Manimbu Arte e Cultura resiste e se reinventa em nova casa, agora em Petrópolis

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A Livraria de Rua é um recanto teimoso de amor ao livro, que persiste, teima em permanecer, renascer. Resiliente. Resistente. Em Natal, a pequena livraria Manimbu não fugiu à regra. Albergada na Fundação José Augusto, até bem pouco tempo, enfrentou os desafios de sua sobrevivência, na contracorrente da metropolização e do modismo dos shoppings centers.

Dizia Carlos Drummond que “livraria é casa de danação”, onde as coisas reais e imaginárias convivem. Com efeito, o papel da livraria de rua vai muito além da comercialização de produtos. Há um papel cultural, social e urbanístico, uma função estratégica na afirmação do direito à cidade. Especialmente, em nossa Natal, que amarga situação desastrosa de abandono da sua zona urbana central.

Enfrentando desafios reais, sustentando-se na força de entusiastas e colaboradores, assim, a Manimbu reexiste, renova-se, partindo para sua nova casa, em 2025. Agora, em Petrópolis, a Livraria, definitivamente, se faz espaço cultural. O MAC (Manimbu Arte e Cultura) se torna realidade, e busca continuar a trajetória da saudosa Nobel Salgado Filho e da Manimbu Tirol. As novas instalações contam com ambiências para livraria, galeria de arte, café, auditório, além da biblioteca comunitária Livro Vivo Aluísio Azevedo.

O MAC compreende um amplo espectro de atuação, especialmente ancorado na arte literária, na leitura e na escrita. Dessa forma, a figura simbólica do livro é nuclear no desenvolvimento do seu projeto. A partir do chão literário, serão suportadas atividades artísticas, explorando transversalidades, integrando e permitindo a fruição ampla das artes, enquanto afirmação da condição humana.

Ao tempo em que disponibiliza novos equipamentos, o espaço cultural aglutina, oferece serviços aos habitantes de seu território, de outras partes da cidade e do estado do Rio Grande do Norte. Segue sua trajetória formadora de escritores e leitores, fomentadora das diversas linguagens artísticas, promovendo a aproximação dos artistas e suas obras com a sociedade.

As agendas já são planejadas, com todo carinho, neste recomeço. Duas exposições de artes plásticas abrem a temporada de inauguração. “Cores do Rio Grande” coleciona obras de artistas clássicos e contemporâneos, como Assis Marinho, Vatenor, Navarro, Marcos Leite, Alfredo Neves, Aluísio Azevedo, Izanny Brito, Irene Alexandria e João Andrade. A mostra individual “Corador-de-gente”, por sua vez, aborda a indignação do artista Aluísio Azevedo com as cenas de vidas humanas desamparadas e vulneráveis. Eventos literários e atividades de oficinas artísticas conformarão as pautas, que serão divulgadas a cada mês.

Destaque-se o acolhimento de coletivos e instituições no espaço, como a União Brasileira dos Escritores, Seção RN, uma entidade que congrega literatos de todo o estado, e promove atividades culturais literárias. Notadamente, as portas do MAC se abrem para movimentos culturais identitários, a exemplo da Marcha Nacional de Mulheres Negras, do festival cultural Livro Vivo – Cultura Viva, dentre outros. No campo da integração entre os povos latino-americanos, em parceria com a Associação Cultural José Marti, são previstas jornadas musicais, exibição de filmes e discussões coletivas.

A livraria Manimbu Petrópolis, âncora do novo espaço cultural, também se vestiu de livros e novidades para a festa inaugural, com ênfase na literatura potiguar, nacional e universal, além de uma seção infantil renovada, com brinquedos educativos.

Vale a pena conferir o Manimbu Arte e Cultura, na Avenida Floriano Peixoto, 544, Petrópolis.

Evento de inauguração: 10/04, às 19h.

Redação

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