Olá cervejeiros que se cuidam, mantém o distanciamento e bebem em casa!
Não sabemos exatamente se estamos em um momento de pandemia ou de pós-pandemia. De toda maneira, o texto da coluna de hoje serve tanto para tempos e épocas pretéritos quanto os atuais. Vamos partir de um fato incontornável: o consumo das cervejas artesanais em casa, ou ambientes fechados familiares (viva a “família tradicional brasileira do cidadão de bem”!), aumentou consideravelmente após março de 2020, e da decretação do estado de pandemia pela OMS, em virtude da COVID-19.
São dados estatísticos, e não apenas meras suposições, apesar de uma queda considerável logo no início da pandemia, entre março e maio de 2020, com a falta de insumos e as dificuldades de adaptação “ao novo normal”. Após esse período pós crise, o confinamento não provocou queda no consumo (e no lucro) das cervejas (artesanais) durante a pandemia. Apenas houve uma ligeira mudança no padrão de consumo, o qual migrou dos bares para os lares, se é que a licença de rima e de poética me permite[1].
O fato é que o consumo mudou de localidade, e, em certo sentido, até mesmo recrudesceu, apesar do estado de pandemia e de isolamento social, que ainda é prevalente na sociedade hodierna.
Uma constatação auspiciosa que se pode tirar da constatação encontrada é que houve um ligeiro incremento na qualidade do produto consumido nos lares. Parece que o foco do consumo dos bares é sempre algo mais trivial, mais dedicado às cervejas de massa, ao passo que o consumo em casa é mais inclinado às cervejas artesanais. Essa sinalização é um bom agouro de que esse nicho está em franca expansão, e foi ainda mais catapultado pelo evento pandêmico.
Beber em casa, o “novo normal”
A pandemia mudou muitos costumes e hábitos em todos nós. Não acredito ser necessário sequer descrever todas as mudanças em suas minudências, pois isso é algo vivido a todo tempo e em todos os ambientes.
No entanto, o ponto de relevo a ser observado nessas mudanças pós (ou intra)-pandêmicas (acredito que a pandemia ainda não está superada, eu mesmo não estou vacinado ainda) é que o consumo de bebidas alcoólicas não diminuiu (ao menos o de cervejas e vinhos – as pesquisas mais recentes comprovam), pelo contrário, ele recrudesceu (ou seja, aumentou em quantidade).

Houve uma clara mudança de localidade, com a decretação de lockdown em alguns Estados da Federação ou em alguns municípios específicos, o consumo em bares e restaurantes foi tolhido por força legal, uma imposição restritiva e sanitária feita pensando no bem coletivo, pensando na saúde da população em geral. Óbvio que para os bons de copo, como eu, isso jamais foi um impeditivo para fazer suas degustações.
Aliás, confesso em dizer que o período de restrição foi mais um convite ao consumo moderado, diário, do líquido sagrado que arregimenta as multidões, que propriamente um vetor de impedimento ou interdição ao consumo (consciente). Muito pelo contrário, tanto o é que vários textos dessa coluna na pandemia foram escritos sob o efeito e com o incremento lupulado do suco da confusão.
Todavia, o enfoque a ser perseguido na coluna de hoje é se essa mudança de localidade também acarretou uma mudança no perfil do consumo das cervejas, mais especificamente em seu aspecto qualitativo.
Isto é, será que houve uma melhora na qualidade das cervejas consumidas em casa no período da pandemia? Será que o consumidor passou a primar mais pela qualidade em detrimento apenas da quantidade das cervejas consumidas?
O “novo normal” cervejeiro, por algum tempo (e quiçá, por que não até agora? Já que no ritmo de vacinação que temos, apenas de modo muito otimista todos estaremos vacinados apenas em 2022 – será que o Brasil já será hexa até lá?) se adequou à necessidade de se beber em casa. Apesar de poder parecer algo pequeno ou simplório, uma mudança sem muitas consequências, o impacto direto que se pôde observar foi o aumento no consumo das cervejas artesanais.
Assim, percebe-se que, ainda que forçosamente pelas condições sanitárias, a premissa do “beba melhor” se fez prevalente, impulsionando as vendas das cervejas artesanais, aumentando, consequentemente o seu consumo.
O novo normal, portanto, auxiliou a esse nicho de mercado a se manter, e até em alguns casos, aumentar as suas vendas e incrementar seus negócios.
O ambiente do “novo normal”: mais propício à degustação de cervejas (artesanais)
Ambiente caseiro e familiar, o único possível e necessário em virtude do isolamento social e das condições sanitárias apresentadas trouxe consigo o aumento do consumo de cervejas artesanais/especiais um ambiente propício a sua degustação. Ou, melhor dizendo, um ambiente mais adequado para que fossem feitas análises sensoriais nas degustações.
