Votação da privatização do Sandoval Wanderley e Complexo da Redinha será nesta quarta

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Em pleno recesso legislativo, vereadores foram surpreendidos nesta semana com a convocação de uma sessão extraordinária para discutir dois projetos de lei: a cessão gratuita do Teatro Sandoval Wanderley à iniciativa privada e a privatização do complexo turístico da Redinha.

Os projetos são de autoria do Poder Executivo e devem ir à votação sem nenhuma discussão prévia na Casa – a convocação chegou na segunda-feira (15), para que a votação já aconteça na quarta-feira (17). Mesmo surpreendidos, vereadores da oposição começaram a se movimentar contra os projetos:

“Estamos convocando toda a população para comparecer à Câmara na quarta-feira, em especial o setor cultural e a comunidade da Redinha, que são os mais atingidos. Os projetos chegaram sem diálogo com ninguém, nem vereadores, nem sociedade civil e ainda querem votar no meio do recesso. Ou seja, é mais uma movimentação arbitrária de Álvaro, feita para passar por cima de qualquer um”, afirmou a vereadora Brisa Bracchi (PT).

A respeito do mérito do projeto de cessão do Teatro Sandoval Wanderley à iniciativa privada, a vereadora responde que: “Somos totalmente contra. Não é à toa que o Sandoval Wanderley é conhecido como Teatrinho do Povo, é um equipamento de tradição popular e que, portanto, deve ser gerido com a participação da sociedade. Um exemplo muito concreto são as demandas de vários grupos de teatro por uma sala de ensaio. O Teatro hoje possui essa sala e poderia atender aos grupos, mas se cedemos o espaço – sem contrapartida alguma – para a iniciativa privada, quem garante que os interesses da nova gestão serão os mesmos dos setores culturais da cidade? São muitos os problemas”.

Quanto à concessão do Complexo Turístico da Redinha, Brisa critica a entrega do local à iniciativa privada após o alto investimento da Prefeitura nas obras de recuperação e aumenta o tom:

“Álvaro quer extirpar o povo da Redinha, retirando a maior característica da praia, que é ser referência de tradição e lazer para o povo de Natal. É lá que é comercializada a ginga com tapioca mais tradicional da cidade, mas o projeto é tão traiçoeiro, que determina que apenas uma pequena porcentagem dos comerciantes locais retomem suas atividade. O Mercado e os quiosques, que estão interditados há meses para a obra, garantiam renda e emprego de vários moradores por lá. Com a concessão, como ficam esses trabalhadores?”

Redação

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