O QUARTO REI MAGO
Tanto se atrasou pelo caminho,
Perdeu da estrela o rumo
Era o Quarto Rei Mago.
Quando enfim, achou, o menino
Já era o Homem, na Cruz.
Pediu perdão a Jesus,
Pelo atraso e única pérola
Restante de tanto empenho
Pelos coxos e mendigos
Que socorreu pelo caminho.
Do Rei dos Judeus, no lenho,
Caída a última lágrima,
Cristal feito agradecimento:
“Em verdade me encontraste
E encontras a todo momento
Quando amparas ao irmão pobre
Ou ao desvalido ao relento.
Lá estarei, estrela-guia,
Do Mago o gesto mais nobre,
Aquele que me dá alegria”.