Natal sempre foi vocacionada ao cosmopolitismo. Desde quando uma frota de caravelas francesas avançou pela margem esquerda do Rio Potengi, nas imediações da Redinha e encantou os índios Potiguara no início do século 16. Era o começo da invasão estrangeira. Três séculos depois, a capital potiguar assistia o período florescente de arte e cultura vivenciado na França há décadas. Era começo do século 20. O clima da Belle Époque na província recepcionava um imigrante italiano que ingressaria nas páginas da história como dos mais prósperos comerciantes da cidade e espião do nazifascismo em Natal.
Essa história começa em 1897, quando Guglielmo Lettieri pisava pela primeira vez o solo brasileiro pelo porto do Rio de Janeiro, aos 10 anos de idade. A família logo voltou à pátria italiana, mas o menino retornou aos trópicos brazucas após o fascínio infantil já aos 16 anos, em 1903. No vapor Alcina, desembarcou novamente no Rio, com destino a Recife, onde se iniciou na atividade do comércio. Casou na capital pernambucana, mas logo adotou Natal como morada até o fim da vida. Não se sabe ao certo a data de chegada. A estimativa é 1910, durante governo de Alberto Maranhão. Foi quando começou a construção da residência histórica conhecida hoje como a “casa da suástica”.
A morada do italiano, situada na Rua das Virgens, nº 184, era das mais vistosas do bairro da Ribeira. O tino comercial se mostrou logo. Guglielmo vendeu desde ferro velho, bens e utensílios no interior do Estado, até gelo, quando o natalense sequer possuía geladeira. Sua última atividade comercial foi a famosa Cantina Lettieri, depois sucedida pelo filho. Ficou rico muito rápido e logo construiu o segundo andar da espaçosa residência de aproximadamente 500 metros quadrados, localizada em uma das principais artérias da cidade à época. O italiano viveu nela até a sua morte. Mas até lá participou de momentos marcantes da história de Natal.
O material utilizado na casa se distinguia das demais. Vigas de ferros usados em trilhos de trem serviram de base à estrutura das colunas e paredes, com pé direito altíssimo. Algumas características arquitetônicas ainda estão preservadas: molduras em rococó, portais de madeira nobre (pinho de riga, já inexistente no mercado) na maioria das esquadrias, telhas francesas, pinturas originais e, sobretudo, o piso da sala com o emblema da suástica nazista – a única em toda a América Latina a manter esta lembrança macabra da história mundial. Pesquisas indicaram a existência, no passado, de mesmo piso na sala do Palácio do Governo paraibano. Há possibilidade também da suástica figurar em tijolos de uma fazenda no interior de São Paulo. Mas em residência, ela é a única.
O historiador Leonardo Barata é o responsável por esse trabalho de preservação há oito anos. A compra da residência não foi à toa. Barata é um dos maiores estudiosos da Segunda Grande Guerra, no Brasil. Ele conhece o valor histórico da casa. Quando adquiriu o centenário sobrado ao comerciante de placas e letreiros, Sinval Moreira Dias, o pesquisador precisou retirar oito camadas de tinta do piso histórico. “Sou agradecido em ele ter sido sensível; ter compreendido minha tese. Ele foi o único sujeito que reconheceu meu trabalho de conservação aqui em Natal”.
Em tamanho, a casa era comparada apenas a de um jovem intelectual destacado no chamado Principado do Tirol, então residente na Vila Amélia, com seus pais. Sua futura residência na subida da Junqueira Aires seria palco de reuniões fantásticas. A relação entre Câmara Cascudo e Guglielmo Lettieri logo se estreitaria por assuntos incomuns. Leonardo Barata afirma que o italiano e o professor natalense admiravam o fascismo e o nazismo – regimes totalitários que recuperaram as economias da Itália e da Alemanha. Regimes alternativos tanto à ordem liberal tradicional quanto ao regime comunista. Nada perto dos horrores vistos décadas depois. Tanto que em Natal ou em diversos países no mundo era comum tal simpatia.
