Venho recebendo cartas anônimas desde os primeiros meses do apocalipse.
“O feliz imaginário – feliz em todo cenário menos aqui e agora. No bundalelê do impermanente o requisito da felicidade é sua não-consumação, aquele joão-klebismo de rotina. A felicidade é o Falso Patati-Patatá ontológico e sou a criança catarrenta gritando num constelário de quases. Venha comigo, cornucópia íncrua de cornos cósmicos, uivemos a fanha dor do calote. A épica dos figurantes e lobos riníticos sem mise-en-scène hesseano madurão do Derby existencialista.
A solução cabal para as crises existenciais é demolir marquises noir? Para onde irão os suplentes de Camus desabrigados? Ninguém os adota, ninguém o embala no colo alabastrino. Para onde? Lá para onde vão as carpas de fontes ornamentais no inverno. E então multar a má fenomenologia. Mas não a involuntária, ou falimos os irlandeses.
Pois saibam, godardianas, que todo o tique sartreano de ser-para-a-morte tem seu gérmen no nazi-yodel do meister Heidegger, notório por elevar a ceroula à metafísica hippie funerária. É dizer, por retoques hobbit-pastorais ao Ragnarok, essa coisa campônio-doom do nacional socialismo, por Sartre urbanizada. As Annas Blogueirinas deviam abraçar o keynesianismo sexual e apenas dar mole para musilianos e proustianos, por dívida histórica de sinuquinha, assim.”