Para amanhecer poesia de Flávia Arruda

PIX: 007.486.114-01

Colabore com o jornalismo independente

DOR DOÍDA

Dói

Aperta o coração,

a garganta entala,

os olhos afogam-se em saudades

se imagino perder teus abraços,

teus carinhos, teus beijos…

 

Dói

Sangrar em pranto,

lamenta a minha alma,

desprendendo-se da tua alma,

arrebatados pela inveja

dos desamados e mal-amados…

 

Dói

Abandonar-te em resgate de ti,

salvando a tua carne

das labaredas do caçador,

que aniquila os estados de graça

e esquarteja os sonhos sonhados…

 

Dói

Deixá-lo partir sem despedida

é como ver a minha desgraça

nas madrugadas frias,

dos dias tristes,

ou no pôr do sol sem brilho

e das noites sem luar, sentindo a dor…

 

 

Dói

Cegar meus prantos

sufocando o travesseiro,

esbravejando o meu ser,

aquietando-o do que não pode ser,

ignorando o que não se pode esquecer…

 

Dói

Viver do ontem,

romper com a espera das auroras,

das tardes quentes

e dos dias de amor,

dói sangrar em lamentos,

provar da sua ira…

 

Dói

(Flávia Arruda)

Redação

Redação

Obrigado pela visita! O que achou do texto?

WhatsApp
Telegram
Facebook
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidas da semana