Para citar o ano de 1922, data de fundação do Partido Comunista, também foi época da Ação Integralista de Plínio Salgado. Esse dualismo entre marxismo x fascismo se estabeleceu no Rio Grande do Norte antes de 1930. Nessa época, Cascudo liderava um grupo de integralistas simpatizantes do fascismo formado por Manuel Rodrigues de Melo, Otto Guerra e outros intelectuais modernistas da província. E na condição de cônsul da Itália no Estado potiguar, Guglielmo recebera Cascudo algumas vezes em sua casa.
Em uma dessas recepções ocorreu a solenidade de entrega da Medalha do Rei Humberto a Cascudo, encomendada pelo Primeiro Ministro e chefe do governo italiano, Benito Mussolini. A honraria era considerada uma as maiores condecorações do regime fascista. Mais tarde, o intelectual potiguar seria Chefe Regional da Ação Integralista Brasileira – o movimento de extrema direita encabeçado por Plínio Salgado. Cascudo, assim como outros integralistas famosos – a exemplo de dom Helder Câmara – perderia o encanto pelo fascismo e o nazismo em razão das atrocidades cometidas na Segunda Guerra, sem nenhum arranhão em sua história. Mas com o italiano foi diferente…
VÍTIMA DO MAIOR DETETIVE DA HISTÓRIA
Em 1939, Guglielmo foi convocado pelo Consulado Italiano em Recife, do qual mantinha estreita ligação, a prestar informações. Ele passava telegramas secretos a Recife. Isso até 1941, quando a base norte-americana monitorou via serviço secreto da Marinha e FBI, os passos do italiano. “Ele foi descoberto informante do regime nazi-fascista, processado, réu confesso no inquérito e revelou até seu código secreto, possivelmente sob tortura”, contextualizou Leonardo Barata.
Guglielmo foi julgado pelo Tribunal de Segurança Nacional em 25 de junho de 1942 e condenado seis meses depois a 14 anos de prisão, acusado de repassar informações da movimentação de hidroaviões e navios norte-americanos ao consulado italiano em Recife. Ficou recluso pouco mais de dois anos no campo de concentração onde hoje funciona a Escola Agrícola de Jundiaí, junto com outros presos políticos residentes em terras potiguares. Ao cônsul italiano foi reservada sela especial, uma espécie de casa térrea, simples, com empregada à disposição e galinhas soltas no quintal.
A notícia da prisão transformou o sobrado onde o italiano morava com a família em alvo de hostilidades de natalenses empolgados com a presença norte-americana na província. Até a prisão, Guglielmo era comerciante respeitado e influente na cidade. Em julho de 1928 recebera em sua casa os aviadores italianos Arturo Ferrarin e Carlo Del Prete, egressos de Roma após um reide aéreo de 49 horas, sem escalas. Em reconhecimento à fidalguia dispensada aos aviadores, Mussolini doou à cidade uma Coluna Romana, conhecida como Coluna Capitolina, inaugurada na esplanada do Cais do Porto em 8 de janeiro de 1931 (hoje situada no Instituto Histórico e Geográfico, no Centro).
Guglielmo foi pego pelo sistema de investigação montado por um dos mais implacáveis policiais da história: J. Edgar Hoover, hoje nome de prédio do FBI: o Bulding J. Edgar Hoover.
A anistia ampla concedida pela ditadura Vargas aos presos políticos veio com o fim da Guerra, em 1945. O taxista famoso por enriquecer às custas dos dólares dos pracinhas americanos no período da Segunda Guerra, depois proprietário dos postos Dudu, foi quem trouxe Guglielmo de volta para casa, acompanhado de uma das filhas do italiano.
Guglielmo morreu com problemas de coração em 1958. A família Lettieri vendeu o sobrado histórico à Bolsa de Valores de Natal, em 1959. O comerciante Sinval Moreira Dias comprou após a desativação da Bolsa e foi proprietário da casa até oito anos atrás. Sinval montou uma oficina de placas até atender aos apelos de Leonardo Barata. A venda da propriedade foi negociada pelo preço “razoável e justo” de R$ 50 mil, segundo o historiador.
