O que dizem essas mulheres?

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Reportagens em formato de podcast abordam produção literária histórica e atual de mulheres no Rio Grande do Norte

Zila Mamede, Rizolete Fernandes, Nisia Floresta, Michele Ferret, Myrian Coeli e Carmen Vasconcelos. O que dizem essas mulheres?

Embora  sejam de períodos históricos distintos, o que elas têm em comum é que todas são ou foram escritoras potiguares, seja por nascimento ou por terem desenvolvido sua obra literária no Rio Grande do Norte.

E para saber o que dizem essas mulheres, as pessoas devem ouvir a série de podcasts sobre aspectos da obra e da vida delas a ser lançada no portal Nossa Ciência.

Cada episódio tem cerca de 30 minutos e conta com depoimentos de jornalistas, poetas e especialistas sobre a obra de cada personagem. Além destas fontes, Rizolete Fernandes, Carmen Vasconcelos e Michelle Ferret falam elas mesmas sobre seus livros.

As realizadoras

Mônica Costa é jornalista há 35 anos e dedicou a maior parte de sua carreira à assessoria de imprensa. Nos últimos seis anos tem se dedicado à divulgação científica, com a criação do portal de notícias Nossa Ciência e foi de lá que surgiu o interesse em fazer perfis de mulheres.

Com o lançamento dos editais da Lei Aldir Blanc, pelo Governo do Estado, a possibilidade de fazer perfis das cientistas ficou mais no horizonte.

“Mas com o prazo apertado, não daria tempo de produzir um material de boa qualidade sobre a vida e a obra de mulheres que se dedicaram à ciência”, revela.

Foi então que a jornalista Luana França a convidou para desenvolver um projeto sobre mulheres escritoras.

“O fato da obra das escritoras estar impressa em livros, de certo modo, facilita a pesquisa. A maior dificuldade, em alguns casos, é encontrar os livros”, afirma Luana França, que é da nova geração de jornalistas.

Para definir as autoras dessa série, as duas jornalistas consultaram algumas publicações e estabeleceram critérios de seleção.

“Nosso objetivo primeiro era falar da produção literária feita por mulheres para as gerações mais jovens. Então era necessário falar de gente cuja obra já não fosse tão acessível. Daí veio a decisão de escolher três escritoras atuais e três que não estão mais entre nós”, explica Mônica.

“O Rio Grande do Norte é uma terra que tem tradição de protagonismo feminino marcante na política, mas a gente enxerga isso também na literatura, sobretudo na poesia”, opina Luana.

Ela ainda acrescenta que o estado tem muitos nomes significativos e muita contribuição na luta das mulheres em nível local, em nível nacional e em nível mundial.

E esse foi mais um dos critérios de escolha. “Nossas autoras são mulheres que têm uma história de vida que se manifesta na poesia, na literatura, mas que têm uma atuação para além disso, porque são, de certa maneira, militantes de defesa da vida e dos direitos das mulheres.”

A declaração de Luana França dá o sentido que a série de podcasts pretende seguir. Falar da obra literária das autoras, seja poesia ou prosa, mas a partir do olhar feminino e destacando de que maneira o fato de ser mulher interfere nessa produção.

As personagens e as fontes

Nísia Floresta não pode faltar nunca em qualquer antologia, lista ou seleção que fale de mulheres que mudaram o mundo e que usavam a escrita como arma. Assim, as duas jornalistas justificam a entrada dessa escritora, que é a única que não é poeta.

Zila Mamede e Myrian Coeli, que foram contemporâneas, amigas e que morreram há quase 40 anos, fecham a lista das escritoras já falecidas.

Para falar sobre as autoras, Mônica e Luana procuraram um grande número de fontes.

“Se por um lado a pandemia do coronavírus nos impossibilitava de entrevistar as pessoas presencialmente, por outro lado, a ‘descoberta’ das plataformas de videochamada possibilitou entrevistas com muita gente de fora de Natal”, informou Mônica.

Ela destaca as entrevistas com as pesquisadoras Constância Lima Duarte e Maria Lúcia Pallares-Burke, que moram em Belo Horizonte e na Inglaterra, respectivamente, e que falaram sobre Nísia Floresta.

Por videochamada também concederam entrevistas o imortal da Academia Norte-Riograndense de Letras, Humberto Hermenegildo, a poeta e professora da UFRN, Cellina Muniz e a professora do IFRN, Ilane Ferreira, entre outros.

Elas fizeram também duas entrevistas presenciais. Com o também imortal da ANL e professor aposentado da UFRN, jornalista Vicente Serejo e com a professora aposentada da UNP e pesquisadora, Conceição Flores.

A lista de fontes conta ainda com a poeta Marina Rabelo, que é da geração mais jovem e atuante no movimento Insurgências Poéticas, e que acabou de também lançar seu livro.

Ficha técnica

As duas jornalistas fizeram praticamente todas as etapas do projeto. Desde a pesquisa, a produção, as entrevistas, o roteiro e a narração. Mas a parte técnica de edição e mixagem do áudio ficou por conta de Eryckson de Lima Santana. Ele é músico percussionista, pela UFRN e publicitário, pela UNP e atua com rádio há mais de 10 anos.

Além de estarem no Nossa Ciência, os podcasts estarão disponíveis nas plataformas de streaming, de acordo com o calendário abaixo. Elas planejaram os lançamentos dos episódios para coincidir com as comemorações do Dia Internacional da Mulher.

26/02 Episódio #1 – Zila Mamede

01/03 Episódio #2 – Rizolete Fernandes

05/03 Episódio #3 – Nísia Floresta

08/03 Episódio #4 – Michelle Ferret

12/02 Episódio #5 – Myrian Coeli

15/03 Episódio #6 – Carmen Vasconcelos

Redação

Redação

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1 Comment

  • TÂNIA MARIA SOUTO SAID

    Excelente iniciativa!

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