Um dos símbolos de Natal, o Baobá do Poeta será removido

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Triste notícia. Um dos patrimônios afetivos da capital potiguar será removido em definitivo. A árvore centenária situada na Rua São José, próximo ao cruzamento com a avenida Alexandrino de Alencar, no bairro Lagoa Seca, faz meses estava com sua estrutura comprometida, com parte da árvore já caída ou retirada.

Carinhosamente chamado de Baobá do Poeta, por ser mantida em um terreno de posse do poeta Diógenes da Cunha Lima, a árvore tem também a curiosa história que faz parte do imaginário natalense de que o escritor – e também piloto – Antoine Saint-Exupery, autor do clássico O Pequeno Príncipe, teria passado por Natal em 1939 e se encantado com o baobá. Anos depois, em 2009, o engenheiro francês François d’Agay, sobrinho do escritor, visitou o local e deixou registrada sua admiração pela árvore que, para muitos, é conhecida como o baobá retratado no livro.

Em razão do estado do Baobá e das tentativas infrutíferas de tentar reerguê-lo, a Defesa Civil de Natal determinou a retirada integral da árvore. A remoção começou a ser executada pelo Corpo de Bombeiros na quinta-feira (27), após sucessivas avaliações técnicas que apontaram risco em manter a estrutura de pé, comprometendo a integridade física de quem vive e transita no entorno.

A decisão foi tomada em decorrência dos últimos eventos envolvendo a árvore, especialmente o registrado no sábado, 15 de novembro, quando a queda de galhos provocou a interdição de cinco imóveis ao redor. Desde maio deste ano, agrônomos, botânicos e engenheiros florestais já haviam identificado a presença de fungos, tecidos apodrecidos e comprometimento estrutural significativo no tronco, fatores que vinham sendo monitorados com intervenções e cuidados contínuos.

Responsável pelo espaço e manutenção da árvore há cerca de um mês, a Empresa Vila lamenta profundamente a necessidade da retirada, e reforça que mesmo diante da despedida, seguirá honrando a orientação dos órgãos competentes com o compromisso de proteger vidas e preservar a memória que a árvore deixou.

Com quase quatro séculos de existência, e impondo expressivos 19 metros de altura e seis metros de diâmetro, o Baobá do Poeta ergueu-se como um marco da cidade, guardando em sua grandiosidade parte da história que Natal aprendeu a reconhecer como sua. Em 1991, a árvore quase perdeu seu espaço para o concreto de um prédio residencial. Foi então que Diógenes da Cunha Lima a adotou, não apenas adquirindo o terreno, mas também protegendo a sua existência até então.

Redação

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