Bibi, a feérica fêmea feliz

bibi ferreira

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ela se foi. como uma incomparável dama cênica. como uma intransferível luz da ribalta por onde seus passos e voz, ecoaram, por sobre o horizonte da imortalidade dos seus gestos, sua expressão. com ela a teatralidade tropical se espalhou como um precioso, raro varal de invenções, criações, alumbramentos da alma.

seu ciclo, círculo de exímia qualidade, deixou em todos nós, um ciclorama de profusão de inquebrantável perfeccionismo. pêndulo, matriz, belíssima flecha e facho.

Bibi como dói seu alumbramento. como fere como um novelo de amor, sua ausência. como uma dama galopando canções, imortais melodias. por que você não permaneceu entre nós até amanhã?

cintilante protagonista de inúmeros enredos e repertórios. refinada tela, raro camarim, inconfundíveis marcações. proscênio guardado de lustres e da sua língua, voz vida vela você.

uma atriz. uma artista, não se encerra. ela prossegue como um inconfundível berço, embarcação cristalina de tantas paisagens e inteiriço amor.

tudo do que o mais divino destino lhe reservou. como uma pétala, rosa rubra do bairro, da cidade, do país, do universo. não mais digo. só sonho com seu olhar e sua presença imortal, no horizonte por onde os mares dos seus passos jamais te esquecerão.

Carlos Gurgel

Carlos Gurgel

Poeta que vive da poeira do tempo e se lambuza de paisagens e silêncios. Fabrica sua própria urdidura, metamorfoseando-se na nomenclatura da rua. Poesia só serve se servida for sangue. De Natal. Um poeta de Natal, sentindo a agonia do mundo.

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