Desde que comecei a escrever, ainda adolescente, sempre tive a ilusão de que o papel me ofereceria as respostas para tudo o que tenho a perguntar, especialmente a mim mesmo. Por isso, escrevia poemas confessionais, carregados de algum lirismo e um bocado de angústia juvenil nos meus primeiros anos de poesia. Por sorte, nada restou dessa época. Tudo perdido. Boa parte das coisas, perdida de propósito, afinal sempre tive um imenso medo de virar um autor póstumo.…