Durante meses Barata realizou trabalho de recuperação – basicamente de limpeza na antiga residência dos Lettieri. De início foi quase uma dezena de caçambas de lixo. Barata mantém a casa com recursos próprios. Em 2002, o arquiteto estudioso do bairro da Ribeira, Haroldo Maranhão, elaborou projeto de restauro. Na época sob o custo de R$ 148.118,93 – hoje avaliado em R$ 350 mil.
No andar superior do sobrado, o historiador montou sua hemeroteca e biblioteca, composta por um dos maiores e ricos acervos, do Brasil, relacionados à Segunda Grande Guerra.
Se os fantasmas da Segunda Guerra ainda rondam o bairro da Ribeira, eles encontraram lugar para comemorar a descoberta do espião italiano quando foi inaugurado o Consulado Bar, em 2011, na área térrea do antigo sobrado dos Lettieri. As relíquias históricas e toda a arquitetura original foram mantidas e protegidas para apreciação dos clientes. E o bar acompanhou um processo de revitalização da Ribeira, com abertura de novas casas de show. Mas essa, em especial, trazia impregnada em cada parede marcas de uma história que ainda ronda vielas do bairro, como fantasmas perdidos no tempo.
Os então proprietários do bar, os irmãos Sérgio e Ricardo Teixeira adquiriram o espaço em sistema de comodato com Leonardo Barata.
A DISSIDÊNCIA DOS LETTIERI NO RIO DE JANEIRO
A voz maviosa de uma carioca de 70 anos ouvida em aeroportos do Brasil esconde estreita ligação com a história da Segunda Guerra em Natal. O sobrenome denuncia: Íris Lettieri Costa, nascida em 26 de agosto de 1941, é neta do italiano Guglielmo. Há quase 40 anos trabalha na locução de diversos aeroportos. É conhecida hoje como “a voz do aeroporto”, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Íris foi também a primeira apresentadora da TV brasileira e até inaugurou o telejornalismo na TV Globo. Atuou em peças de tele-teatro e foi também manequim de passarela em desfiles de alta costura.
Íris espalhou o sobrenome Lettieri pelo Brasil. Mas há uma história secular no sobrenome, movida mais pelo afeto do que pela herança genealógica. Os cinco filhos de Guglielmo (Pierre, Concetta, Argentina, Holanda e Iolanda) são frutos do casamento do italiano com Concetta Lettieri, ainda em Recife (há informações incertas de que ele também saiu da Itália viúvo, mesmo tão jovem). Já em Natal, viajou em 1920 ao Ceará, segundo informações incertas da própria Íris, com quem a reportagem conseguiu contato. No Ceará, onde foi para comprar um hotel em Fortaleza, conheceu Julia Amazonas, muitos anos mais nova. Viria a ser sua segunda esposa.
Segundo Leonardo Barata, Júlia teria casado com um reitor de universidade na Paraíba, possivelmente de nome Antonio Amazonas e fugido à Fortaleza com a filha ainda bebê. Guglielmo trouxe as duas a Natal: a mãe Julia e sua filha, Josélia Costa, ainda com dois anos de idade. Josélia foi criada sem distinção e registrada como filha legítima do italiano. Recebeu o mesmo carinho e atenção dispensados aos outros filhos.
De seu quarto, a adolescente Josélia escutava o som do violoncelo de Aldo Parisot e registrava aquele momento lírico em diário. O violoncelista nascido e criado na Ribeira foi dos precursores da música instrumental na cidade. Também o primeiro violoncelista professor da Universidade e da Orquestra Sinfônica de Nova York. Naquela Ribeira das primeiras décadas do século passado, era um som ressonante entre serestas e modinhas que embalaria a trilha sonora da Belle Époque natalense e influenciaria o futuro profissional da jovem, futura mãe da carioca Íris Lettieri.
