Oxímoro é, segundo o dicionário Houaiss, uma figura de retórica, na qual se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam uma expressão. Por exemplo: “o grito do silêncio”, “silêncio ensurdecedor”, “obscura claridade”, “contentamento descontente”, “ilustre desconhecido”, e por aí vai.
Escola Superior de Guerra, em outro exemplo, é um oxímoro, na opinião de Millor Fernandes. Segundo ele, sendo de guerra não poderia ser superior. Pois é. O Brasil, além de tudo, é mesmo um país oximoroso. O autor da descoberta é o professor de português Sérgio Rodrigues. Ele descobriu que há um tremendo oxímoro que não sai das manchetes dos jornais: “Conselho de Ética do Senado”.
E nestes tempos de fritada de hamburger como atividade curricular destacada ao cargo de Embaixador do Brasil nos Estados Unidos, o oxímoro volta às manchetes. Segundo o presida, a reação contrária da mídia à ideia é sinal de que o filho pródigo é apto à função. Mais recente, a “inocente culpa” do presidente no quesito Amazônia. E a nós, o que resta se não a “utopia possível” de um “impeachment democrático”?