de Educação Física da Facel/RN.

Além disso, desenvolve ações de formação em modelo de Residência Artística. Estas ações, dentre outros lugares, já foram realizadas nas cidades de Maceió/AL (2019), Teresina/PI (2019), Petrolina/PE (2020) e Natal/RN (2020).

Site: alexandreamerico.com

GOLDFISH

Uma imagem de 2016 ocupa o imaginário do dançarino até hoje. O sangue na calçada, o cheiro forte e o “mar de peixes” dissecados o fizeram estancar enquanto caminhava pelas ruas do bairro da Ribeira, na capital potiguar.

“Aquela imagem me pegou”, lembra Alexandre Américo, que se viu pensando sobre a humanidade e outros seres vivos. “Por que eu não senti nenhuma compaixão pelo massacre de peixes?”.

Esse questionamento é uma das escamas do filme misto de live solo, norteado pelo sentimento e postura de solitude, condição de isolamento voluntário e positivo a contrastar com o advento do chamado distanciamento social imposto pela pandemia.

O artista e pesquisador da dança faz da casa um aquário de captações de arquivo que entrelaçam experiências estéticas em tempos e formatos distintos. Há registros de práticas de 2018, ensaios de 2020 e tomadas subaquáticas deste ano, em que a câmera assume o olhar subjetivo.

Ao público, é proposto um mergulho cênico em que não esteja lúcida a relação espaço-temporal daquele que poderia ser um peixe dourado, possível merecedor de acolhimento.

 

FICHA TÉCNICA COMPLETA

Dança, direção e roteiro: Alexandre Américo
Música: Oliver Ortiz
Assistência de palco: Ana Vieira
Figurino e luz: Alexandre Américo
Operação de Luz: Anderson Galdino
Câmera laboratório: Gustavo Letruta
Edição e montagem de vídeo: Samuel Oliveira
Arte gráfica: Yan Soares
Fotos divulgação: Brunno Martins
Câmera caseira: Rodrigo Lacaz
Câmera aérea e subaquática: Igor Silva
Operação de câmera ao vivo: Mylena Sousa
Produção: Celso Filho (Listo Produções)
Assessoria de imprensa: Rosa Moura

Redação

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