Josélia casou aos 21 anos com um homem culto, maestro e poliglota. Falava oito línguas. Depois do casório, problemas psíquicos levaram o marido ao isolamento crescente. Quando o casal Guglielmo e Julia foi à ceia semanal e costumeira na casa de Josélia, ele surtou, se levantou da mesa e quebrou vários objetos da casa. Foi seguro pelo italiano e internado no hospital. Cerca de 24 horas após a internação, o jovem morreu.
A época era conservadora. Viúvas eram vistas com preconceito pela sociedade natalense. E Josélia permanecia em tristeza infinda, sempre de luto, com véu cobrindo o rosto. O pai Guglielmo sugeriu que ela tentasse a vida no Rio de Janeiro. Se pelos pais Josélia recebia o carinho e os cuidados fraternos, os irmãos a tratavam com indiferença e rejeição, como “filha por favor” do italiano. Seria outro motivo para a viagem. A mãe Julia acompanhou Josélia ao Rio. Guglielmo comprou apartamento, disponibilizou duas empregadas e o envio de uma gorda mesada.
Julia e Josélia chegaram ao Rio em 1939. Julia casou com um português e viveu com ele até sua morte, em 1974. E Josélia iniciou relacionamento com o modesto locutor da Rádio Cruzeiro do Sul, José Avelino Costa. Mesmo sob reprovação do pai, que suspendeu a ajuda financeira. Josélia precisou trabalhar para manter o sustento da casa. Foi professora de piano e canto, e fez vários concertos pelo Nordeste. Colecionou inúmeras críticas elogiosas, inclusive registros assinados por Cascudo.
Josélia viveu com José Avelino maritalmente 33 anos, quando registraram o casamento em cartório. A madrinha foi a própria filha, Íris Lettieri, já uma estrela do telejornalismo brasileiro.
A VOZ DOS AEROPORTOS
Íris nasceu no auge da Segunda Guerra, em 1941. Guglielmo seria preso no ano seguinte. O primeiro contato com o avô “afetivo” foi na prisão, aos quatro anos de idade. Íris só voltaria a Natal outras duas vezes, já adulta, apenas para férias na cidade. Os avós já estavam mortos. E nunca precisou ou procurou a família Lettieri. “Adotei o sobrenome porque ele sempre tratou minha mãe como filha, e eu como neta. Mas minha mãe foi rejeitada pelos irmãos. E diga-se de passagem: os filhos do meu avô eram horrorosos, enquanto minha mãe era linda e, assim como meu avô, adorava música clássica”.
No começo da carreira, Íris tentou o sobrenome Costa, da mãe. “Sempre me perguntavam se eu era parente do humorista Costinha. Era um saco”, lembra.
O Lettieri ficou. E com orgulho. “Meu avô foi um homem extraordinário, à frente de seu tempo, bondoso. Até escondeu o governador daí (de Natal) na caixa d’água da casa dele quando houve o levante comunista”.
O governador na época era Rafael Fernandes Gurjão. A Intentona Comunista de 1935 fez de Natal a primeira capital da América Latina governada pelo comunismo. O levante se deu enquanto acontecia uma colação de grau do Colégio Marista, no então Teatro Carlos Gomes (hoje, Alberto Maranhão). O governador e o secretário geral do Estado, Aldo Fernandes foram abrigados na residência Xavier Miranda, nas proximidades do Teatro e depois foram ao Consulado da Itália, na casa de Guglielmo.
Íris Lettieri transmite um temperamento forte, decidido. Diz ter puxado à avó Julia. Foi pioneira na profissão e mesmo aos 70 anos renovou contrato com a Infraero recentemente por mais cinco anos de locução nos principais aeroportos do Brasil. “Velho que deixa o trabalho fica idiota; vive de mau humor. Tenho minha aposentadoria, mas trabalho porque gosto e preciso”, comenta ao telefone, de sua casa, no Rio.
