Regina Duarte deixa Secretaria de Cultura pela janela lateral

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Sabe aquela famosa canção de Beto Guedes que alerta: “Quando eu falava/ Dessas cores mórbidas/ Quando eu falava/ Desses homens sórdidos/ Quando eu falava/ Deste temporal/ Você não escutou…”

Não foram poucas as recomendações para Regina Duarte manter sua imagem de “namoradinha do Brasil”. Mas sem qualquer experiência na máquina pública, resolveu se enamorar do presidente. E foi traída.

Até tentou a imparcialidade. Assim me parece. Encaixar projetos de gêneros e quetais, sem privilégios a partidos. Mas encarou a sordidez e o pensamento conservador em cada porta que bateu.

Foram pouco mais de dois meses praticamente conhecendo a pasta, se ambientando em uma cova de leões da esquerda tradicionais e novos capirotos da direita. E a imagem de uma entrevista atabalhoada.

Segundo disse Bolsonaro ao G1, a atriz assumirá a Cinemateca, em São Paulo, “para continuar contribuindo com o Governo e a Cultura Brasileira”. Que pelo menos dessa vez Regina Duarte assuma o pulso da viúva Porcina.


Foto: Andre Borges/NurPhoto via Getty Images

Sérgio Vilar

Sérgio Vilar

Jornalista com alma de boteco ao som de Belchior

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