Claro que o consumo de bebidas em geral, e especialmente das cervejas (sejam elas artesanais ou não) possui um impacto muito forte na economia local, e é mantenedor de muitos empregos no setor de serviço. Esse não é o ponto da discussão.
Também não se encontra em relevo os motivos pelos quais as pessoas gostam ou preferem consumir suas cervejas em bares ou restaurantes, já que há uma miríade deles: simplesmente sair de casa, poder acompanhar com pratos e petiscos, praticidade, poder encontrar amigos, ver shows ao vivo, dentre mil outros possíveis.
Isso quando não estamos falando de se beber cervejas em locais um pouco mais inóspitos, como uma barraca de praia, que ainda contam com muitas outras distrações sensoriais de natureza ambiental, como o sol, o vento e a maresia.
O ponto de fulcro é que o confinamento forçado pelo evento da pandemia trouxe novos contornos a esse consumo, outrora mais focado nos bares e restaurantes.
Ao se consumir cervejas (ao menos as artesanais, ressalte-se) em ambientes como bares e restaurantes, perde-se um pouco do foco da análise sensorial da bebida degustada. Isso pode acontecer por muitos motivos de cunho ambiental: muito barulho (nos locais com música ao vivo ou com muitas pessoas falando ao mesmo tempo), muita comida sendo transportada de um lado para o outro (o que acaba impactando de sobremaneira o olfato, “contaminando-o” com aromas diversos dos presentes na cerveja), muitas conversas paralelas (quando se está em uma mesa com muitas pessoas). Todos os elementos citados acabam sendo desviantes do foco da apreciação de cunho sensorial.
Já no “novo normal” pandêmico, a maioria, senão todos os elementos anteriormente citados, são (ou, ao menos, podem ser) facilmente eliminados ou mais bem controlados que em um ambiente público como um restaurante ou um bar.
É possível, ao se consumir cervejas em casa, ter uma melhor abordagem do produto oferecido, fazendo uma análise de aromas e sabores mais detidas e mais comprometidas com a qualidade que só a cerveja artesanal é capaz de oferecer.
No conforto do próprio lar o conceito de slow food/slow drink pode ser ainda mais bem aperfeiçoado. Explico, com as comodidades de se estar em casa, ainda mais em um momento de pandemia, quando grande parcela das pessoas está em home office, tem-se a possibilidade de se dedicar mais tempo aos afazeres do próprio lar, e as refeições e os demais momentos de degustação acabam agregando uma aura mais relaxante e convidativa.
Pode-se dispender mais tempo para atividades de lazer e de apreciação que outrora eram feitas com mais pressa e sem tanto esmero. Nessa conflagração, beber cervejas artesanais é algo sem tanta pressa, com mais momentos propícios a se aproveitar o melhor de cada uma delas.
Essa nova configuração de consumo não necessariamente transformou todos os bebedores de cervejas artesanais em sommeliers (eu mesmo não passo de “pitaqueiro” metido a “sommeliante”), até porque para se ter essa designação é necessário ter formação em curso técnico específico.
Todavia é acertado apontar que o “novo normal” ao menos possibilitou e abriu as portas para que a qualidade das cervejas consumidas fosse incrementadas, dando azo a que degustações mais aprofundadas acabem por acontecer também.
Saideira
Claro que beber ou degustar sua cerveja (seja ela artesanal ou não) em casa ou no bar possui seus prós e seus contras, cada ambiente possui suas peculiaridades e especificidades que não se coadunam em um denominador comum.
O escopo da coluna foi apenas indicar o aumento no consumo de cervejas artesanais durante a pandemia e como essa mudança cultural no hábito de consumir as cervejas impactou o mercado e também a vida dos consumidores. Acredito eu, melhorando a qualidade do que é consumido, impulsionando ainda mais o nicho das artesanais.
Música para degustação
Dizem que beber em casa é coisa de alcoolatra, eu discordo veementemente dessa posição. Beber em casa é mais seguro, mais saudável e não tem nada a ver com alcoolismo.
No entanto, no contexto de pandemia, muitas pessoas realmente passaram por situações complicadas de natureza de saúde mental, então, fica como alerta, a música da banda de Depressive Black Metal da Geórgia (o país do leste europeu, não o Estado americano homônimo), Psychonaut 4, com a sua música mais que explícita chamada Alcoholism.
Saúde, e bebam em casa!
[1] As considerações feitas nessa coluna se referem apenas ao setor das cervejas/cervejarias artesanais, o mesmo não pode ser dito sobre bares e restaurantes, os quais ainda amargam grandes prejuízos em virtude da pandemia. No entanto, esse não é o enfoque do texto.

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