A voz de Íris pode ser escutada hoje nos aeroportos internacionais de Foz do Iguaçu (Paraná), Guarulhos (São Paulo), Congonhas (SP), Eduardo Gomes (Manaus), Antonio Carlos Jobim (RJ) e Santos Dumont (RJ), além de gravações em publicidade e eventos particulares.
Embora pertencente a uma geração onde a mulher era preparada para o casamento e a maternidade, Íris escutava de seu pai: “Casamento não é profissão. Somente com independência financeira podemos ser livres”.
O sonho era ser médica, mas por vaidade resolveu cursar dicção para se destacar nas leituras de voz na escola. Aos 16 anos de idade, época em que já trabalhava como recepcionista e estudava à noite, acompanhou a mãe até a Rádio Ministério da Educação e Cultura, onde ela participaria como pianista de um concerto sinfônico. “Curiosa, ao ver um gravador pedi para gravar minha voz”. Dias depois, um telefonema convidando a participar como locutora de um programa na Rádio Metropolitana.
Seis meses depois foi incentivada a ingressar na TV Continental, que seria inaugurada. “Não gostei muito da ideia: eu era uma adolescente magra para os padrões de beleza da época e muito míope, o que me obrigava a usar permanentemente óculos de lentes muito espessas”. Mas aceitou o desafio. “Soube que a televisão engordava em média cinco quilos e que eu era fotogênica. Assinou o contrato em 1959. Meses depois ganhou o troféu como melhor Garota Propaganda. “Pedi uma oportunidade como atriz; fiz o teste, fui aprovada. Atuei em várias peças de tele-teatro e chegando a desempenhar papéis principais”.
Nessa época Íris se apaixonou por um engenheiro eletrônico, diretor técnico da televisão. “Abandonei os estudos, casei-me, porém não parei de trabalhar”. Foi morar em Porto Alegre porque o marido foi convidado pela TV Gaúcha e Íris conseguiu vaga na rádio até enveredar à TV como apresentadora-entrevistadora. Após dois anos, o casamento fracassou. “Um caso raríssimo de troca do novo pelo usado. Meu marido, 15 anos mais velho, culto, educado, realizado profissional e financeiramente, trocou-me, então com 21 anos, por outra de 35, desquitada e com três filhos”, ironiza.
Se a avó Julia abriu mão do luxo em Natal para morar com a filha no Rio, Íris dispensou a pensão e partilha de bens, exigindo apenas seu nome de solteira novamente para retornar ao Rio de Janeiro. “O único caminho aberto que me restava era o de profissional da locução”.
Ano de 1963. Num encontro casual com um dos diretores da TV Excelsior, é convidada a assinar contrato como locutora comercial e apresentadora. “Fui vista então pelo diretor de jornalismo, Fernando Barbosa Lima, e convidada a ser a primeira locutora de tele-jornal do país. Tive então a oportunidade de trabalhar ao lado de dois monstros sagrados do jornalismo, Luiz Jatobá e Sergio Porto”.
Ano de 1964. Íris passa a apresentar um jornal retrospectivo aos sábados e também a participar como comentarista na TV Riio, em um programa de esportes, ao lado de profissionais como Oduvaldo Cozzi, Luís Mendes, Nelson Rodrigues e João Saldanha. Paralelamente foi convidada para ser manequim de passarela em desfiles de alta costura. Nessa mesma ocasião, foi convidada também para participar como atriz em show de Bossa Nova, no então Beco das Garrafas, beço de todo o movimento ligado ao gênero, que tanto sucesso alcançou no exterior. Nesse show, atuou ao lado de Elis Regina.
No ano seguinte é convidada a inaugurar a TV Globo, como locutora de telejornal ao lado de Hilton Gomes. Em 1966 é chamada a integrar o cast de locutores noticiaristas da TV Tupi, na época, a maior rede de televisão do país. Fica por 11 anos na emissora sendo eleita por anos seguidos a melhor locutora de telejornais pela crítica especializada. “Não tinha tempo para nada. Nem mesmo para aceitar o convite inusitado do estilista Pierre Cardin para ser sua manequim em Paris. Até hoje me arrependo”.
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