Coluna Okê Umbanda! #01
A Umbanda não é “macumba”!
A Umbanda não é trabalho de feitiçaria e nem amarração!
A Umbanda não é uma religião de matriz africana, como o Candomblé!
A Umbanda é a união de várias bandas em uma única banda. Umbanda é simplesmente, Umbanda!
A Umbanda é uma religião brasileira de pouco mais de 110 anos. Foi revelada no plano material em 15 de novembro de 1908 no Rio de Janeiro pelo seu médium Zélio Fernandino de Moraes (1891 – 1975), através do espírito denominado Caboclo das Sete Encruzilhadas.
Em 1908, o Jovem Zélio de Moraes com 17 anos de idade, filho de família tradicional e católica de Neves (São Gonçalo/RJ), estava prestes a ingressar na escola naval quando começou a ter estranhas manifestações.
Zélio foi levado, então, a um tio psiquiatra e nem um sinal de loucura foi detectado, encaminhado a um parente padre, após vários rituais de exorcismo e as manifestações persistiam. Até que, encaminhado à recém criada Federação de Kardecismo de Niterói/RJ, manifestou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, que falou que para ele não haveriam caminhos fechados, anunciando assim o início dessa nova religião.
Mix manifestações religiosas
A Umbanda é um mix de manifestações religiosas e seus pilares se alicerçam através da espiritualidade superior no Cristianismo, no Kardecismo, no Xamanismo dos ameríndios, na magia europeia e no panteão africano com os Orixás, que são emanações de Deus e as representações da natureza em suas várias formas.
Dito isso, é impossível afirmar que a Umbanda é uma religião de matriz africana e sim que utiliza de elementos das mais diversas expressões, entre elas, a africana.
É correto afirmar que a Umbanda é uma religião naturalista e espiritualista, magística, com várias influências religiosas, que cultua um Deus único (Olorum) e suas emanações ou Deidades (Orixás), aonde todos os espíritos podem se manifestar para a prática da caridade e por ser uma religião, em seus fundamentos só pode fazer o bem.
Essa contextualização se faz necessária afim de desmistificar muito do que se é falado sobre o tema, devido a ignorância e o preconceito gerado por parcelas da nossa sociedade.
A Umbanda por sua condição plural, acomoda várias vertentes da mesma religião aonde existem diferentes formas litúrgicas e de olhares sobre a doutrina.
Mas, existem pontos em comum que as une: amor incondicional, prática da caridade e respeito ao livre arbítrio. Esses três pontos em especial em conjunto com a manifestação dos espíritos une todas as “bandas” em “uma” e forma a Umbanda com suas diversidades e respeitando todas as formas de manifestações religiosas.
“A Umbanda tem fundamento e é preciso preparar”!
Saravá, Axé e Mojubá!
IMAGEM: Arquivo ICA
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