O IBGE divulgou hoje a atualização do Sistema de Informações e Indicadores Culturais (SIIC) 2017-2018, consolidando estatísticas de diversas pesquisas da Instituição.
A intenção é desenvolver uma base consistente e contínua de informações e indicadores relacionados ao setor cultural de modo a fomentar estudos, pesquisas e publicações, fornecendo aos órgãos governamentais e privados subsídios para o planejamento e a tomada de decisão e, aos usuários em geral, elementos para estudos setoriais mais aprofundados.
Famílias potiguares têm segunda maior despesa com cultura do Nordeste
No Rio Grande do Norte, as despesas com produtos e serviços culturais representam 7,2% das despesas mensais de consumo das famílias. Isso representa R$ 239,78. Desse valor, 58% são direcionados para “serviços de TV por assinatura e internet”, isto é, R$ 138,92.
No Nordeste, somente as famílias paraibanas aplicam um percentual maior de suas despesas em cultura, 7,8%. A média da região é de 6,8%. No Brasil, a média é de 7,5% das despesas de consumo familiares.
No RN, 45% da população mora em município com museu
Somente 45% da população potiguar mora em município com museu. Entre todas as unidades da federação, essa é a quarta menor proporção. Apenas Maranhão (28%), Tocantins (37%) e Pará (43%) têm um percentual menor. A média do Nordeste é de 53%. No Brasil, a média é de 68%.
Teatro
O estudo também mostrou que 54% da população norte-rio-grandense mora em município com teatro ou casa de espetáculo. Essa também é a média do Nordeste. Quando o recorte é por nível de instrução, verifica-se que 78,2% das pessoas, com ensino superior completo, moram em municípios com esse tipo de equipamento cultural.
Cinema
No que diz respeito ao cinema, 46% da população mora em município com esse equipamento, terceira maior proporção do Nordeste. Na região, a média é de 43%. A média brasileira é de 60%. Das pessoas com ensino superior completo no RN, 75% residem em municípios com cinema.
Despesa governamental com Cultura no RN é de R$ 21,6 milhões em 2018
O governo do Rio Grande do Norte teve uma despesa de R$ 21,6 milhões com Cultura no ano passado. Essa é a segunda menor despesa anual desde 2011. Em 2017, a despesa foi de R$ 20,6 milhões. O maior volume de recursos empregados, na área, nesta década, foi de R$ 33,6 milhões em 2014.
Na região Nordeste, a despesa norte-rio-grandense na Cultura é maior do que a despesa alagoana (R$ 15,9 milhões), sergipana (R$ 14,5 milhões) e paraibana (R$ 12,8 milhões). Com R$ 173,8 milhões, a Bahia tem a maior despesa da região.
Prefeituras
Os governos municipais no Rio Grande do Norte tiveram despesa de R$ 67,4 milhões em 2018, a maior despesa anual desde 2011. Em relação aos estados do Nordeste, esse valor supera as despesas dos municípios em Sergipe (R$ 58,9 milhões), Alagoas (R$ 48,1 milhões) e Piauí (R$ 42,4 milhões).
Profissionais da cultura no RN têm 3º maior salário médio do Nordeste
No Rio Grande do Norte, os profissionais de empresas do setor cultural têm salário médio real de R$ 1.909. Esse valor é o terceiro maior da região Nordeste, atrás apenas de Pernambuco (R$ 2.236) e Bahia (R$ 2.131).
Mesmo com mais unidades locais (endereço de empresa e filiais), 7.336, e profissionais assalariados na cultura, 34.449, os cearenses estão em quarto lugar no ranking da região quando se trata de salário médio, R$ 1.846. O Rio Grande do Norte possui 2.907 unidades locais de cultura e 12.445 pessoas empregadas no setor.
Na comparação entre as grandes regiões, o Nordeste tem a pior média de salário, R$ 1.978. A média salarial nas demais regiões está acima de R$ 2.200: Norte, R$ 2.203; Sul, R$ 2.218; Centro-oeste, R$ 3.028; e Sudeste, R$ 4.074. A média do Brasil é de R$ 3.439. Esses dados abrangem apenas os empregos formais na área.