Livro sobre a “Bandagália” será lançado no Sebo Vermelho neste sábado

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A história da banda de carnaval fundada em meio à ditadura em uma cidade conservadora, inspirada nos povos bárbaros da Idade Média e influenciada pelo frevo das ladeiras de Olinda. O livro “Bandagália, o reinado da irreverência”, do jornalista Rafael Duarte, será nesta sábado (25), a partir das 9h, no Sebo Vermelho, Cidade Alta. Este será o segundo evento de lançamento do livro. O primeiro, ocorreu em fevereiro passado.

A Bandagália foi criada por um grupo de jovens de classe média recém-formados, arrastou foliões de 1981 a 1990, quando a violência urbana venceu a alegria. O fim veio após a morte de um folião, o arquiteto Chicão, que foi tentar ajudar uma pessoa que estava sendo roubada e sofreu dois tiros à queima roupa. Mas a semente foi plantada e deixou muitos frutos, que permanecem nas ruas da cidade até hoje.

Para o jornalista e escritor, a Bandagália foi precursora de alguns dos blocos que já se tornaram tradicionais na capital potiguar, como a Banda Independente da Ribeira, a Banda do Siri e o bloco Poetas, Carecas, Bruxas e Lobisomens. “Eu entrevisto no livro várias pessoas, líderes de blocos de rua, e eles mesmo falam que a Bandagália foi a inspiração, foi a ‘mãe’ do carnaval de rua de Natal”, comenta.

Segundo Duarte, a obra também derruba alguns mitos, como o de que a Tragédia do Baldo teria acabado com o carnaval de Natal. A tragédia foi um atropelamento de um bloco ocorrido em 1984 que matou 19 pessoas. “Muita gente fala de que o carnaval de Natal tinha acabado ali, o que é uma mentira enorme. A Bandagália, inclusive, tem um papel importante de reunir outros blocos para saírem ali naquele carnaval como homenagem às pessoas que morreram e que iriam pular carnaval naquele ano”, aponta.

Os gauleses

A Bandagália tem origem na mítica Casa da Gália, localizada na praia da Redinha, onde um grupo de amigos bons de copo passava o veraneio no final dos anos 1970. Consumindo quantidades industriais de cachaça e comendo tudo o que viam pela frente, incluindo uns aos outros, a turma ficou conhecida na cidade como “os gauleses”, uma referência à história de Asterix, Obelix e companhia.

O livro conta ainda com o prefácio de Vicente Serejo e a orelha de Woden Madruga, os dois jornalistas que mais divulgaram os bastidores, os perrengues, as festas e saídas da Bandagália durante uma década.

Lançamento do livro “Bandagália: o reinado da irreverência”

Dia | 25 de maio de 2024 (sábado)
Hora | das 9h às 12h
Local | Sebo Vermelho
Preço do livro | R$ 70

Redação

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